domingo, 22 de outubro de 2017

DESCULPAS FREQUENTES

Quem já desenvolveu algum tipo de trabalho voluntário sabe o quanto é difícil conseguir que os companheiros persistam na tarefa e não a abandonem. Existem as desculpas mais frequentes para se desistir de qualquer empreitada. Poderíamos relacionar as cinco mais comuns: 
Primeira: Não tenho tempo. Essa é uma das frases mais ouvidas nos dias atuais. As pessoas correm de um lado para o outro, todos os dias. Dividem seu tempo entre o trabalho, o estudo, o lazer e mais uma infinidade de atividades. Porém, há coisas que não valem a pena. Muitas vezes desperdiçamos minutos valiosos em atividades ou em programas que se revelam, mais tarde, lamentáveis equívocos. Então, na verdade, o que sofremos não é a falta de tempo, mas sim a dificuldade de priorizar tarefas e de utilizar de modo razoável e útil as horas de que dispomos.
Segunda: Não sei fazer. Há pessoas que não sabem realizar determinadas tarefas e não têm o menor interesse em aprendê-las. Há quem diga: Não sei e tenho raiva de quem sabe. Em outras palavras, não querem a responsabilidade de saber para se esconder na ignorância e na incapacidade voluntária de realizar qualquer atividade diferente. Trata-se de uma omissão deliberada, negando-se a buscar um objetivo nobre. Na visão evangélica, são pessoas que enterram seus talentos e que nada produzem de bom. 
Terceira: Não tenho saúde. Pequenas indisposições costumam servir de desculpas para o afastamento das mais singelas atividades. Porém, não são suficientemente graves para impedir que a mesma pessoa deixe de buscar prazeres e lazeres dos mais variados, na mesma ocasião. Ou seja: só não se está bem o suficiente para trabalhar porque não há motivos reais para recusar as ofertas fúteis e vazias do mundo. 
Quarta: Tenho medo. Nessa situação, a frase mais comum é: Quem sou eu para fazer isso? Mais do que falsa modéstia, a pessoa que costuma valer-se de tal argumento, na verdade, quer eximir-se de novas atribuições. É muito cômodo alegar o receio de errar. Ora, não podemos esquecer que só erra quem faz. Aquele que nada realiza equivoca-se apenas por omitir-se, por deixar de realizar. No entanto, é melhor correr o risco de errar, produzindo algo de bom, do que simplesmente lavar as mãos e não errar nunca, mas também nada fazer. 
Quinta: Outra pessoa vai fazer isso. Muitos cruzam os braços na certeza de que a tarefa será levada a cabo por outras pessoas. Na verdade, boa parte das tarefas efetivamente poderá ser realizada sem o auxílio, sem a participação daqueles. No entanto, sendo cada pessoa única, o resultado que se obtém em cada obra pode ser diferente. Além disso, na maioria das vezes, a tarefa não precisa deles, mas são eles próprios que precisam dessa oportunidade para aprender e para se desenvolver. 
* * * 
O trabalho no bem é uma oportunidade abençoada que não deve jamais ser retardada ou abandonada, sob pena de prejudicar a evolução do próprio trabalhador envolvido. Evite desculpas vãs. Busque o trabalho, realize e cresça. 
Redação do Momento Espírita, com base no Boletim Al-non - Informativo Nacional nº 80, p. 7. Em 22.08.2011.

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