Trinta de setembro. Dia da secretária. Ao parabenizarmos a categoria, recordarmos o excelente trabalho que desempenha.
Muitas vezes, não reconhecido. Dentre essas profissionais, encontram-se as que de tal forma atuam que se chega a pensar possam bem substituir o próprio executivo.
São elas que controlam as chamadas telefônicas. Administram o tempo do seu executivo. Sabem, de forma gentil, mas precisa, evitar-lhe o contato direto com quem somente o poderia perturbar.
São elas que planificam a agenda, suas viagens, descendo aos mínimos detalhes. Chegam a opinar acerca da cor do terno, da gravata, do sapato que ele deve portar, nessa ou naquela importante reunião de negócios.
Um cafezinho, na hora certa, para desanuviar tensões. A discrição, sempre.
De um modo geral, elas conhecem pormenores da vida do executivo, gostos e manias. Têm a capacidade de encontrá-lo, mesmo quando ele parece inacessível a qualquer outra pessoa.
Não esquecem de coisas mínimas , mas sempre importantes.
Providenciam lembretes para que o executivo não esqueça de cumprimentar pessoas renomadas, em datas certas. E também recordam do aniversário da esposa, dos filhos, do aniversário de casamento, da festinha na escola dos pequerruchos.
Providenciam rosas, o presente, tudo. Até a festa, se preciso for.
Profissionais anônimas, diligenciam para que ele brilhe e se sobressaia. O sucesso dele é a sua alegria.
Para elas se poderiam aplicar as palavras do Batista: É preciso que ele cresça e que eu desapareça.
Pois é assim que elas agem. Normalmente, os aplausos do mundo não lhes recordam os esforços realizados para que tudo saia a contento. Da concretização de um negócio de vulto à viagem de passeio.
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RAUL TEIXEIRA |
Congratulando-nos com as secretárias, no seu dia, recordando-lhes a dedicação (muitas envelhecem na tarefa, ao ponto de se tornarem arquivos vivos), fazemos uma pausa. Pausa para meditar acerca da profissão.
A profissão não é apenas um modo de ganhar a vida. Tem a ver com o crescimento da própria criatura. Escolhida antes do nascimento, vem ajustada à necessidade do Espírito que reencarna.
A profissão deverá cumprir uma dupla finalidade: atender ao labor de ser peça útil na estrutura social. E atender às necessidades do ganho da moeda.
Deve ser entendida como estância de progresso.
O profissional de qualquer área, do lavrador ao botânico,do oleiro ao engenheiro, do motorista ao médico, todos se podem se colocar como médiuns do progresso. Todos se podem transformar em cooperadores de Deus na obra da evolução planetária.
A missão do homem inteligente na Terra deve ser a de utilizar os recursos de Mamon, pondo-os a serviço de Deus, de modo feliz, fazendo a vida crescer por onde sigam seus passos.
É assim que vemos os médicos ao lado dos doentes, professores ilustrando analfabetos, advogados auxiliando exploradores, agricultores amanhando terras.
Trabalhar feliz é razão para viver feliz.
Profissão que leve o homem a trabalhar feliz será a que o fará seguir no cumprimento dos seus deveres.
Você sabia...
...que a profissão de arrumador foi regulamentada no Brasil em 1954?
...e que arrumador é o trabalhador no comércio armazenador?
É o que presta serviços de carga e descarga, transporte e empilhamento na orla marítima.
Tal como o oleiro, o lixeiro, o padeiro, a doméstica, a babá são profissões pouco lembradas. Até menosprezadas, por alguns. No entanto, são esses profissionais que nos garantem o abrigo, a limpeza, o pão, a descontração.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 6,
do livro Cântico da juventude, pelo Espírito Ivan de Albuquerque,
psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no verbete Profissão, da
Enciclopédia Mirador, v. 17, ed. Enciclopédia Britânica do Brasil.
Em 7.11.2013.