Somos reflexos de nossa história de vida, do meio cultural em que crescemos, da educação que recebemos.
Cada qual se apresenta como resultado de todo esse processo e, dessa maneira, interagimos com o mundo.
Além das experiências atuais, somos também o somatório das experiências de vidas anteriores.
É possível que tenhamos peregrinado por diferentes continentes, diferentes raças.
Não raro, vivemos em corpos masculinos e femininos.
Tudo isso nos fala da bagagem que trazemos enquanto Espíritos imortais.
É compreensível, assim, que nossos caminhos se cruzem com os de pessoas muito diferentes de nós, razão pela qual nem sempre elas irão concordar com nossa visão de mundo.
Com frequência, nos depararemos com pessoas distantes dos nossos comportamentos e valores morais.
Nada disso deve nos causar espanto e nem podemos imaginar que deveria ser de outra forma.
A riqueza da natureza humana está na sua complexidade e na sua diversidade.
As expressões musicais da Ásia diferem muito das músicas tradicionais da África.
A lógica e compreensão de mundo dos ocidentais são muito distintas das cultivadas pelos povos do Oriente.
As expressões religiosas, do poli ao monoteísmo, são muito variadas, permeando todos os continentes.
Por isso, cada qual se expressa no mundo com suas crenças, visões e valores próprios.
Cada um de nós, igualmente, se apresenta da maneira como pode, como consegue, dentro do processo evolutivo construído.
Assim, qualquer tentativa de minimizar ou desvalorizar aquilo que não faz parte do nosso universo e contexto, é desrespeitoso de nossa parte.
Não temos o direito de impor nossos valores e opiniões ao outro.
Quando solicitados, podemos expor nossa opinião, nossa visão e posicionamento.
Mas, sempre no espírito de troca, de aprendizado, de respeito.
Jamais devemos classificar culturas, opiniões, credos como se houvesse alguma melhor ou pior.
Seguindo por esse mesmo princípio, temos o dever de respeitar o outro.
A tolerância deve estar sempre presente em nossas relações.
Quando afogados em nossa prepotência e egocentrismo desejamos impor nossas verdades aos demais.
Desrespeitamos a visão alheia, como se a nossa fosse uma verdade universal, o que é uma ilusão.
A nossa religião é a melhor para nós.
Com certeza, não o é para muitos outros.
As nossas opções políticas são as mais adequadas para nós.
Contudo, não para todos.
A cor dos cabelos, o modo como nos vestimos são os melhores para nós.
Entretanto, a Humanidade não cabe em nosso olhar de mundo pessoal e restrito.
Dessa forma, quando nos depararmos com o diferente, não julguemos, não desrespeitemos.
Ao contrário, permitamo-nos celebrar a riqueza da diversidade.
Afinal, cada um se apresenta como pode, ou acha melhor, naquilo que já conquistou em sua trajetória.
Lembremos, acima de tudo, que todos somos filhos do mesmo Pai, criados e mantidos pelo mesmo Deus.
Redação do Momento Espírita
Em 30.05.2023
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