terça-feira, 31 de dezembro de 2024

O MAU MOMENTO

JOANNA DE ÂNGELIS
E
DIVALDO PEREIRA FRANCO
Quem de nós já não passou por um mau momento na vida?
Momentos inesperados que surgem parecendo ameaçar as melhores construções da nossa caminhada. 
Nesses momentos, nossa organização nervosa se deixa destrambelhar, ocasionando reações imprevisíveis.
Descobrimos, em nós próprios, conteúdos desconhecidos.
Foi o que aconteceu com Vanessa naquela tarde. 
Ela, que sempre parecera calma e equilibrada, se permitiu envolver na profundidade do sofrimento, ante uma notícia alarmante. 
Pelo telefone, foi avisada de um grave acidente ocorrido com seu marido. 
E, ainda, um pedido de sua presença urgente, no hospital municipal. 
O impacto pareceu lhe tirar o chão dos pés. 
Não sabia o que fazer por primeiro: 
Chamar um táxi? 
Dirigir o próprio carro? 
Pedir a alguém para acompanhá-la? 
E começou a falar, sem parar, maldizendo a sorte. 
Quando, por fim, chegou ao hospital e soube que o esposo não resistira, dadas as lesões profundas sofridas, tudo piorou.
Queria saber quem era o culpado, quem fora o irresponsável causador do acidente, quem tomaria providências para punir essa pessoa. 
Maldizia a Deus e ao mundo por não se conformar com a situação de perda que sofrera. 
Tornou-se de tal forma inconveniente, que causou problemas aos que se encontravam no mesmo local. 
Por fim, teve tal crise nervosa, que precisou ser socorrida e medicada devidamente. 
* * * 
Sentimentos negativos só fazem piorar os momentos especiais que necessitamos enfrentar. 
Quando nossa sensibilidade se apresenta em desequilíbrio somente aumentamos os problemas. 
A visão imprecisa ou impensada de determinados fatos nos fazem vê-los como invencíveis. 
Essa visão equivocada do acontecimento, alimentada pelos sentimentos infelizes que trazemos em nosso íntimo favorece o alongamento do momento infeliz. 
Os sentimentos nobres conquistados e vivenciados no decorrer de nossa vida nos ajudarão a enfrentar o que nos chegue, com um tanto de calma. 
Até mesmo porque problemas não se resolvem na confusão, nem na impaciência ou na gritaria. 
Em verdade, eles nos exigem ponderação, calma para tentar encontrar a melhor solução, ou tomar a providência que seja a mais acertada, conforme o caso se apresente. 
Se temos o hábito da oração, ela nos auxiliará a nos mantermos equilibrados, ante fatos inesperados que nos aconteçam. 
O momento mau passa como tudo passa em nossas vidas. 
O que fica é a nossa maneira pessoal de enfrentar as provas a que somos submetidos. 
Os testes morais, os desencantos, as perdas de entes queridos, as desilusões e decepções deixam suas marcas em nós. 
Quando positivas, nos deixarão mais fortalecidos, mais experientes. 
Saber extrair a lição do mau momento é que faz a diferença para cada um de nós. 
Bom seria se desde cedo aprendêssemos a enxergar a vida com mais compreensão, para sofrermos menos. 
Assimilarmos que decepções são oportunidades de praticarmos a nossa força de vontade, humildade e superação. 
Que bons sentimentos, paciência, conhecimento e desejo sincero de acertar, nos trarão melhores maneiras de encarar o mau momento que surgir. 
Assim é que podemos transformá-lo em bendita hora de aprendizado e crescimento espiritual. 
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 27, do livro Luz Viva, pelos Espíritos Joanna de Ângelis e Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. 
Em 10.11.2018

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

ONDA SEM FIM

A cena se passa em um supermercado. 
Com os dois netos, a avó faz compras. 
Somente o essencial, o que está anotado na curta lista que tem nas mãos. 
A menina apanha da prateleira um bolo confeitado, maravilhoso e o coloca no carrinho de compras. 
No caixa, a avó percebe que não tem dinheiro suficiente e pede para devolvê-lo. 
A garota insiste e a avó explica que, em outro momento, quando tiverem condições, comprarão um bolo. 
-Você disse isso da outra vez. – Responde a menina. 
Um rapaz, que a tudo assistia, comprou o bolo deixado no caixa, alcançou os três e o depositou nas mãos da criança.
-Não, disse a avó, não podemos aceitar. O senhor não tem obrigação nenhuma de fazer isto. 
-Na verdade, tenho. – Disse, com um sorriso. Quando eu tinha sete anos, estava no supermercado e escolhi um bolo. Era meu aniversário. Minha mãe explicou que não tínhamos dinheiro. E um homem o comprou, mandou embrulhá-lo e me entregou. Insistiu para que minha mãe me deixasse aceitá-lo. Ela pediu que ele escrevesse seu número de telefone em um papel para quando possível, lhe devolver o valor. Ele escreveu algo no papel e colocou no bolso da minha camisa. 
Então, diz a avó:
-Escreva seu número de telefone. Devolveremos o valor, assim que pudermos. 
As crianças chegaram em casa, carregando as sacolas. 
A menina, feliz, foi ao encontro do avô, que estava em uma cadeira de rodas e depositou-lhe no colo o bolo. 
-Feliz aniversário, vovô! 
-Obrigado, disse ele. É o meu favorito. 
E para a esposa: 
-Você não deveria gastar com bolo. Sabe de nossas dificuldades. 
-Foi um rapaz que o comprou e o ofereceu. Pedi que escrevesse neste papel o número do telefone dele. Veja. 
Ele abriu o papel dobrado e leu: 
-Um simples ato de carinho cria uma onda sem fim.
Rapidamente, sua mente o remeteu para uma cena no supermercado. 
Era ele, em plena madureza, vendo uma mãe explicando para um menino de sete anos que não tinha dinheiro suficiente para comprar o bolo de aniversário. 
Ele o adquirira e o entregara ao menino, cujos olhos brilharam. 
E, ante o pedido da mãe, para que anotasse seu número de telefone em um papel, escrevera aquela mesma frase. 
Sim, um simples ato de carinho cria uma onda sem fim. 
É a corrente do bem. 
E, de formas muito específicas, também alcança quem o praticou. 
* * * 
Alguém escreveu que o Universo é um ser vivo. 
Nele tudo é em ritmo de harmonia. 
Se, por exemplo, uma borboleta levanta as suas asas no Oceano Pacífico, isso repercute nas galáxias. 
Estamos todos interligados como num imenso mar de vibrações. 
Mergulhados no hálito divino do amor, que nos sustenta. 
Por isso, tudo que fazemos repercute, ressoa. 
Quando realizamos o bem, por menor nos pareça o gesto, isso vibra e alcança alguém, próximo ou distante. 
Pensemos nisso e estribemos nossos atos no bem, elejamos como propósito diário fazer uma pessoa feliz. 
Poderá simplesmente ser sorrindo para o vizinho, desejando um bom dia, devolvendo a bola que cai em nosso jardim aos meninos, um gesto de cortesia, cedendo passagem no trânsito. 
Uma ação por dia. 
Um gesto de carinho. 
Pensemos nisso. 
Redação do Momento Espírita, com base em vídeo que circula pela internet. 
Em 30.12.2024.

domingo, 29 de dezembro de 2024

O MAU IMPULSO

MALBA TAHAN
Conta-se que um aldeão, homem rude, mas sincero, queixou-se a um sábio de que o mau impulso o dominava constantemente. 
-Sabes montar a cavalo? - Perguntou o sábio. 
-Sei, sim senhor. - Respondeu prontamente o aldeão. E monto com muita perícia. Sei até lidar com cavalos bravios.
-Que fazes, quando te acontece de cair? - Indagou o sábio.
-Monto outra vez. - Retrucou o homem com certa empáfia.
-Pois bem: faz de conta que o mau impulso seja o cavalo. – Disse o sábio, com um sorriso de inteligência. - Se caíres, torna a montar. No fim, domarás o cavalo bravio e andarás pela vida sem receio.
* * * 
Importante ensinamento esse, pois muitos são os que jogam a culpa de seus atos infelizes nos seus maus impulsos. 
Dizem que a carne é fraca e com isso justificam os instintos negativos de toda ordem. 
Em O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, este assunto foi tratado com muita clareza. 
Desejando saber sobre as paixões ou impulsos que têm conduzido o homem a grandes conquistas, mas também a grandes abismos, o Codificador da Doutrina Espírita perguntou aos sábios da Espiritualidade: 
-Será substancialmente mau o princípio originário das paixões, embora esteja na natureza? 
-Não, responderam os imortais, a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal. 
Desejando aclarar mais o entendimento, Kardec indagou:
-Como se poderá determinar o limite onde as paixões deixam de ser boas para se tornarem más? 
E a resposta: 
-As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e que se torna perigoso desde que passe a governar. Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos, ou para outrem. As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência. Mas, se, em vez de as dirigir, deixa que elas o dirijam, cai o homem nos excessos e a própria força que, manejada pelas suas mãos poderia produzir o bem, volta-se contra ele e o esmaga. Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural. O princípio das paixões não é, assim, um mal, pois que assenta numa das condições providenciais da nossa existência. A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa e este excesso se torna um mal, quando tem como consequência um mal qualquer. Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal afasta-o da natureza espiritual. Todo sentimento que eleva o homem acima da natureza animal denota predominância do Espírito sobre a matéria e o aproxima da perfeição. 
Como podemos perceber, o sábio tinha razão quando disse ao aldeão que que ele devia conduzir o corcel e não o inverso.
Quando não conseguimos segurar as rédeas dos impulsos, eles nos levam por caminhos difíceis e podemos nos ferir gravemente ou nos precipitar em abismos escuros e profundos. 
Por todas essas razões, vale a pena domar esse cavalo bravio que muitas vezes tenta nos dominar. 
* * * 
A ambição é um exemplo de paixão que impulsiona o homem a grandes conquistas. 
Mas quando o homem se deixa por ela dominar, pode encontrar pela frente muita dor e sofrimento. 
Pense nisso! 
Redação do Momento Espírita com base em conto do livro Lendas do povo de Deus, de Malba Tahan, ed. Record e nos itens 907 e 908 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb. 
Em 15.08.2011.

sábado, 28 de dezembro de 2024

ANO NOVO ESPERANÇOSO

Percebemos um passar tão rápido do tempo que, por vezes, quase nos assustamos. 
Ainda ontem, adentramos um ano novo. 
Mas, estamos novamente prestes a vivenciar o mesmo fato.
Olhamos para aquele bebezinho que veio alegrar nosso lar, e o pequerrucho já está a correr por todos os cantos, nos exigindo mais cuidados. 
Nossa adolescente cheia de vontades e ciosa de suas coisas, passou no vestibular, e terá que residir longe de nossos olhos cuidadosos. 
Olhamo-nos no espelho e notamos novas rugas que se juntam às existentes, nos fazendo sentir o passar dos dias, no mapa da nossa face. 
A semana mal começa e estamos caminhando para o sábado e domingo, preocupados com o novo período de trabalho ou de estudo. 
Nessa corrida que parecemos empreender, é muito bom guardarmos a esperança de alguns dias mais tranquilos na rotina acelerada. 
Esperança de ver nosso bebê crescer, nossa adolescente se formar, nossa família permanecer unida, embora cada qual tenha que seguir seu rumo. 
Esperança de um ano novo repleto de experiências novas, realizações desejadas, cumprimento de deveres. 
Esperança de realizações gerais em nível social, onde possamos respirar a paz, a fraternidade, a concórdia. 
* * * 
Esperar é uma virtude essencial que necessitamos cultivar em nossos corações, em nossas mentes, em nossas vidas. Não simplesmente aguardar. 
Também agir, realizando nossa parte, por mais singela que seja, em benefício geral. 
Uma gota d’água pode parecer uma quantidade irrisória aos nossos olhos, mas poderá ser aquela que transborde o copo e irrigue ao seu redor. 
Um aperto de mão pode ser um gesto simples, no entanto, desde que seja um aperto firme e sincero, pode transmitir aquela energia que encoraja e levanta um coração titubeante e inseguro. 
Um abraço pode nada significar para quem o vê acontecer de longe. 
Porém, para quem sente o bater de outro coração junto ao seu, pode representar o impulso do recomeço. 
Um sorriso pode ser interpretado e sentido de mil e uma formas. 
No entanto, pode representar a injeção de confiança a alguém desalentado. 
Alimentar a esperança é dever de todos nós, filhos de Deus, que sempre nos permite o melhor, assinalando a Sua Providência e a Sua Misericórdia. 
O ditado popular assinala que a esperança é a última que morre. 
Contudo, basta querermos alimentá-la para que seja também, a primeira a renascer. 
Não desistamos dela em circunstância alguma porque ela facilita o nosso entendimento sobre as possíveis dificuldades que enfrentamos. 
Ela nos permite olhar para o futuro, considerando-o portador de condições melhores das que desfrutamos no presente. 
A esperança responde pela aspiração de felicidade e de realização de nossos corações, mantendo o desânimo à distância. 
Que seja sempre mais e mais esperançoso o nosso ano novo, com fortes impulsos de solidariedade, fraternidade e caridade.
Que sejam trezentos e sessenta e cinco dias de trabalho, de realizações, de paz, de alegria contagiante. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 28.12.2024

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

O QUE RESTA DO NATAL!

Quando o dia de Natal se vai, bom analisar-se como ficamos nós. 
Nas semanas que o antecedem, nossas horas são tomadas por inúmeras preocupações. 
São detalhes importantes, como não esquecer uma pequena lembrança para um coração amigo, um prestador de serviço.
Uma mensagem para o familiar distante. 
Quiçá, a montagem de um pequeno vídeo, que mais parece um cartão vivo, daqueles que se assemelham aos quadros mágicos da série Harry Potter. 
A ceia, por mais simples, requer um certo requinte. 
Um enfeite, pratos diferentes à mesa. 
Talvez, aqueles antigos, da vovó, bem decorados. 
Utilizados em ocasiões especiais. 
Recordamos o nascimento do Celeste Amigo. 
Lemos algumas passagens a respeito da Sua chegada ao planeta. 
Oramos em conjunto. 
Encantamo-nos com a decoração das lojas, dos shoppings, da cidade. 
Tudo muito iluminado que, mesmo que as pessoas não se deem conta, enaltecem o Rei Solar. Interessante que, apenas transcorrida a data, o que acontece é uma agitação, por vezes, muito mais intensa. 
Agora, se aguarda o ano novo, que chega carregado de promessas e de sonhos. 
Se o Natal é a reunião da família, a troca de abraços e presentes, o ano novo se caracteriza por viagens, por busca de lugares diferentes para celebrar o início de uma nova etapa. 
É de nos perguntarmos, então, o que resta do Natal. 
O que ficou impresso em nossas almas, depois de tantas mensagens de paz, de bênçãos. 
O que guardamos, em nossa intimidade, depois dos dias em que, de uma maneira ou de outra, conforme nossos vínculos religiosos, recordamos de forma mais estreita a vinda do Messias entre nós. 
Nesses dias que se sucedem, céleres, como areia escorrendo entre nossos dedos, que restou em nossa alma?
* * * 
Que a comemoração natalina possa nos ter deixado marcas indeléveis. 
Marcas que não nos permitam esquecer da solidariedade, da fraternidade, da compaixão. 
Que os abraços entre amigos, familiares possam se repetir, muitas vezes. 
Que nos lembremos de fazer declarações de amor, diariamente. 
Algo que vai desde o Eu amo você, ao namorado, cônjuge, filho, pais, amigo, ao olhar nos olhos e agradecer por essa pessoa estar presente em nossas vidas. 
Que enalteçamos o alto valor dos afetos mais profundos aos mais tênues, em nossa jornada. 
Que não deixemos para afirmarmos da sua importância, quando partirem desta vida. 
Que saibamos desfrutá-los, todos os dias, a cada dia. E que lhes digamos dessa sua importância. 
Não poupemos manifestações de afeto. 
Permitamos que o amor floresça em nós e produza frutos ao nosso redor. 
Que as doçuras do Natal, com sua ternura, sejam presença em todos os dias do novo ano.
Se, a cada comemoração natalina, alicerçarmos um pouco mais essa maneira de viver, a breve tempo, uma imensa renovação se fará neste mundo. 
Porque, se dentro do lar, entre os que elegemos como amigos, agirmos como o fazemos nas comemorações do Natalício Celeste, transformaremos, com certeza, a face do planeta. 
Sejam portanto, todos os dias vindouros, a reprise do Natal de paz, de fraternidade, de compaixão, de amor. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 27.12.2024

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

NATAL É...

O Natal é uma data que está enraizada na História e na nossa cultura. 
A palavra, em si, pode ser utilizada para designar o local de nascimento de alguém ou de algo. 
Tem origem na palavra natalis, do latim, que significa relativo ao nascimento. 
Nós a escolhemos para assinalar o nascimento de Alguém que morreu há mais de dois milênios. 
Alguém que esteve entre nós, que para Si somente desejou o título de Mestre. 
Porque era. 
Mestre do amor, Mestre da sensibilidade, Mestre da compaixão. 
E, o mais importante, todo ano nós O lembramos com muitas luzes, cores, canções, comemorações. 
Mas Natal é muito mais do que isso. 
É época em que ocorrem muitas doações, que vão de somas em dinheiro, brinquedos para as crianças a cestas básicas para famílias em vulnerabilidade social. 
Há os que criticam toda essa movimentação com tantas campanhas pelas crianças dos Centros de Educação comunitários, pelos que vivem em barracos pendurados em morros ou em bairros afastados, quase esquecidos. 
No entanto, convenhamos que se trata de um salutar exercício de amor. 
Mesmo que se repita somente uma vez ao ano. 
Alguns se sentem tão bem com o exercício, que resolvem adotá-lo como norma para suas vidas. 
Natal é isso. 
É algo que nos remete à transformação que inicia com a reunião da família, uma oração, uma canção. 
Uma alegre comemoração que fala de reencontro, recheado com abraços e atualizações de acontecimentos de cada um.
Para muitos, troca de presentes que podem ser adquiridos em lojas, em sites, encomendados com muita antecedência ou comprados às pressas, no quase último minuto. 
Alguns nos esmeramos confeccionando mimos delicados que falam do nosso carinho para com nossos pais, avós, tios, amigos. 
Tudo isso em nome do aniversário de um menino que reformulou os conceitos do relacionamento entre os homens.
Por Ele e em nome dEle, nos detemos a olhar nos olhos daqueles que convivem conosco e buscar entender, perdoar, envolver com carinho esses seres humanos que trilham a nossa mesma estrada. 
Em nome dEle, nós nos detemos diante de uma criança e buscamos descobrir o que dizem os seus olhos. 
Em nome dEle, nos propomos a sentir compaixão pelo mais perverso criminoso, entendendo que Ele é nosso irmão e que se faz violento porque desconhece a paz. 
Lembrando Sua Celeste Conduta, vamos ao encontro de alguém que tenhamos ferido, mesmo sem intenção, para o salutar pedido de desculpas. 
Por Ele, esquecemos de nós por um breve momento que seja, deixando nosso irmão em destaque e atenção. 
O Natal é tudo isso. 
Também para ser vivido depois que a data se vai, consumida pelo calendário, que aponta novos dias. 
Afinal, Jesus, o Celeste Aniversariante, veio à Terra para nos ensinar a viver, a amar, a nos sentirmos verdadeiros irmãos.
Sua vida foi o maior exemplo de grandeza e sabedoria. Por isso, o Seu Natal significa vida, e vida abundante... 
E por causa disso todos os demais dias deverão ser, em nossa alma, de perene paz, de bênçãos, de trabalho no bem, de esforço de renovação. 
Feliz Natal, hoje, amanhã e sempre.
Com Jesus em nossas vidas. 
Redação do Momento Espírita 
Em 25.12.2024

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

UM NATAL DIFERENTE

ALICE GRAY
Naquele escritório era assim. 
Todos os anos, eles procuravam uma família que necessitasse de assistência para comemorar o Natal. 
Para o dia que se aproximava, eles localizaram uma que havia sofrido várias tragédias nos dois anos anteriores. 
O Natal deles seria magro e triste.
Então, durante um mês, todos no escritório foram colocando as doações em dinheiro dentro de uma lata decorada. 
Depois, se divertiram muito escolhendo os presentes para o pai, a mãe e os seis filhos, imaginando a expressão de felicidade deles, ao receberem os presentes. 
Para os meninos, luvas para o inverno e aviões em miniatura.
Para as meninas, bonecas e bichinhos de pelúcia. 
Para a mais velha, já adolescente, perfume e um relógio.
Evidentemente, aquela família não deveria saber quem eram os doadores e, por isso, eles combinaram que o pastor da igreja rural seria o portador dos presentes. 
Na sexta-feira anterior ao Natal, a mãe da família voltou mais cedo para casa, após o trabalho. 
Ela recebera uma gratificação extra do seu patrão. 
O marido ficou feliz com a notícia. 
Agora eles tinham dinheiro para comprar presentes de Natal para os filhos. 
Sentaram-se e juntos fizeram uma lista, procurando combinar o querer com as necessidades. 
Mas, então, eles ficaram sabendo que um amigo estava prestes a ser submetido a uma cirurgia. 
Ele estava desempregado e não poderia pagar as despesas médicas. 
Mais do que isso, nem tinha o que comer em casa. 
Condoídos com a situação, marido e mulher convocaram os filhos para uma reunião de família e decidiram entregar a gratificação de Natal ao amigo. 
Comida e despesas médicas eram mais importantes do que brinquedos de Natal. 
Algumas horas depois de tomada a decisão, o pastor foi fazer uma visita para a família. 
Antes que ele tivesse tempo de explicar o motivo da visita, eles contaram que gostariam de doar o dinheiro ganho e lhe pediram que entregasse o cheque para o amigo necessitado.
O pastor ficou muito surpreso diante de tanta generosidade e concordou em entregar o cheque, com uma condição: todos eles deveriam acompanhá-lo até seu carro. 
Sem entender muito bem o porquê da exigência do pastor, eles concordaram com o pedido. 
Quando atravessaram o portão da casa, viram o carro do pastor abarrotado de presentes de Natal. 
Presentes que o pessoal daquele escritório lhes havia mandado, como expressão de amor natalino. 
Que Natal esplêndido foi aquele para as duas famílias necessitadas, para o coração do pastor e para todo o pessoal do escritório! 
* * * 
Num dia distante, há mais de vinte séculos, o Divino Pastor nasceu entre as Suas ovelhas. 
Veio manso, numa noite silenciosa, somente deixando-se anunciar por um coro de mensageiros espirituais, aos corações dos homens de boa vontade. 
Até hoje, Ele continua assim: falando aos homens que se dispõem a ter boa vontade para com os outros homens. 
Boa vontade para doar-se, para dar-se, para amar. 
Este é o sentido do verdadeiro Natal: o amor de Deus para com os homens. 
O amor dos homens uns para com os outros, em nome do Divino Amor que se chama Jesus. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Uma tradição de Natal, de Pat A. Carman, do livro Histórias para o coração da mulher, de Alice Gray, ed. United Press. 
Em 10.12.2012.

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

TODO ANO

Como uma floresta que subitamente silencia ao perceber que algo importante está por vir. 
Todo ano os pulsos acelerados ouvem uma suave canção que lhes parece um convite, uma lembrança, uma promessa. 
Não sabem identificar o que está por trás daquele encantamento. 
Chamam de mágica, chamam de sonho. 
Todo ano a esperança vem passar férias em nossos lares. 
Em alguns, permanece por pouco tempo.
Em outros, fica mais, aproveitando para contar histórias inesquecíveis. 
Todo ano Ele volta a nascer na Terra, da mesma forma. 
No anonimato, discreto. 
E os únicos que podem visitá-lO são aqueles que se fizerem humildes e sensíveis. 
Difícil encontrar aquela estalagem em Belém. 
Difícil viajar à noite. 
Muitos perigos, pouca luminosidade. 
Não há mapa que mostre como chegar. 
Apenas uma luz maior no céu, que se parece com uma estrela, mas não é... 
Todo ano, como um ciclo, uma volta em torno do sol, somos lembrados de algo mais importante que tudo. 
Em Jesus está a chave do entendimento de nossa existência na Terra. 
Acompanhando Sua vida no planeta, desde o berço humílimo até a corajosa cruz, teremos todas as respostas de que precisamos. 
Todo ano somos lembrados disso pela celebração do Natal.
Celebrar o Natal é recordar essa chave, esse tesouro que temos representado num único Ser, um Ser perfeito, exemplo e guia para a Humanidade. 
Não podemos dizer que estamos à deriva, mesmo em tempos tão difíceis. 
Não podemos dizer que não temos referências, que perdemos certezas na alma. 
O mundo pode estar líquido, pode estar desconfigurado, sem formas ou precisão, mas apenas porque nos distanciamos da solidez do amor trazido por Jesus. 
Simples assim. 
A lei de amor, justiça e caridade é universal. 
Vale aqui e em qualquer canto do Universo.
Valeu há milhões de anos e vale hoje. 
O restante são distorções causadas por nossas imperfeições, por nossos vícios morais ainda não curados. 
Estamos doentes, estamos aflitos, necessitando de ajuda. 
Eis então o médico das almas. 
Eis Aquele que acalma as nossas aflições, renascendo uma vez mais no planeta. 
Todo ano Ele vem nos dizer, no silêncio da nossa intimidade:
-Se me amais, guardai os meus mandamentos. 
Todo ano, nas luzes do Natal, Ele está a nos dizer que permanece ao nosso lado. 
Que não desistamos da Humanidade, que não desistamos do amor. 
Ele venceu o mundo e nós também venceremos. 
Com paciência, tolerância e solidariedade, suplantaremos todos os desafios que a encarnação nos apresenta. 
Todo ano temos nova chance, novas oportunidades, um convite para despertar. 
Não nos deixemos abalar pelos ruídos da desavença, das guerras ou do pessimismo devastador. 
Oremos uns pelos outros. 
Não sejamos indiferentes ao sofrimento que destroça nossos irmãos de planeta. 
Lembremos: a luz é mais forte que a sombra, o amor é mais forte que qualquer manifestação de ódio. 
Que o Natal nos lembre disso e nos dê forças para permanecer na rota segura, traçada há muito tempo por um Mestre de amor. 
Redação do Momento Espírita 
Em 24.12.2024.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

NOS PREPARATIVOS DO NATAL

Como estamos nos preparando para o Natal? 
Para o reencontro com os familiares e amigos?
Pensamos em troca de presentes, muitos risos, danças? 
Será que teremos que enfrentar, no dia seguinte, o incômodo físico pelos exageros cometidos na comemoração? 
Será que teremos muitos transtornos quando começarem a chegar as somas no cartão de crédito pelos gastos realizados? 
Se essas questões nos chegam à mente, podemos nos dar conta de que a nossa comemoração natalina, embora seja inebriante, por algumas horas, não será completa. 
Se essas perguntas nos acodem, sinaliza que esquecemos de algo muito importante. 
Esquecemos que a comemoração deve ser em honra do aniversariante. 
Alguém que nasceu na noite/madrugada quase fria, que contou com a visita de pastores que estavam no campo, na vigilância dos seus rebanhos. 
Alguém que escolheu um lugar calmo, distante dos altos ruídos da cidade, entre dóceis animais, um boi e um burro, para vir ao mundo dos homens.
Alguém que, durante a Sua vida, esteve em muitas festas.
Iniciou o Seu messianato, abençoando com Sua presença, um consórcio matrimonial, um novo lar que se iniciava. 
Alguém que esteve em banquetes de homens considerados de má vida, pela profissão que abraçavam, ou talvez somente invejados pelos haveres que possuíam. 
Alguém que soube honrar, com Sua presença, todo ambiente que visitou, seja para o qual fora convidado especialmente, seja na casa simples de um pescador das margens do lago da Galileia, onde se abrigava. 
Não se tem notícias de que Sua data natalícia tenha sido comemorada com fausto, com presentes, comes e bebes, em tempo algum, enquanto esteve entre os homens. 
O que se sabe é que viveu para servir. 
Ele mesmo se definiu como Aquele que estava entre o Seu rebanho para servir. 
Viveu numa cidade quase apagada, até a maturidade, servindo no lar, atendendo o que lhe competia, conforme os costumes da época e da Sua gente. 
Esse homem, que aniversaria, conforme o calendário terrestre, a cada dezembro, merece de nós uma festa magnífica. 
Não uma festa de exterioridades, de ostentação. 
Uma comemoração na intimidade do coração, porque Ele afirmou que o Seu reino não tinha aparências exteriores. 
Que o Seu reino, o reino do Pai, se encontra no coração de cada homem, cada filho de Deus, cada ovelha do Seu rebanho. 
Naturalmente que não descartamos o encontro com os familiares, os mil abraços, cores alegres na decoração de um ambiente, para dizer que estamos felizes pela oportunidade que esse aniversário nos propicia, a cada ano. 
No entanto, que nossa alegria seja verdadeira, aquela que extravasa da alma. 
Que lembremos de cantar hosanas a quem deixou as estrelas para estar conosco, para nos lecionar amor. 
Para nos fazer sentir, profundamente, o que é o amor. 
E, em nome dEle, repartamos o pão da nossa mesa, o nosso regozijo, com alguém além das fronteiras de nosso lar. 
Então, depois do Natal, restará para nós o conforto dentro d’alma de termos estado numa festa especial, intimamente ligados ao Sublime Aniversariante. 
Redação do Momento Espírita 
Em 23.12.2024.

domingo, 22 de dezembro de 2024

MAU HUMOR

EMMANUEL E CHICO XAVIER
A revista Circulation, da Associação Americana do Coração publicou, há alguns anos, um estudo, realizado por uma equipe da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. 
O título era sugestivo: 
Verdade: raiva mata mesmo. 
Relatava o aumento significativo dos riscos de se ter um ataque cardíaco, devido ao mau humor. 
O estudo, que envolveu o comportamento de treze mil homens e mulheres, entre 45 e 64 anos, demonstrou que as pessoas que se irritam intensamente, e com frequência, têm três vezes mais probabilidades de sofrer um infarto do coração. 
Segundo esses pesquisadores, cada vez que a pessoa tem um episódio de raiva, o organismo joga no sangue uma carga extra de adrenalina. 
A concentração desse hormônio no corpo aumenta o número de batimentos cardíacos e estreita os vasos sanguíneos, o que faz com que se eleve a pressão arterial. 
A repetição dos momentos de raiva pode gerar dois problemas que se associam ao infarto. 
O primeiro é a arritmia cardíaca, o que quer dizer que o coração bate de forma descompassada. 
O segundo, é a dilatação das placas de gordura que existam nas artérias. 
Por tudo isso, é bom analisarmos os nossos atos. 
Por exemplo: 
O mau humor está se apresentando em nossas vidas de maneira quase constante? 
Examinemos as suas origens, a fim de que o possamos liquidar, o mais rápido possível, do nosso cotidiano. 
Caso o problema seja de alguma dívida que esteja nos preocupando, recordemos que não será com mau humor que conseguiremos os recursos para pagá-la. 
Se a dificuldade é uma doença que nos atormenta, tenhamos em mente que enfermidade precisa de remédio e não de intolerância, para se curar. 
Se estivermos precisando da cooperação de alguém para um empreendimento, uma tarefa, com certeza, não será mostrando uma carranca que conseguiremos simpatia e ajuda. 
Se estiverem se apresentando contratempos na família, problemas de difícil solução, não serão frases ásperas, cheias de amargura e má vontade que irão resolvê-los. 
Isso significa que, em verdade, até hoje, não se tem conhecimento de ninguém que o azedume e o mau humor tenham auxiliado. 
Portanto, o melhor é tentar nos livrarmos dessa postura destruidora, cultivar a paciência e aprender a sorrir. 
Ao menos, por desejarmos preservar a nossa saúde física.
Também para sermos pessoas mais toleráveis aos que precisam conviver conosco no lar, no trabalho, na escola.
 * * * 
Ninguém consegue realizar alguma coisa sem os outros e os outros não são culpados por nossos insucessos. 
Enfrentemos o novo dia, dispostos a vencer, conquistando o espaço bom que nos está reservado no mundo. 
A boa vontade em relação aos outros retornará sempre para nós em clima de simpatia e camaradagem. 
Dessa forma, comecemos hoje a colocar beleza em nossos olhos, a fim de olharmos a vida com lentes mais claras, libertando-nos das impressões negativas da noite passada.
Notaremos então que nosso estado íntimo se renovará e tudo tomará uma cor agradável ao nosso redor. 
Redação do Momento Espírita com base no artigo Mau humor? Nem pensar, do Boletim SEI nº 1678, de 27.5.2000 e no cap. Mau humor do livro Calma, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. GEEM. 
Em 16.06.2023.

sábado, 21 de dezembro de 2024

NATAL DE JESUS

Toda vez que o Natal retorna, Sua figura é lembrada com maior vigor. 
Alguns permanecem na tentativa de negar-Lhe a existência, afirmando que tudo é fruto de lenda. 
Outros, que na Sua existência acreditam, perdem-se em datas e números, tentando descobrir quando Ele verdadeiramente nasceu. 
O que se sabe é que até o século IV, os cristãos do mundo comemoravam o Seu natalício em diferentes meses e dias, motivo pelo qual a igreja optou por determinar a data de vinte e quatro de dezembro, a fim de que todos os Seus seguidores se unissem para o mesmo evento, como um único coração.
Estranham alguns que tudo que se refira à figura humana do Cristo seja tão obscuro. 
Não se sabe com exatidão quando e onde nasceu, quase nada se tem a respeito de Sua infância e adolescência.
Mesmo após a Sua morte, não nos legou senão uma tumba vazia, tendo desaparecido Seu corpo, sepultado em lugar ignorado talvez. 
Exatamente porque, desde o primeiro dia entre nós, Ele, Jesus, insistiu em afirmar que a mensagem é mais importante do que o homem. 
Contudo, algo existe em torno do qual ninguém discute. 
Todos se irmanam. 
Ele legou à Humanidade o mais belo tesouro de todos os tempos: a lição do amor, o amor por excelência que foi. 
Desde Seu nascimento, na calada da noite à Sua morte na cruz, a Sua foi a vida dos que amam em totalidade. 
Por isso mesmo é que não temos as notícias de Jesus no seio de Sua família, convivendo com os Seus. 
A Sua família era a Humanidade e com ela esteve ao longo de Sua missão. 
Amou a multidão e a serviu. 
Falou de coisas profundas, utilizando figuras e linguagem acessíveis ao povo, que desejava uma mensagem diferente de todas as que ouvira até então. 
A Sua voz tinha especial entonação e quando se punha a declamar a poesia dos céus, extasiava as almas. 
Os simples O seguiam, os desejosos de aprender e os que ansiavam pelo consolo de suas feridas morais O ouviam atenciosos. 
Sua mensagem era dirigida a todos os seres, nos diferentes estágios evolutivos, para as diferentes idades. 
Dirigiu-se à criança, convidou os moços a segui-lO, arrebanhou homens e mulheres em plena madureza, alentou a velhice. 
Sua vida foi um contínuo servir. 
Ninguém antes dEle e ninguém depois realizou tamanha revolução no campo das ideias, semeando na terra dos corações, em tão pouco tempo. 
Menos de três anos... 
Sua mensagem, impregnada do perfume de Sua presença, prossegue no mundo, conquistando as almas.
Definindo-se como o caminho, a verdade e a vida, Ele é também o consolo dos aflitos, a luz para os que andam em trevas densas, o amparo dos que se sentem desalentados e sós. 
Seu nome é Jesus. 
Sua mensagem é do amor perene. 
Seus ditos e Seus feitos constituem os Evangelhos. 
A comemoração do Seu natalício a todos nos motiva a amar, doar e perdoar. 
E só há Natal porque Ele veio para os Seus irmãos, para nós e nos legou a mensagem divina que fala de paz, de harmonia e de belezas espirituais. 
Aproveitemos o clima de Natal para meditar a respeito dos ensinos de Jesus. Aproveitemos mais. 
Coloquemos em prática ao menos alguns deles. 
E, entre os presentes e mimos que distribuiremos em nome dEle, não nos esqueçamos de colocar uma parcela do nosso coração. 
Não esqueçamos. É Natal! 
Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita v. 12 e no livro Momento Espírita, v. 6, ed. FEP. 
Em 21.12.2024

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

UM MAU A MENOS

DIVALDO PEREIRA FRANCO
É bastante comum falar-se do mal que existe na Terra.
Sobretudo nestes tempos, em que a mídia tem sido farta em notícias aterradoras, as pessoas se têm indagado o que será do futuro. 
A carga de maldade parece crescer, de forma assustadora. 
A cada momento, novas notícias se somam às anteriores, portadoras de intranquilidade. 
Os jornais se esmeram em colocar manchetes que falam de escândalos, corrupção, hábitos infelizes. 
A televisão mostra as imagens de tragédias familiares, sociais e políticas. 
O homem parece mesmo ter se tornado lobo de seu irmão.
Pensando nesse panorama de ansiedade e medo que assola o mundo, um jovem discípulo procurou seu mestre.
Encontrou-o em estudo e quebrou o silêncio, indagando:
-Senhor, vejo a Humanidade infeliz. A perversidade campeia e a agressividade toma conta das criaturas. Em toda parte vejo as sementes do ódio invadirem os canteiros do mundo, a inveja tomar conta dos jardins e a perseguição gratuita avançar, sem limites. Vejo as pessoas se digladiarem e somente encontro sombras onde esperava descobrir a luz. Como poderei contribuir para tornar o mundo melhor? O que devo fazer? 
Porque o mestre permanecesse em silêncio, o aprendiz voltou à carga, precipitado, em nova leva de perguntas: 
-Vejo o mal avançar a cada dia assenhoreando-se de mais terreno. Gostaria de extirpá-lo da Terra em definitivo. Desejaria acabar com a miséria e o sofrimento. Contudo, sinto-me sem recursos. Que poderei fazer em favor dos infelizes e perversos? 
O sábio, tomado de compaixão pelo jovem candidato à transformação do planeta, respondeu com serenidade: 
-Filho, mudar as condições da Terra e dos seus habitantes, de um só golpe, é tarefa impossível. No entanto, se te encontras realmente interessado em contribuir em favor da Humanidade, eis a fórmula: Realiza a viagem ao interior de ti mesmo. Faze-te gentil com os que cruzem teus caminhos. Sê melhor com todos os que tomem contato contigo. Ilumina-te, enfim, a partir deste momento. Com isso, guarda a certeza de que existirá um perverso e um ignorante a menos no mundo. 
* * * 
Normalmente agimos como o jovem discípulo.
Desejamos que a Terra se transforme em um oásis de paz e alegrias. 
Pensamos em anular o mal de fora, dos outros. 
E esquecemos de adentrar nossa intimidade, iniciando a grande reforma do mundo a partir de nós mesmos. 
Se nos tornarmos bons, seremos um mau a menos. 
Se nos tornarmos iluminados, seremos uma luz a mais a clarear a paisagem. 
Se realizarmos o bem, a migalha da nossa atuação se fará presença benfazeja onde estivermos. 
A dor que acalmarmos arrefecerá a economia da dor mundial.
A aflição que aplacarmos será diminuída do rol geral de aflições. 
Enfim, o movimento positivo que empreendermos reagirá no cômputo geral, modificando a panorâmica da Terra em que nos situamos.
* * * 
Uma gota d'água não resolve o problema da terra ressequida, mas é o anúncio da chuva generosa que logo mais se precipitará. 
Ante a aparência do sol, uma pequena nuvem que se apresente constitui alívio ao viajor cansado, tanto quanto a sombra de uma árvore o aliviará da canícula que o maltrata.
Uma ação isolada pode parecer de nenhuma valia. 
Contudo, é sempre o desencadear de uma reação em cadeia, beneficiando muitas almas. 
Pense nisso e comece hoje a mudar o Mundo. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8 do livro A busca da perfeição, pelo Espírito Eros, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. EBM. 
Em 30.11.2009.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

MATURIDADE

A idade da pessoa responde por sua maturidade? 
Quer dizer, responsabilidade depende da idade cronológica ou é como os jovens costumam dizer: 
-Depende da cabeça? 
Muito discutida, por vezes idolatrada e, por outras tantas, crucificada, a juventude é uma fase extremamente importante na vida das pessoas. 
Nesse momento da vida definem-se muitos dos lances decisivos na existência. 
O jovem possui uma energia intensa que precisa ser canalizada a fim de que a vida lhe dê frutos de felicidade. 
O jovem não é necessariamente leviano, irresponsável ou precipitado, apesar de uma parcela da juventude revelar esses aspectos. 
O jovem é, sim, entusiasta, idealista, sonhador e precisa que se lhe deem subsídios para que o entusiasmo não se transforme em frustração, o ideal não se corrompa e o sonho não se torne pesadelo. 
Existem, em linhas gerais, dois tipos de jovens. 
Thomas Edison
O primeiro tipo, é o jovem como Thomas Edison que, aos vinte e um anos registrou sua primeira invenção e que, entre outras coisas, nos legou a lâmpada incandescente e o fonógrafo.
É de Thomas Edison a célebre frase: 
-O gênio se faz com um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração. 
SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Outro jovem especial foi Francisco de Assis que comoveu o Papa, no Século XVIII, com sua pureza e simplicidade religiosa. 
Santa Joanna d'Arc
Ainda podemos nos recordar de Joanna d'Arc, a heroína da França que, no auge dos seus dezessete anos, liderou batalhas decisivas da guerra dos cem anos, devolvendo a Carlos VII o trono da França. 
Madre Teresa de Calcutá
Ou Teresa de Calcutá, cuja dedicação à causa dos menos favorecidos a acompanhou desde a mocidade. 
Mas, por outro lado, também existiram jovens como Gengis Khan, que ateava fogo nas aldeias conquistadas e jogava sal no chão, para que nada ali viesse a germinar. 
Jovens como Hitler que, desde a juventude, alimentava o desejo de desforra pela derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial.
A juventude é o campo propício para a semeadura dos valores superiores da vida. 
Se quiserem, os jovens podem modificar a estrutura social do planeta. 
Se quiserem, os jovens podem construir um tempo novo, onde a palavra fraternidade não seja vã utopia. 
Na verdade, juventude não é somente período da idade cronológica, pois que, acima de tudo, somos todos Espíritos. Juventude é estado d'alma. 
Disse, certa feita, um Espírito amigo: 
-Ser jovem é olhar para trás e não sentir remorso... 
Ou, ainda:
-Ser jovem é estar disposto a mudar para melhor, incessantemente. 
Há, portanto, dois rumos a seguir: 
Um, onde a semeadura é de espinheiros e a colheita de espinhos, e outro no qual a semeadura é de pomares e a colheita é de frutos saborosos. Jovem, nunca se esqueça que sobre os seus ombros o Criador deposita uma divina esperança: o futuro! 
* * * 
Tudo que temos nos foi dado por Deus. 
A água que mata nossa sede. 
A semente que germina e produz o pão. 
O milagre do ar que respiramos. 
A oportunidade da saúde. 
O benefício do remédio. 
A presença das pessoas amadas. 
Deus nos dá tudo. 
O que é que temos dado de nós para contribuir com a Sua Criação? 
Pensemos nisso! 
Redação do Momento Espírita. 
Em 29.10.2012.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

JESUS, O BOM PASTOR

Desde muito Ele era esperado. 
Cantado pelas bocas proféticas de Israel, todo aquele povo aguardava Sua vinda. 
Na imaginação daquele povo sofrido, Ele seria o herói do mundo, o guerreiro da grande nação. 
Retomaria o que se havia perdido, e reposicionaria Israel nas glórias do mundo. 
No entanto, Ele preferiu vir ao mundo no anonimato de uma estrebaria. 
Por trinta anos, Seu cotidiano foi a simplicidade da casa paterna, no burgo quase esquecido de Nazaré. 
O Rei Solar fez-se carpinteiro, homem comum, entretido com as coisas comezinhas daquela gente simples e humilde, esperando Sua hora chegar. 
E quando saiu ao mundo para pregar as coisas de Deus, nunca mais a Humanidade foi a mesma. 
Conhecedor da alma humana, foi capaz de revelar os segredos profundos da Lei de Deus na linguagem simples daqueles que O ouviam. 
Se as meretrizes, leprosos, cegos e coxos eram Sua companhia, e os amava em intensidade, também sabia conviver com as autoridades, os sábios e os amoedados. 
Ele veio para os doentes pois, conforme Ele mesmo afirmou, os sãos não precisam de médico. 
E os doentes da alma estão em todo lugar. 
Fez-se o médico de todos, a oferecer do Seu remédio para curar os males da alma. 
Para tanto, exemplificou e vivenciou à exaustão o amor ao próximo e o amor a Deus sobre todas as coisas, como Ele bem lembrara, ser o maior mandamento da Lei do Pai.
Entendendo as dores da alma, posicionou-se como o Bom Pastor, prometendo cuidar de cada um de nós, as ovelhas de Seu rebanho. 
-Vinde a mim todos vós que vos encontrais cansados e aflitos e eu vos aliviarei. 
Eis a promessa que todo coração sedento de paz deseja ouvir. 
-Tomai sobre vós o meu fardo que é leve e meu jugo que é suave. 
Falava Ele da Sua proposta de convencer-nos a nos deixar arrastar pelo amor. 
Nunca antes, e nem depois dEle, alguém vivenciou o amor ao próximo em tão elevada pureza. 
E amava com tal intensidade que curava leprosos com Seu toque, estancava hemorragias com Suas virtudes, e processos obsessivos intensos se desfaziam sob o Seu comando. 
Na Sua pureza incomparável legou-nos as lições mais belas que a Humanidade jamais houvera tido, muito embora ainda incompreendidas, quando não esquecidas, por nós. 
Mas, eis que nestes dias de aflição e angústia, de transição e tumulto pelos quais passa a Terra, novamente a voz dEle ecoa em nossos corações. 
Vinde a mim todos vós que vos encontrais cansados e aflitos... 
Somos todos nós, os cansados e aflitos, necessitados do Seu regaço amoroso a amparar nossas dificuldades, a nos sustentar o caminhar, a nos encorajar a seguir em frente. 
Não nos esqueçamos, então, de que Ele será sempre o Bom Pastor, a cuidar de cada um de nós, as Suas ovelhas.
Permitamo-nos adentrar no Seu redil, seguir a Sua voz, o Seu comando. 
-Nenhuma das ovelhas que o Pai me confiou se perderá. Eu sou o Bom Pastor. Conheço as minhas ovelhas e elas conhecem a minha voz. 
Sigamos com Ele. 
Sintamos e vivamos a Sua paz. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 18.12.2024

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

MATURIDADE ESPIRITUAL

Durante a infância, o ser humano experiencia a fase do egocentrismo. 
Acredita que o mundo gira em torno dele próprio. 
A criança espera que tudo seja do jeito que gosta. 
Acredita ter direito ao melhor presente, à comida preferida e exige a atenção da família toda para si. 
É possível estabelecer uma comparação entre essa fase natural da evolução física e a evolução espiritual. 
Afinal, homens são Espíritos que temporariamente vestem um corpo de carne. 
Enquanto um homem tem a atenção focada em seus prazeres e necessidades, ele está na infância espiritual. 
Por mais antigo que seja, ainda não atingiu a maturidade.
Considera absolutamente necessário defender seu espaço e fazer valer suas prerrogativas. 
Como uma criança, entende ser justo o que o beneficia.
Assim é o discurso infantil a respeito da justiça. 
Qualquer pequeno dever é injusto. 
A mínima contrariedade representa opressão. 
Já as vantagens todas, por grandes que sejam, são naturais.
A maturidade espiritual revela-se por uma diferente compreensão do justo. 
O olhar já não está todo em vantagens e desejos. 
Não há mais a percepção de que o mundo precisa atender todas as suas necessidades. 
Gradualmente, o homem compreende que o direito nasce do dever bem cumprido. 
Ele também entende que a vida em sociedade pressupõe renúncia. 
Não é possível que todos realizem as próprias fantasias. 
Se isso ocorresse, haveria o caos. 
Há necessidade de limites e de concessões para a harmonia social. 
O homem maduro aprende a prestar atenção nos direitos dos outros, pois o ideal do justo já despertou nele. 
Sabe que a justiça é uma arte que implica dar a cada um aquilo que é seu. 
Por isso, não avança no patrimônio do semelhante. 
Não quer vantagens inapropriadas e nem aceita privilégios que os demais não podem ter. 
Compreende que a família do próximo é tão respeitável quanto a dele. 
Sabe que o patrimônio público é sagrado, pois voltado ao atendimento das necessidades coletivas. 
Respeita profundamente a honra e as construções afetivas dos outros. 
Seu senso ético não lhe permite baixezas, razão pela qual também tem a própria honra em grande conta. 
O espetáculo das misérias humanas revela o quanto ainda são imaturas as criaturas, sob o prisma espiritual. 
Entretanto, todas serão conduzidas à maturidade, pelos meios infalíveis de que a vida dispõe. 
Cedo ou tarde, compreenderão quão pouco adianta amealhar bens e posições à custa da própria dignidade. 
Quem se permite baixezas tem um despertar terrível, após a morte do corpo. 
Assimila que, na cata de vantagens, se tornou um mendigo na verdadeira vida. 
Percebe que sacrificou o permanente pelo transitório e perdeu tempo, pois terá de recomeçar o aprendizado. 
Pense nisso. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 07.07.2015

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

A INIGUALAVEL PALAVRA DE JESUS

JESUS E CHICO XAVIER
Sempre importante lembrarmos das palavras de Jesus. 
A palavra do Cristo é a luz acesa para encontrarmos na sombra terrestre, em cada minuto da vida, o ensejo divino de nossa construção espiritual. 
Erguendo-a, vemos o milagre do pão que, pela fraternidade, em nós se transforma, na boca faminta, em felicidade para nós mesmos. 
Irradiando-a, descobrimos que a tolerância por nós exercida se converte nos semelhantes em simpatia a nosso favor. 
Distribuindo-a, observamos que o consolo e a esperança, o carinho e a bondade, veiculados por nossas atitudes e por nossas mãos, no socorro aos companheiros mais ignorantes e mais fracos, neles se revelam por bênçãos de alegria, felicitando-nos a estrada. 
* * * 
Geme a terra, sob o pedregulho imenso que lhe atapeta os caminhos... 
Sofre o homem sob o fardo das provações que lhe aguilhoam a experiência. 
E assim como a fonte nasce para estender-se, desce o dom inefável de Jesus sobre nós para crescer e multiplicar-se.
Levantemos, cada hora, essa luz sublime para reerguer os que caem, fortalecer os que vacilam, reconfortar os que choram e auxiliar os que padecem. 
O mundo está repleto de braços que agridem e de vozes que amaldiçoam. 
Seja a nossa presença junto aos outros algo do Senhor inspirando alegria e segurança. 
Não nos esqueçamos de que o tempo é um empréstimo sagrado, e quem se refere a tempo diz oportunidade de ajudar para ser ajudado; de suportar para ser suportado, de balsamizar as feridas alheias para que as próprias feridas encontrem remédio e de sacrificar-se pela vitória do bem, para que o bem nos conduza à definitiva libertação. 
Assim, pois, caminhemos com Jesus, aprendendo a amar sempre, repetindo com Ele, em nossas proveitosas dificuldades de cada dia: 
-Pai nosso, seja feita a vossa vontade, assim na Terra como nos céus. 
* * * 
Que a palavra de Jesus não permaneça apenas nos lábios dos oradores. 
Que a palavra de Jesus não permaneça apenas nos ouvidos dos seguidores. 
Ante a lembrança dEle, pensemos nas nossas escolhas de vida. 
Reflitamos se estamos escolhendo o caminho mais cômodo, ou se já optamos pelo caminho mais seguro e certo. A palavra de Jesus nos orienta com clareza. 
Ouçamos todos os que tenhamos ouvidos de ouvir. 
Em algum momento todos teremos que despertar para o bem, e nada melhor do que despertar ao som dos ensinos deste Amigo tão querido e zeloso. 
Esqueçamos os fanatismos religiosos. 
Esqueçamos dogmas e mistérios. 
Lembremos apenas das lições do Mestre que nos apontam o amor como solução, como sentido para a vida. 
Toda palavra de Jesus poderá ser resumida em apenas uma:
Amor. 
Amemos e estaremos no mais seguro dos caminhos para a felicidade. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17, do livro Vozes do Grande Além, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB. Disponível no CD Momento Espírita, v. 21, ed. FEP. 
Em 16.12.2024.

domingo, 15 de dezembro de 2024

MATRIMÔNIO

DIVALDO PEREIRA FRANCO
E
JOANNA DE ÂNGELIS
Muitos nos questionamos quanto à validade do matrimônio, da união entre duas pessoas que se amam. 
Alguns afirmam que o casamento está fora de moda ou que manter um casamento por muitos anos é para pessoas dependentes, que não conseguem viver só. 
Outros afirmam que o casal só consegue permanecer junto se cada qual mantiver um relacionamento extraconjugal. 
É fora de dúvida que a união entre um homem e uma mulher, para constituir família, está nas Leis Divinas e por isso nunca estará fora de moda. 
A família é o embrião da sociedade, e como tal, necessita do casal como alicerce básico nessa pequena estrutura social.
Um dia desses, um amigo nos disse que estava dormindo sempre muito tarde. 
Pensamos que estivesse fazendo hora extra no trabalho, mas ele esclareceu que o motivo era outro. 
O que o estava mantendo acordado era o diálogo com a esposa. 
Ambos ficavam conversando descontraidamente e nem percebiam que a madrugada ia longe. 
E o assunto daqueles dias era um dos cinco filhos do casal.
Ambos comentavam da alegria que estavam sentindo porque esse filho lhes contou que, no colégio onde estudava, os colegas lhe ofereceram drogas por várias vezes e, nas várias vezes, ele disse não. 
E o que mais os deixava felizes era porque, além de o jovem recusar as drogas, ainda lhes contara o fato, o que não é muito comum. 
Aqueles pais tinham motivos justos para se alegrarem, pois tantos outros não têm a mesma sorte. 
Vários pais só vêm a saber que os filhos estão usando drogas pelas páginas policiais ou quando recebem a notícia de que seu filho está preso, por delinquência. 
No lar em que há diálogo entre os esposos e entre pais e filhos, muitas situações desagradáveis são evitadas. 
Joanna de Ângelis, Espírito, fala sobre alguns sinais de alarme que podem informar a situação de dificuldade antes que venha a se agravar a união conjugal. 
Eis alguns deles: silêncios injustificáveis quando os esposos estão juntos; tédio inexplicável ante a presença do companheiro ou da companheira; ira disfarçada quando o esposo ou a esposa emite uma opinião; saturação dos temas habituais, tratados em casa, fugindo para intermináveis leituras de jornais ou inacabáveis novelas de televisão; irritabilidade contumaz sempre que se avizinha do lar; desinteresse pelos problemas do outro; falta de intercâmbio de opiniões; atritos constantes que ateiam fagulhas de irritação, capazes de provocar incêndios em forma de agressão desta ou daquela maneira... 
E muitos outros mais. 
Observando-se esses sinais de alarme é importante que, antes que as dificuldades abram distâncias e os espinhos da incompreensão produzam feridas capazes de deteriorar a união conjugal, tomemos atitudes de lealdade e façamos um exame das ocorrências, providenciando para sanar os males em pauta. 
Acima de tudo, lembremo-nos de que o casamento é excelente oportunidade que Deus nos oferece para os devidos reajustes com o companheiro ou companheira com quem nos comprometemos antes do berço. 
Quando a situação estiver difícil, roguemos a Deus que nos ajude a superar os obstáculos para o nosso próprio bem, e para o bem dos filhos que Ele nos confiou. 
Redação do Momento Espírita com base no cap. 35, do livro Sol de esperança, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, ed Leal. 
Em 01.06.2009.