EMMANUEL E CHICO XAVIER |
Entretanto, o Cristo é o maior exemplo de confiança na regeneração dos homens.
Infinitamente superior a todos os seres que passaram pelo planeta, Ele ensinou e exemplificou o bem.
Renunciou, temporariamente, de sua natural morada junto aos anjos, para conviver com seres rudes.
Suportou demonstrações de ignorância e crueldade, ao ponto de aceitar a dor do martírio.
Assim O fez certamente por acreditar no progresso da Humanidade.
Jesus, o Modelo da Perfeição, não recusou o convívio com os doentes do corpo e da alma.
Ele afirmou que os que gozam de saúde não necessitam de médico.
Portanto, como Divino Médico das almas, Ele veio para os que se encontravam equivocados.
Por consequência, nós, os Seus seguidores não devemos agir de modo diferente.
Assim, não é viável perdermos a esperança ou desanimarmos, diante das pequenas e abençoadas lutas que o céu a todos nos concede.
As sombras das experiências humanas são provas purificadoras.
Desta bendita escola saíram, diplomados em santificação, Espíritos sublimes.
Hoje eles se constituem em abençoados patronos da evolução terrestre.
Os que seguimos na retaguarda, por entre dificuldades morais, não podemos menosprezar o plano de aprendizado que a vida nos oferece.
Se compreendemos um pouco as leis superiores que regem o Cosmo necessitamos dar a nossa cota de exemplo e sacrifício.
Se o melhor não auxiliar o pior, inutilmente aguardaremos a melhoria da Humanidade.
Se o bom desamparar o mau, a fraternidade não passará de uma ilusão.
Se o sábio não auxiliar o ignorante, a educação não passará de uma perigosa mentira.
Caso o humilde fuja do orgulhoso, o amor se converterá em palavra inútil.
O aprendiz da gentileza não pode desprezar o prisioneiro da impulsividade e da grosseria.
Se assim fizermos, o desequilíbrio terminará por comandar a existência humana.
A virtude precisa socorrer as vítimas dos vícios e o bem necessita amparar os que se lançam nos despenhadeiros do mal.
Caso contrário, a admiração e o encanto pela figura do Cristo de nada nos servirá.
O Mestre não era deste mundo, mas a ele veio para a redenção de todos.
Sabia que Seus apóstolos não pertenciam ao acervo moral da Terra.
Mas os enviou para que, sob sua influência, o planeta se convertesse em um reino de luz.
* * *
Se, como cristãos, fugimos ao contato do mundo, a pretexto de nos preservarmos do erro, seremos como uma flor improdutiva na árvore do Evangelho.
A Seara do Senhor não necessita de cânticos e ladainhas, mas de trabalhadores abnegados e fiéis.
Do nosso esforço é que deverá brotar a sementeira renovada de um amanhã pleno de paz e fraternidade.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 29, do livro Coragem,
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. CEC.
Em 27.7.2018.
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