Conhecendo os propósitos divinos em toda sua extensão, Seu viver foi todo voltado a nos ensiná-los.
Servia-se das oportunidades diárias para apresentar Suas lições, deixando de lado as aparências, as externalidades, demonstrando a essência das Leis de Deus.
Em uma cultura onde a oração se fazia cercada de rituais próprios, Ele buscava as montanhas, o lago para se conectar com o Divino.
Foi nesse contexto que um dos Seus apóstolos, intrigado pela forma como o Mestre se dirigia a Deus, rogou-lhe que os ensinasse a orar.
Não que eles não o fizessem, pois eram vinculados ao judaísmo e atendiam às obrigações dos dias de sábado, as idas à sinagoga e as liturgias religiosas a que estavam afeitos.
Porém, jamais haviam visto alguém buscar Deus na natureza.
Nunca tinham conhecido a oração destituída de intermediários.
Sem um dia determinado ou local específico, sem apetrechos ou vestimentas especiais, viam o Mestre simplesmente afastar-se, buscar o recolhimento interior, e orar.
Era isso que os intrigava e, ao mesmo tempo, fascinava.
Será possível que Deus está em toda parte?
Será que nos escuta a todos, mesmo os mais simples, pobres ou ignorantes?
Foi por isso que pediram:
-Mestre, ensina-nos a orar.
E, daquele momento em diante, a Humanidade aprendeu que orar é o ato de conversação íntima e individual com Deus.
A partir daquele instante, a Humanidade pôde compreender que Deus não distingue nenhum de nós, pois somos todos Seus filhos.
Aprendemos que Deus é Pai, e como todo pai, vela por todos.
Aprendemos que orar não é só a rogativa buscando amparo perante as necessidades, o que é lícito e adequado.
Mas, também, orar é buscar a Deus para louvar e agradecer, reconhecendo Seu amparo e amorosidade plena.
Quando nos colocamos em oração, conectamos nossas emoções com vibrações de elevado teor que, ao repercutir em nossa intimidade, nos traz bem-estar.
Em oração, a intuição se potencializa, os medos se aplacam, o coração se acalma.
Qual brisa suave em dias tormentosos, nos tranquilizamos, aumentando nossa esperança no que esteja por vir.
Fazer da oração hábito diário é proporcionar momentos de reestruturação, refazimento e organização emocional para nós mesmos.
É na oração que encontramos bálsamo para as dores, fortaleza para as incertezas, coragem para as provações.
Dessa maneira, nunca deixemos de orar.
O dia amanheceu?
Guardemos uns minutos para agradecer à Divindade por estarmos reencarnados.
A noite decreta a conclusão das atividades do dia?
Louvemos a Deus pelo Seu amparo e auxílio nas labutas da jornada que termina.
Assim agindo, estaremos todos nós mais fortalecidos.
Seja perante as dores que nos chegam, ou dos males que nos visitam; seja nas alegrias das conquistas ou nos dias de calmaria, quando vinculados a Deus pela oração, nossos dias se farão mais leves e suaves.
Pensemos a respeito.
Redação do Momento Espírita
Em 26.5.2022.
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