Marilyn Wills |
-Senhor, me tire daqui.
Lembrou das duas filhas.
-Não quero morrer, Senhor.
Viu um pequeno raio de luz e rastejou para lá.
Um soldado jogou uma impressora ou algo parecido contra aquela janela. Sem resultado.
As janelas do Pentágono são feitas para não serem rompidas.
Alguém arrancou freneticamente a moldura da janela. E a corajosa mulher foi ajudando os companheiros a sair.
Quando finalmente ela saiu, perdeu a consciência e acordou dois dias depois no hospital.
Inalara muita fumaça e apresentava queimaduras.
Foi presenteada com a Medalha do Soldado, por seu heroísmo, durante esse ataque de 11 de setembro de 2001.
Pelos ferimentos sofridos, ela recebeu, mais tarde, o Coração Púrpura, condecoração oferecida a soldados feridos ou mortos, durante o serviço militar.
Em uma entrevista disse a corajosa mulher:
-Ninguém deveria receber um Coração Púrpura.
Imaginamos porque ela teria assim se expressado.
E nos demos conta: ninguém deveria ser ferido ou morto em combate.
Isso significaria abolir a guerra, os conflitos armados, as ações terroristas.
Isso significaria colocar em prática o Amai-vos uns aos outros.
Perdoai os vossos inimigos.
Lições que atravessaram milênios mas ainda não alcançaram os nossos corações, porque não aderimos a essas convocações.
Em plena transição planetária, enquanto as ciências e as artes encantam sempre mais o mundo, continuamos a nos agredir.
Agressões no estreito círculo familiar, agressões na escola, no trabalho.
Parece que não aprendemos que a violência não é ruim somente quando nos atinge ou a quem amamos.
Então, erguemos a bandeira branca, gritando por paz.
Mas a paz começa em nós, em nossa intimidade, sufocando o orgulho, a sede de poder, de mando e comando.
-Aprendei de mim, disse o Sábio Galileu, que sou manso e humilde de coração e encontrareis repouso para as vossas almas.
A tenente-coronel retornou ao trabalho, apenas onze dias depois dos ferimentos sofridos.
Manteiga de cacau nas cicatrizes, confiança em Deus e vontade de auxiliar companheiros e famílias dos mortos a fizeram superar a grave crise.
Tudo servindo-se da sua compaixão e do mestrado em aconselhamento psicológico.
Ela acredita que a superação ao ataque é difícil para todos.
Porém, agradece por ter sobrevivido e poder auxiliar.
Uma bela lição.
Redação do Momento Espírita, com dados colhidos
em entrevistas e redes sociais sobre Marilyn Wills e
no Evangelho de Mateus, cap. 11, vers. 29.
Em 24.03.2023.
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