segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

TODOS TEMOS JEITO

A juíza Mindy Glazer e um réu de nome Arthur Booth tiveram um encontro inusitado em um tribunal há cerca de dez anos. 
O vídeo, que ficou bastante conhecido nas redes sociais, mostra o momento em que o réu, condenado por assalto a dez anos de prisão, já em trajes penitenciários, recebe a condenação em frente à juíza.
Antes de sentenciá-lo ela pergunta: 
-Você cursou o Ensino Médio na Nautilus? 
Imediatamente Arthur desaba e começa a chorar. 
Ambos haviam se reconhecido. 
Haviam sido colegas de escola. 
Ele se desespera, caindo em si, percebendo onde sua vida o havia levado. 
Não podia acreditar. 
A juíza, claramente sensibilizada, olha para todos ao redor e diz: 
-Ele era um garoto excelente. Era um dos melhores jovens no Ensino Médio. Eu costumava jogar futebol com ele e vejam o que aconteceu.
O homem estava transtornado. 
O remorso chegava com todo seu peso. 
Ainda, na despedida, ela pôde lhe dizer: 
-Senhor Booth, espero que o senhor possa mudar a sua vida. 
Para quem assiste ao vídeo, a história acaba ali, mostrando como duas pessoas podem tomar caminhos tão distintos. 
No entanto, ela segue adiante e fica mais bonita. 
Arthur não precisou cumprir os dez anos de reclusão. 
Foi liberado antes por bom comportamento. 
No dia de sua saída da prisão, além da família para recebê-lo, teve uma grande surpresa. 
A juíza Mindy Glazer estava lá aguardando a sua saída e os dois se abraçaram. 
Entre lágrimas e sorrisos ela lhe diz: 
-Você vai mudar sua vida e vai fazer algo bom por alguém, prometa-me. 
Arthur mudou de vida e sempre diz que a juíza foi uma grande inspiração para ele. 
Ele se tornou gerente de uma empresa farmacêutica no Estado da Flórida e vive bem. 
Arthur conta sua história para inspirar outros jovens para não se envolverem com drogas e com o mundo do crime. 
* * * 
Todos temos jeito. 
Jamais nos deixemos abater por pensamentos derrotistas como: 
-Esse aí não tem mais jeito. Fulano se perdeu e não tem mais salvação nesta vida. 
Ainda nesta existência há como mudar os caminhos e retomar o rumo. 
Talvez não consigamos consertar tudo, voltar a como as coisas eram antes dos grandes equívocos. 
Mas podemos mudar algumas rotas e tentar novos começos.
Mesmo depois de velhos, ainda temos jeito. 
Sempre podemos mudar, aprender algo novo, reinventar a vida.
Perdoar. Perdoarmo-nos. 
Pedir perdão a alguém e nos oferecermos para ajudar de alguma maneira. 
Podemos ter quebrado algumas louças em pedacinhos e dizer: 
-Não há mais como juntar, não sabemos nem onde estão os pedaços.
E mesmo que conseguíssemos, elas nunca ficariam como antes.
Talvez não possamos consertar o quebrado, mas temos chance de aprender a arte da cerâmica e construir novas obras. 
Para as leis divinas isso também significa consertar, refazer caminhos, reajustar-se. 
Nunca pensemos que é tarde demais. 
Não nos deixemos abater pelo pessimismo que teima em nos incutir pensamentos como: 
-O mundo não tem jeito, a Humanidade não tem jeito.
Todos temos algum jeito. 
Agora ou depois. 
Todos podemos nos consertar. 
Redação do Momento Espírita 
Em 24.02.2025

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