quarta-feira, 6 de agosto de 2025

A FELICIDADE DE DOAR ALEGRIA

Colhemos o depoimento em uma rede social, sem menção de autoria. 
Quem quer que tenha compartilhado essa sua experiência é uma pessoa feliz. 
O relato é mais ou menos assim. 
Num domingo de sol, foram ao circo Nilson e seu filho adolescente. 
Na fila, à sua frente, estava uma família de dez pessoas. 
Eram oito crianças. 
Roupas muito simples denotavam que não deviam possuir muito dinheiro. 
Comportadas, duas a duas, de mãos dadas, atrás dos pais.
Tagarelavam, excitadas, a respeito dos palhaços, dos trapezistas, dos animais e tudo o que veriam naquela tarde, no espetáculo circense. 
Pela empolgação deles, podia-se perceber que nunca haviam ido ao circo. 
A mãe segurava a mão do marido, olhando para ele como se dissesse: 
-Você é meu cavaleiro de armadura brilhante. 
Ele sorria, feliz por ver a felicidade da sua família. 
Chegado ao guichê, pediu:
-Quero oito ingressos para crianças e dois para adultos. 
A funcionária indicou o preço. 
A esposa do homem largou sua mão, sua cabeça caiu, os lábios dele começaram a tremer. 
Ele se inclinou um pouco mais perto e perguntou, como se imaginasse ter ouvido mal: 
-Quanto você disse? 
A senhora da bilheteria voltou a falar o valor. 
Ele não tinha dinheiro suficiente. 
Ficou parado, sem reação, tentando descobrir como diria isso aos seus filhos. 
Vendo o que estava acontecendo, Nilson enfiou a mão no bolso, tirou uma nota de vinte reais e a jogou no chão. 
Então, tocou de leve o ombro do pai à frente e informou: 
-Com licença, senhor, isso caiu do seu bolso. 
O homem entendeu. 
Ele não estava implorando por uma esmola, mas certamente apreciou a ajuda naquela situação dolorosa e constrangedora.
Olhou direto nos olhos do benfeitor, pegou a mão dele entre as suas, apertou com força a nota de vinte reais e, com uma lágrima escorrendo pelo rosto, respondeu: 
-Obrigado, obrigado, senhor. Isso realmente significa muito para mim e minha família. 
Então, Nilson e seu filho deixaram a fila, voltaram para o carro e foram para casa. 
O dinheiro doado era exatamente aquele com o qual seriam adquiridos os ingressos para eles desfrutarem do espetáculo.
Anos mais tarde, ao postar essa sua experiência de vida, escreveu aquele filho: 
-Embora não tenhamos conseguido ver o circo naquela tarde, nós dois sentimos uma alegria dentro de nós muito maior do que ver qualquer espetáculo. Naquele dia, aprendi o valor de dar. 
* * * 
A alegria de dar é um sentimento que vai muito além de qualquer bem material, uma emoção que se manifesta de formas diversas e poderosas. 
Quando doamos, nutrimos a própria alma. 
Pensemos em como nos sentimos quando recebemos algo inesperado e carinhoso. 
Multipliquemos essa sensação maravilhosa pelo sentimento de propósito e realização que vem de ser a fonte dessa alegria para outra pessoa. 
É gratificante e nos lembra da nossa capacidade inata de conexão humana. 
Dar nos convida a enxergar o mundo com mais empatia e compaixão. Descubramos essa magia calorosa. 
Redação do Momento Espírita 
Em 6.8.2025

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