sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

É TEMPO, É HORA!

Helena Kolody
Se tens um elogio a proferir, 
É tempo agora. 
Não aguardes que o vento da morte
Desvaneça da areia da vida 
O nome que o merece. 
Se há um agravo pungente a perdoar, 
É tempo, é hora. 
O mais fundo rancor não resiste 
A um apelo de braços abertos. 
* * * 
O poema de Helena Kolody nos faz lembrar do tempo de agora. 
E se pensarmos bem, é o único que temos sob nosso controle. 
Assim, o convite é que deixemos brotar os bons sentimentos quando eles surgirem. 
Não os escondamos, não os deixemos abafar em meio a tantas interferências de nosso íntimo e do mundo. 
Quem sabe, numa palavra amiga, num elogio sincero, está a força que o outro precisa para se reerguer, para voltar a crer em si mesmo e seguir adiante sem medo. 
Quem elogia não se faz menor do que o elogiado.
Muitas vezes o orgulho predominante em nós freia tais expressões espontâneas em nome de uma falsa autopreservação. 
Tolo orgulho. 
Quem elogia, humildemente reconhece a grandeza fora de si e aprende com ela. 
Esse mesmo orgulho também nos impede, quase sempre, de perdoar ou mesmo pedir perdão. 
E como é importante o processo de romper com o ódio, de seguir adiante. 
Não se trata necessariamente de esquecer, pois em muitos casos a memória não esquecerá. 
Trata-se de um acordo íntimo de abdicar do mal da vingança e dos pensamentos negativos. 
Seguir a vida carregando rancor é seguir mais pesado, carregando um peso que não nos pertence. 
Por isso, é tempo, é hora. 
Não deixemos para amanhã. 
Se precisarmos pedir perdão, juntemos as forças, oremos e vençamos essa barreira interior. 
Não importa o retorno do outro lado. Se seremos ou não bem recepcionados, se seremos ouvidos. 
Não coloquemos expectativas no outro. 
A vitória estará em nosso próprio movimento, na nossa iniciativa, naquilo que tivemos que deixar para trás para estarmos ali, abandonando qualquer vaidade, arrogância, para formularmos o pedido de perdão. 
É tempo agora. 
Não deixemos para amanhã. 
Não deixemos para depois a melhor oportunidade. 
Não aguardemos que o vento da morte desvaneça da areia da vida o nome que o merece... 
Nunca estivemos tão vivos, tão prontos para agir, para decidir, como hoje. 
* * * 
Nem cedo, nem tarde. 
O presente é hoje. 
O passado está no arquivo. 
O futuro é uma indagação. 
O próprio Mestre Jesus, percebendo essa característica humana de não viver em seu próprio tempo, alertou: 
-Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, pois o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. 
São alertas para que vivamos o dia de hoje. 
Para que estejamos mais presentes em nossos atos e decisões, evitando a escravidão a certos automatismos do mundo atual. 
Quem vive demais no passado ou no futuro cria um presente inquieto e automatizado. 
Percebamos isso. 
Um presente em que não se tem mais tempo para nada. 
Por que será? 
Por que estamos tão repletos de compromissos que nos impedem de desfrutar a verdadeira vida? 
Do que andamos fugindo? 
Pensemos sobre isso. 
Lembremos: é tempo agora. 
É tempo, é hora. 
Redação do Momento Espírita, com base no poema Agora, de Helena Kolody, do livro Infinita sinfonia, ed. Insight e no cap. Agora, não depois, do livro Hora certa, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. GEEM. 
Em 28.2.2025

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