terça-feira, 3 de dezembro de 2024

A MATEMÁTICA DA VIDA

A matemática, conforme a conhecemos, é uma área do conhecimento, responsável por estudar estruturas e grandezas. 
Ela se utiliza do raciocínio lógico para entender a aritmética, a álgebra, a geometria, a trigonometria, a estatística e o cálculo.
Seu objetivo principal é a sistematização de quantidades, medidas, espaços, estruturas e variações. 
Não percebemos, mas ela faz mais parte de nossas vidas do que imaginamos. 
Utilizamos essa ciência para praticamente tudo em nosso dia a dia. 
No entanto, ela ainda trabalha com o tangível, com o mundo dos sentidos, das dimensões materiais. 
Assim, é natural que estranhemos todas as vezes que sejamos apresentados a um outro padrão de medida, espaço ou cálculos... 
Vejamos, por exemplo, a matemática por trás da lição de Jesus, na conhecida passagem intitulada: O óbolo da viúva.
Recordamos que o Mestre estava diante de um local, no templo, onde as pessoas depositavam doações em dinheiro.
As pessoas ricas deixavam grandes quantidades. 
Até que surge uma personagem que iria mudar a narrativa. Uma viúva, que vai até o altar e deixa apenas duas pequenas moedas. 
Muito menos que qualquer um dos outros. 
Jesus aproveita o momento e apresenta o conceito de uma matemática nova: 
-Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu muito mais do que todos os que antes fizeram suas dádivas, pois todos os outros deram do que lhes abunda, ao passo que ela deu do que lhe faz falta. Deu mesmo tudo que tinha para o seu sustento. 
Essa proposta do Mestre, que refletia ali as Leis Divinas, mostra que o menos pode ser muito mais, pois depende de fatores mais importantes.
Fatores que as medições materiais não conseguem alcançar.
Em vários outros momentos, o Mestre falou que não seria o acúmulo de tesouros na Terra que nos faria ricos de verdade.
Na parábola do rico e do Lázaro, vemos a decepção do homem de posses quando, ao chegar na nova vida, após a morte, percebe que Lázaro que, durante a vida era miserável e estava coberto de úlceras, encontrava-se em melhores condições espirituais. 
Ainda, recordando a linda história do semeador e da semente caída em diferentes terrenos, veremos que aquela que verteu em bom solo, em terra boa e preparada, rendeu muito mais que apenas um novo pé de trigo. 
Alguns grãos produziram cem. 
Outros sessenta e outros trinta. 
Mostrando que a multiplicação do bem se dá de forma grandiosa, inexplicável, nos cálculos da matemática do mundo, só compreensível pelas Leis maiores do cosmos.
Assim é que dizemos que a soma do amor de um mais um é muito maior que apenas dois. 
Assim é que entendemos a força do um arrastando multidões, derrotando exércitos enormes, mudando a vida de milhões.
Ainda somos, como Humanidade, infantes de jardim, aprendendo as primeiras lições dessa matemática sublime.
Há um horizonte sem fim a ser desvendado pela frente. 
Jesus foi nosso primeiro professor e permanecerá conosco em todos os graus de nossa escolaridade espiritual.
Contemos com Ele sempre. 
Redação do Momento Espírita, com citação do Evangelho de Marcos, cap. 12, vers. 41 a 44 e no Evangelho de Lucas, cap. 21, vers. 1 a 4. 
Em 1º.9.2022.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

QUANDO UMA PORTA SE FECHA

Alexander Graham Bell
A expressão "Quando uma porta se fecha, outra se abre" tem uma continuação pouco conhecida: 
-Mas, muitas vezes, focamos tanto na porta que fechou que não percebemos a que se abriu. 
Ela é atribuída ao inventor escocês Alexander Graham Bell, que travou longa batalha judicial com o italiano Antonio Meucci pela patente do telefone. 
Foi esse posicionamento positivo que não o deixou se consumir pela disputa. 
Seguiu inovando. 
Foi justamente nesse período de adversidade que ele criou um sistema de educação para surdos. 
Também teve sua atenção voltada para a ciência da acústica, com o objetivo de melhorar a surdez de sua mãe. 
Com seu pai, criou um método engenhoso de instruir surdos, por meio visual, a articular palavras e a ler o que as outras pessoas dizem pelo movimento dos lábios. 
Nascia a leitura labial, que ajuda incontáveis pessoas com deficiência auditiva a se comunicarem. 
Bell publicou mais de um tratado sobre o assunto, e é principalmente graças aos seus esforços que milhares de portadores de dificiência auditiva podem falar quase tão bem quanto as pessoas que conseguem ouvir. 
Se tivesse ficado paralisado pela frustração da batalha pelo telefone, aguardando a definição legal, não teria impactado tantas vidas de maneira tão significativa. 
* * * 
Por vezes, algo desconfortável, frustrante nos alcança e ficamos presos à porta que se fechou. 
Fixados na oportunidade perdida, no problema que se apresenta, deixamos estagnarem nossa criatividade e nossa operosidade. 
Focados no que perdemos, no que nos foi impedido de concretizar, não percebemos que outras portas e janelas se abrem, oferecendo novas chances, novos caminhos.
Paralisados, revivendo um passado que não podemos modificar, esquecemos que poderíamos estar construindo um futuro com novas e criativas possibilidades. 
Poderíamos seguir o nosso caminho, descobrindo exatamente essas outras portas e janelas pelas quais o sol continua a iluminar os nossos passos. 
Somos imagem e semelhança de um Criador incansável, em labor constante. 
Desenvolver essa semente depende das nossas atitudes. Por vezes, basta olhar em frente, descobrir o que há para ser feito, que outras tantas coisas podem ser empreendidas. 
Se esse caminho nos foi bloqueado, podemos seguir pelo outro, que poderá nos surpreender com oportunidades múltiplas. 
Não se permitir esmorecer nem desistir pelos percalços que se apresentam em nossos empreendimentos deve ser a nossa meta. 
As horas novas nos convidam a renovados esforços na busca do que a criatividade assinala que podemos alcançar. 
E, sempre, agradecer pela oportunidade da vida, pelas bênçãos que nos rodeiam: o trabalho, o amor da família, a presença dos amigos, e as tantas minúsculas coisas que se apresentam para nosso usufruto. 
Sejamos gratos por todas as dádivas que recebemos. 
E se a vida se apresentar complicada, parecendo que todas as portas se fecharam, paremos por um momento. Aguardemos. 
Façamos uma pausa como quem sobe uma montanha e precisa retomar o fôlego para prosseguir a escalada. 
Então, haveremos de descobrir a porta que se abriu. 
Redação do Momento Espírita, com dados biográficos de Alexandre Graham Bell 
Em 02.12.2024

domingo, 1 de dezembro de 2024

A MATEMÁTICA DA VIDA

Quando somos estudantes, nem sempre conseguimos atinar com o objetivo de se estudar determinadas matérias. 
É comum ouvirmos de garotos e garotas comentários a respeito dessa ou daquela matéria, da qual não conseguem vislumbrar necessidade para suas vidas. 
Contudo, tudo é aplicável na nossa vida. 
Vejamos, por exemplo, a matemática. 
Além de nos fornecer possibilidades no trato com cálculos, sem os quais ficaria comprometido o nosso conforto pois não se poderiam construir as maravilhas da engenharia moderna, nem estabelecer relações comerciais com os indivíduos e as nações, verificamos que ela se encontra presente em nossa intimidade. 
Contam-se as batidas da bomba cardíaca e os movimentos respiratórios para avaliação do estado de saúde ou enfermidade dos indivíduos. 
E, na nossa vida moral, podemos utilizar muito das operações aritméticas mais simples. 
Assim, podemos subtrair um pouco do conforto de algumas horas e as aplicarmos em benefício do próximo. 
Somamos méritos para nós mesmos. 
Se subtrairmos do nosso coração o orgulho, somaremos humildade à nossa personalidade e a soma final será grandiosa. 
Subtraindo erros das nossas vidas, somaremos mais anos de paz à nossa existência. 
Subtraindo a maldade da nossa mente, somaremos amor e bondade à nossa fé, conquistando em resultado um saldo de alegrias. 
Subtraindo o desespero das nossas tarefas, encontraremos a esperança que, somada à renúncia, nos ofertará dias de muita ventura. 
Subtraindo o ódio dos nossos passos e somando dedicação ao serviço do bem, teremos um resultado equilibrado. 
Subtraindo a inquietação das nossas noites, receberemos uma soma de repouso benéfico. 
Subtraindo a ironia dos nossos lábios, somaremos piedade às nossas palavras, resultando em compreensão ao nosso semelhante. 
Subtraindo a inveja dos nossos olhos, somaremos caridade às vidas alheias, habilitando-nos para a claridade da vida maior.
Subtraindo o mal das nossas horas e somando aos minutos ações abençoadas, nosso saldo será de dias povoados de oportunidades de auxílio. 
Enfim, subtraindo os maus instintos, que nos infelicitam os dias, colocando em seu lugar a soma dos nossos esforços na ternura, descobriremos um saldo extra de conquistas valiosas na operação final da existência. 
E quem não deseja um saldo extra? 
* * * 
Quanto menos lutas redentoras, mais dores nos alcançarão na vida. 
Quanto menos disposição para a renovação, mais inquietudes em nossas noites. 
Quanto menos esforço pessoal, mais desespero em nossos labores diários. 
Quanto menos amor nos nossos dias, mais tortura a nos afligir os corações. 
Subtrair coisas negativas e somar as positivas determinará exatamente o padrão das nossas vidas, concedendo-nos harmonia e nos habilitando para o grande voo rumo às estrelas, ao infinito, à perfeição. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Na subtração e na soma, do livro Ementário espírita, pelo Espírito Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. O clarim. 
Em 01.07.2013.