terça-feira, 31 de janeiro de 2023

IRRITABILIDADE

JOANNA DE ÂNGELIS
E
DIVALDO PEREIRA FRANCO
Pedro, Elizabeth e José estavam reunidos a tarde toda, envolvidos no trabalho da Faculdade, que lhes custara semanas de pesquisa.
Cansados, não viam a hora de terminar e entregar a tarefa. 
Elizabeth fazia os últimos retoques quando os colegas tiveram uma controvérsia. 
Ela recomendou calma para que tudo acabasse bem, mas os rapazes se alteraram em demasia. 
Num momento de irritabilidade, Pedro, ao se levantar da cadeira esbarrou na mesa, derrubando tinta sobre a pasta do trabalho quase pronto. 
O clima ficou demasiadamente tenso. 
Troca de acusações, desespero porque, afinal, o prazo era curto para refazer tudo. 
Na sequência, houve choro, xingamentos, vozes alteradas. 
Teriam que negociar com o professor mais tempo para refazer o trabalho. 
Elizabeth disse que os acompanharia, mas que o encargo de falar seria dos dois que causaram o acidente. 
Que situação haviam criado! 
* * * 
A irritação, que manifestamos repentinamente, é um fator de frequentes conflitos. 
Provocando descargas de adrenalina na corrente sanguínea, altera nosso equilíbrio orgânico e, sobretudo, o emocional. 
Muitas vezes, o cansaço é o responsável por essa crise. 
Essa inimiga se manifesta em forma de impaciência e nos torna indelicados e rudes. 
A expressão dura produz igual reação em quem a recebe e revida com descarga mental de revolta e antipatia. 
A primeira atitude que devemos ter, quando percebermos em nós manifestações de irritação constante, é examinar-lhe a procedência.
E se o fato se repete e se reprisa, aconselhável buscarmos ajuda especializada antes de perdermos amizades caras ao coração ou magoarmos aqueles que nos amam. 
Conhecer nossas emoções sempre nos fará perceber o que precisamos modificar em nós. 
Tenhamos em mente que a irritabilidade é espinho cravado nas carnes da emoção, que deve ser extirpado. 
Quanto mais permanece, piora o estado de quem o conduz, gerando infecções duradouras e perniciosas. 
Se somos uma pessoa irritável, facilmente demonstramos nosso mau humor e insatisfação. 
Isso porque trazemos essas sementes na intimidade, na qualidade de sentimentos agressivos e amargurados. 
Nossa conduta se torna intratável e passamos a ser conhecidos como os que estragamos o ambiente em que nos encontramos. 
Tornamo-nos pessoas de difícil trato, nos sentindo felizes quando desagradamos ao outro; quando vemos os outros em maus lençóis.
Com tais disposições, naturalmente iremos criando uma aura de antipatia ao nosso redor, afastando as pessoas, que declinarão da nossa companhia, em qualquer circunstância. 
Tenhamos em mente, portanto, que a verdadeira felicidade não causa dor nem sofrimento. 
Que os sentimentos doentios gastam mais energias para se manifestar do que aqueles revestidos de amor verdadeiro. 
Que temos liberdade de escolha para nossas opções, mas teremos que responder por todas as escolhas feitas. 
Que é muito mais fácil e gratificante optarmos pelo sentimento que nos conduzirá à convivência feliz. 
Como somente o amor tem a função de unir, com a possível brevidade, treinemos humildade e oração. 
A humildade fortalecerá nossa paz íntima e a oração nos dará forças para vencermos a fraqueza cruel. 
Sigamos nossa caminhada, pacificados, deixando a irritabilidade simplesmente como uma experiência no nosso passado. 
Redação do Momento Espírita, com pensamentos do cap. CXLVI, do livro Vida Feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. 
Em 07.01.2019.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

AMOR QUE NÃO ACABA

Chris Medina e Juliana Ramos
Até que ponto vai a capacidade de amar do ser humano? 
Quanto tempo dura o amor? R
Um poeta da música disse, certa vez, que o amor é eterno enquanto dure. 
E todos os desiludidos, os traídos e abandonados têm impressões muito próprias a respeito do amor, onde a tônica principal é de que amor eterno não existe. 
Contradizendo tudo isso, alguns fatos, que a mídia televisiva ou impressa nos traz, afirmam que o amor verdadeiro é uma sinfonia inigualável. 
Foi com esse sentimento que Chris Medina, um rapaz de vinte e sete anos, se apresentou em um programa de talentos, cantando uma música de sua autoria. 
Os versos diziam mais ou menos assim: 
Onde quer que você esteja, estou perto. 
Em qualquer lugar que você vá, eu estarei lá. 
Toda vez que sussurrar meu nome, você verá como mantenho cada promessa. 
Que tipo de cara eu seria se fosse embora, quando você mais precisasse de mim? 
O que são palavras se você realmente não acredita nelas quando as diz? 
Se são apenas para os bons momentos, então elas nada são. 
Quando há amor, se diz em voz alta e as palavras não vão embora.
Elas vivem mesmo quando partimos. 
Eu sei que um anjo foi enviado apenas para mim. 
Sei que devo estar onde estou. 
E vou permanecer ao seu lado esta noite. 
Nunca partiria quando você mais precisa de mim. 
Vou manter meu anjo perto para sempre. 
Ele não conseguiu vencer todas as etapas do concurso, sendo eliminado, em determinada fase, mas sua história levou às lágrimas os jurados e o público presente. 
Porque a sua composição retrata exatamente o seu drama e sua decisão pessoal. 
É uma verdadeira declaração de amor. 
Ele estava noivo e há dois anos pediu em casamento Juliana Ramos.A jovem bela, entusiasta. Formavam um casal primoroso. Dois meses antes do casamento, no dia dois de outubro de 2009, o carro de Juliana foi atingido por um caminhão. Ela quase não sobreviveu. Uma grave fratura no crânio desfigurou seu rosto e a transformou em uma mulher com muitas limitações físicas. Foi-se a beleza, a agilidade, o sorriso fácil, as caminhadas, a dança, a alegria de todas as horas. Ele permaneceu ao lado dela. Leva-a consigo para onde vá. E faz shows para arrecadar fundos para o tratamento de que ela necessita. E isso ele externaliza cantando e agindo. 
* * * 
Quando se ama a beleza e ela se vai, o amor acaba. 
Quando se amam as formas perfeitas, a plástica, as linhas harmônicas do corpo e tudo isso se vai, o amor também se esvai.
Quando se amam aparências e outra realidade se apresenta, o amor acaba. 
Quando se ama a transitoriedade, o amor fenece quando as situações se alteram. 
Mas, quando se ama a essência, nada diminui o sentimento. 
Esse amor é companheiro, solidário, se esmera para que o outro se sinta bem, seja feliz. 
A sua é a preocupação de fazer a felicidade do outro. 
Amor assim se perpetua no tempo, independente da soma dos anos, da multiplicação das rugas ou da diminuição da agilidade. 
É o amor que sabe envelhecer junto e quanto mais passa o tempo, mais se solidifica. 
Redação do Momento Espírita, com base em fato. Disponível no livro Momento Espírita, v. 11, ed. FEP. 
Em 30.1.2023.

domingo, 29 de janeiro de 2023

IR PARA O CÉU

O instinto de conservação é bastante forte no ser humano.
Naturalmente, ele visa preservar ao máximo a existência terrena.
Entretanto, o advento da morte do corpo físico constitui uma certeza inexorável. 
A ideia de morrer suscita um certo temor generalizado. 
Muitos evitam falar e mesmo pensar nesse tema. 
Mas a Espiritualidade Superior costuma estimular reflexões em torno do término da experiência física. 
Com frequência, toma-se a morte como um fenômeno renovador e redentor. 
Há quem afirme que morrer é descansar. 
Em momentos de angústia, muitos dizem desejar a morte para parar de sofrer. 
É como se ela automaticamente transformasse a natureza humana.
Nessa linha, ao morrer, todas as mesquinharias e vícios humanos cessariam. 
As almas com alguma sorte iriam para o céu, viver de forma beatífica e ociosa. 
Ocorre que só se leva da vida a vida que se leva. 
Hábitos longamente cultivados compõem a essência do ser e o acompanham aonde quer que vá. 
A morte não transforma homens em anjos ou demônios. 
Eles persistem qual se construíram ao longo do tempo. 
Alguém que não soube construir a própria paz não se pacificará apenas porque cessou a vitalidade de seu corpo de carne. 
Almas torturadas de vícios seguem viciosas, enquanto não se depurarem. 
Para quem carrega um inferno no peito, trocar de endereço é irrelevante. 
Na carne ou fora dela, o Espírito é o mesmo. 
Somente suas sensações são mais fortes quando liberto dos grilhões da matéria. 
No plano espiritual, a vida moral é muito mais intensa. 
O júbilo pela consciência tranquila constitui algo maravilhoso. 
Por outro lado, remorsos, ciúmes e desgostos íntimos tornam-se lancinantes. 
Os Espíritos realmente se dirigem a alguns locais, após o evento da morte. 
Eles se agrupam conforme seu merecimento e suas afinidades de gostos e tendências. 
Contudo, o relevante não é o local. 
Como o céu e o inferno residem no íntimo do ser, o primordial é pacificar-se e purificar-se. 
Para isso, viver de forma honrada constitui o único meio eficaz. 
As tormentas da vida não são tragédias e nem castigos. 
Elas representam santas oportunidades de redenção. 
Nos longos embates, é possível lentamente modificar a própria visão de mundo. 
Por entre subidas e descidas, o homem pode compreender sua fragilidade e tornar-se generoso com o próximo. 
Ele pode entender a imensa bobagem que é viver ofendido e magoado e valorizar em excesso coisas transitórias. 
Assim, não espere morrer para ir para o céu. 
Construa um céu em sua consciência e viva nele desde já. 
Trata-se do único caminho para a verdadeira felicidade. 
Pense nisso. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 28.1.2021.
MINHA NOTA IMPORTANTE:
A doutrina católica prevê por dogmas e vivências de mais de 2.022 anos que a alma, após a páscoa na Terra, segue para o lado imediato do Senhor se houve, em tempo, reconhecimento, arrependimento e bom propósito . A alma segue e o corpo aguarda o milagre da ressurreição no JUIZO FINAL, segundo o APOCALIPSE da Bíblia!
Não há nada de sorte ou azar aqui! 
Existe a boa intenção e pregação da prática do bem!
O pensamento Espírita é diferente, quando prega a LEI DA AÇÃO E DA REAÇÃO, em crença na PERFEITA JUSTIÇA DIVINA! 
Assim o que vale aqui é difundir sempre o AMOR, pois é presente em ambos os casos e lembremo-nos do devido RESPEITO a todos os CREDOS!!!
Gosto da boa definição de Albert Eisntein sobre INFERNO e o que também poderia ser o UMBRAL: "AUSÉNCIA DE DEUS!"

sábado, 28 de janeiro de 2023

IRMÃO LOBO

SÃO FRANCISCO DE ASSIS
No ano de 1226, na floresta de Gubbio, na Europa medieval, um bandido se fizera um tipo de monstro aterrador. 
 Mais astuto do que uma fera, havia se tornado um terrível salteador.
Espalhava pavor e medo por todo lado e matava qualquer homem desarmado. 
Seu nome ninguém sabia, mas sua fama fez com que o denominassem O lobo: Lobo de Gubbio. 
Francisco de Assis, também conhecido como o Cristo da Idade Média, certo dia foi procurá-lo. 
Ao encontrá-lo, em vasta ramaria, em vez de chamá-lo lobo, como todos faziam, chamou-o irmão. 
-Venho em paz, disse Francisco. Venho falar-te da bondade, do amor, da caridade, do carinho. Em nome de Jesus, venho pedir-te que alteres o teu caminho e abraces o caminho da fraternidade. 
E convidou-o, finalmente, a morar com ele, no convento. 
O homem-fera optou por seguir Francisco. 
Mudou de atitude e, feliz, se entregou ao trabalho do bem, nas tarefas de Assis. 
Onde quer que Francisco fosse, o ex-bandido o seguia. 
Carregava cestos, buscava pão, trabalhava incansável.
Como guarda-noturno era um dos melhores. 
No entanto, Francisco necessitava viajar. 
E, por vezes, se detinha por semanas ou meses longe do convento, em serviço. 
Saía em peregrinação, com frei Leão, a fim de semear o ensino do Senhor. 
Nessas ocasiões, o irmão Lobo sentia a carência de amor e a fome de alegria. 
Longe da proteção de Francisco, o que recebia nas estradas eram insultos e pedradas. 
Chamavam-no covarde, lobo maldito, carniceiro feroz. 
De tanto aguentar o tratamento vil, vendo-se a sós na vida, o irmão Lobo decidiu retornar à antiga lida. 
Embrenhou-se na floresta e cedeu aos instintos da fera. 
Quando retornou Francisco de sua longa ausência, teve notícia da ocorrência. 
Embora cansado, lastimou o acontecido e foi procurar o irmão Lobo.
Embrenhou-se no verde da floresta e encontrou-o perseguindo uma vítima indefesa. 
-Irmão Lobo, o que é isso? Já não te lembras dos ensinos do Cristo?
-Ah, santo amigo, disse o Lobo, não pude aguentar tanta humilhação. Acreditei que o vosso sonho de paz e de amor fosse uma realidade na existência. No entanto, ainda trago no corpo as marcas dos maus tratos dos homens. 
-Irmão, tornou Francisco, a presença do Cristo é o sol de nossa vida. Volta comigo, irmão. Eu também sofri calúnia e provação. As tuas cicatrizes são feridas irmãs das úlceras que tenho. Continua, irmão Lobo, ao meu lado. Necessito de ti em minha casa. 
O Lobo, cabisbaixo, acompanhou o amigo e se fez guardião fiel, guardando-lhe as palavras desde então. 
Aprendeu a amar perdoando e a viver com Jesus no coração. 
* * * 
Nem sempre é claro o céu do cristão decidido, quando servindo a Jesus. 
Contudo, o cristão decidido se entrega a Jesus, nEle confia e a Ele se dá. 
Os seguidores de Jesus são caminhantes solitários da estrada humana. 
São conhecidos, apontados, observados, mas nem sempre compreendidos, pois suas atitudes se destacam pela bondade, pela abnegação, pelo desprendimento. 
Importante é perseverar e seguir em frente, semeando estrelas nas longas estradas deste grande mundo de Deus. 
Redação do Momento Espírita, com base no verbete Cristão, do livro Repositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL e no cap. 26 do livro Somente Amor, dos Espíritos Maria Dolores e Meimei, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. IDEAL. 
Em 5.1.2018.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

PARA NÃO SER INELIZ

É comum reclamarmos do sofrimento ou das dores que nos atingem.
Porém, por vezes, tais condições são provocadas por nós mesmos.
Reagimos muito mal a fatos insignificantes e levamos as coisas para o lado pessoal. 
Isso nos provoca irritação no dia a dia, que pode se acumular, chegando a representar uma importante fonte de sofrimento. 
Conta-se que dois amigos foram a um restaurante para jantar. Eles não tinham nada importante para fazer em seguida. Podiam comer com calma, conversar, demorar-se o quanto desejassem. Nenhum compromisso os aguardava. A noite poderia ser encerrada a hora que desejassem. Com esse espírito é que fizeram seu pedido e esperaram que os pratos solicitados chegassem. O serviço do restaurante acabou por se revelar extremamente lento. Um deles começou a reclamar. Reclamou da demora em chegarem à mesa os seus pedidos. Depois reclamou da comida, da louça, dos talheres e de todos os detalhes que descobriu não lhe agradarem. Ao final da refeição, o garçom chegou e ofereceu duas sobremesas, a título de cortesia. 
-É como um pedido de desculpas pela demora do serviço.– Explicou, gentil. -Estamos com falta de pessoal, hoje. Houve um falecimento na família de um dos cozinheiros, e ele não veio trabalhar. Além disso, um dos auxiliares avisou que estava doente, na última hora. Espero que a demora não lhes tenha causado nenhum aborrecimento.
Enquanto o garçom se afastava, o amigo ainda resmungando, deixou escapar o seu descontentamento: 
-Nunca mais vou voltar a este restaurante. 
Este é um pequeno exemplo de como contribuímos para nosso próprio sofrimento. 
Levando a questão para o lado pessoal, como se tudo fosse feito de propósito contra nós; imaginando que as pessoas e o mundo giram em torno de nós, nos tornamos infelizes. 
Importante termos sensibilidade para perceber o entorno, dificuldades que se apresentam, à revelia mesmo de quem deva nos atender, nos servir. 
Essa refeição, com certeza, foi desagradável para ambos.
E com grandes possibilidades de, por causa da irritação, a comida ingerida lhes fazer mal e terem problemas de saúde. 
Além, é claro, do aborrecimento, do desconforto, ante tanta reclamação. 
E tudo podia ter sido resolvido com um pouco de paciência e tolerância. 
Como nenhum compromisso os aguardasse, poderiam ter usufruído daquele tempo para conversar um pouco mais. 
Afinal, com a vida tão corrida, com tantos compromissos sempre nos aguardando, uma oportunidade dessas, deveria ter sido muito bem aproveitada. 
* * * 
Jacques Lusseyran
Jacques Lusseyran, cego desde os oito anos de idade, foi fundador de um grupo de resistência na Segunda Guerra Mundial. 
Foi capturado pelos alemães e encarcerado em um campo de concentração. 
Mais tarde, quando relatou as suas experiências no campo de prisioneiros, afirmou: 
-Percebi que a infelicidade chega a cada um de nós porque acreditamos ser o centro do Universo. 
Porque temos a triste convicção de que só nós sofremos de forma insuportável. 
A infelicidade é sempre se sentir cativo na própria pele, no próprio cérebro. 
Pensemos nisso. 
Redação do Momento Espírita, com base no livro A arte da felicidade, de Dalai Lama e Howard Cutler, ed. Martins Fontes. 
Em 27.1.2023.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

OS INVISÍVEIS QUE ESTÃO CONOSCO

A noite seguia festiva no amplo auditório da Universidade. 
Pais, familiares, amigos tomavam quase todas as poltronas. 
A entrada dos formandos, um a um, sob os flashes dos fotógrafos, se sucedia, num mar de emoções. 
Pais orgulhosos, lembrando as horas intermináveis de estudo, o esforço para a conquista do diploma universitário do filho.
Pais que mal continham as lágrimas, nas recordações dos pequenos há pouco e agora recebendo os louros de um curso concluído. 
Havia esposos, namorados, padrinhos e madrinhas. 
E as manifestações de uns e outros, aconteciam, a cada formando que tomava assento no grande palco. 
Depois, foram os discursos. 
E as homenagens aos professores, aos pais, aos colegas.
No entanto, houve um momento mais especial de todos os demais.
Foi quando a festa transcendeu as paredes do auditório. 
Transpôs fronteiras e estabeleceu uma ponte com a Espiritualidade.
Anteriormente, o nome de Deus, o Senhor da vida, fora lembrado mais de uma vez. 
Prece de gratidão se erguera e fossem religiosos ou não, os minutos se transformaram em envolvente vibração. 
Então, o mestre de cerimônias anunciou que seria prestada uma homenagem aos que não estavam presentes. 
As luzes se apagaram e todos foram convidados a acender a lanterna dos seus celulares. 
O ambiente parecia um céu de minúsculas estrelas brilhantes. 
E, enquanto eram lembrados pais que haviam partido, uma esposa, um amigo, aquelas pequenas luzes brilhando, nas mãos que se movimentavam, diziam que eles, os invisíveis, estavam ali. 
Sim, essa era a mensagem. 
Eles estavam invisíveis, mas presentes, ao lado dos seus amores. 
Não houve quem não derramasse uma lágrima, furtiva que fosse. 
As vozes embargadas das formandas, responsáveis pela homenagem, quase não conseguiam chegar ao final do texto previamente preparado. 
Foram instantes de uma vivência espiritual. 
Instantes em que os dois mundos se interpenetraram e os do lado de cá nos demos conta disso. 
Os mais sensíveis sentiram os abraços, os afagos dos que estavam na Espiritualidade. 
Com certeza, foi o momento mais extraordinário daquela noite. 
* * * 
Como seria bom se reprisássemos mais vezes essas vivências, em nossas vidas. 
Se lembrássemos de estabelecer essa ponte de comunicação com os que se foram. 
Afinal, a fronteira da Espiritualidade inicia exatamente quando finda a fronteira da vida material.
E bastará um pensamento de tempos felizes juntos vividos, para que façamos a conexão com as suas mentes. 
Eles, como nós, sentem saudades. 
E, muitas vezes, nas horas do dia ou nas horas mortas da madrugada, nos procuram. 
Não os sentimos, habitualmente, porque nos encontramos imersos em preocupações. 
Então, vez ou outra, permitamo-nos sentir abraçados por esses que prosseguem nos amando. 
Porque o amor não acaba nunca. 
Não fica encerrado em uma urna ou vira cinzas. 
A alma imortal leva consigo o perfume dos seus amores, a doce lembrança dos que ficaram e, de onde se encontra, envia seu carinho.
São como pequenos ramalhetes de delicadas flores que nos são endereçados. 
Permitamo-nos sentir-lhes o perfume. 
Oremos. 
Pensemos neles, endereçando-lhes nosso amor, a eles, os invisíveis que estão conosco. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 20.5.2019.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

VOCAÇÃO

Jon Nakamatsu
Perseguir um sonho, por vezes, parece quase impossível. 
Tantas são as dificuldades, somadas aos interesses imediatistas, que algumas vocações se desfazem através dos anos. 
E a pessoa, por pressões familiares ou sociais, por timidez, opta por outros caminhos, tornando-se, na maioria das vezes, infeliz, porque insatisfeita. 
O jovem americano Jon Nakamatsu perseguiu seu sonho: tornar-se um concertista. Neto de imigrantes japoneses, habituados a uma vida dura, desde as primeiras manifestações musicais da criança, se preocuparam com o seu sonho. Difícil seria se manter como concertista – acreditavam eles. A mestra de Jon, Marina Derryberry, contudo, reconheceu o potencial e nele investiu. Aos nove anos, ele deu seu primeiro recital como solista. Aos doze, estava pronto para abraçar a sua grande chance: estudar em um Conservatório de Música. Mas os pais desejavam que o filho tivesse uma sólida base acadêmica. E o sonho do pianista pareceu ficar mais longe. Jon sabia que era quase impossível uma carreira de concertista sem a preparação num Conservatório. Atendeu aos apelos paternos e ingressou na Universidade de Stanford. Tornou-se especialista em alemão e começou a dar aulas para o ensino médio. Todos os dias, depois do trabalho, Jon se sentava ao piano e executava por três horas. Era muito pouco. Seus concorrentes dedicavam-se dia e noite, nos Conservatórios. O tempo estava se esgotando. Um famoso maestro lhe dissera que se, até aos trinta anos, não tivesse um nome conhecido, ser concertista se tornaria inatingível. Em 1997, aos vinte e oito anos, a professora de Jon o inscreveu num concurso internacional, o Cliburn. Há dezesseis anos nenhum americano ganhava o concurso. Ele torcia nervosamente as mãos naquela noite, que decidiria a sua vida. Era um dos doze semifinalistas. Quando se sentou ao piano, fechou os olhos e lembrou as palavras da professora: 
-Não toque apenas. Não toque para vencer. Toque porque você ama a música. 
Os dedos voaram sobre as teclas. Cada passagem mais difícil, que executava, era vencida com imaginação, força, energia. Ele sentia que estava fazendo música. Ao serem anunciados os vencedores, seu coração estava aos pulos. Ele passara os últimos seis anos dando aulas. Como poderia se igualar aos demais concorrentes? Com lágrimas nos olhos percebeu que as Medalhas de Bronze e Prata já estavam em mãos de jovens de Israel e da Rússia. Só faltava a de Ouro. E um nome: o seu. Em entrevista coletiva, afirmou: 
-Meus pais mantiveram meus pés no chão, enquanto Marina manteve meu sonho sempre vivo. Todos nós, juntos, estávamos destinados a vencer. 
 * * * 
Se o seu sonho parecer distante como as estrelas, e você tiver a certeza de que ele é o melhor para você, não se deixe abater pelo desânimo, nem entorpecer pelas dificuldades. 
Prossiga! 
As grandes vitórias têm maior sabor quando resultam de intensas lutas e esforços. 
Não culpe a ninguém, nem as circunstâncias. 
Lembre-se de que as dificuldades são como pedras no caminho.
Parecem atrapalhar mas, em verdade, dão segurança na estrada.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Por amor à música, de Seleções Reader´s Digest, de fevereiro de 1999. 
Em 25.01.2023.

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

VOCÊ É ESPECIAL

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado, algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. 
Só você pode evitar que ela vá à falência. 
Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. 
É importante que você lembre que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. 
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. 
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso. 
Também refletir sobre a tristeza. 
Não é apenas comemorar o sucesso. 
Igualmente aprender lições nos fracassos. 
Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. 
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino. 
É uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. 
É atravessar desertos fora de si. 
É ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da própria alma. 
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. 
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo. 
É ter coragem para ouvir um não. 
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. 
É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles possam magoá-lo.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de você. 
É ter maturidade para falar: 
-Eu errei. 
É ter ousadia para dizer: 
-Perdoe-me. 
É ter sensibilidade para confessar: 
-Eu preciso de você. 
Ser feliz é ter a capacidade de dizer: 
-Eu amo você. Desejo que a vida seja um canteiro de oportunidades para você... 
Que você seja amante da alegria nas suas primaveras. 
Que seja amigo da sabedoria nos seus invernos. 
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo. 
Dessa maneira, você será cada vez mais apaixonado pela vida. 
E descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. 
Aproveitar as perdas para refinar a paciência, as falhas para esculpir a serenidade. 
Usar a dor para lapidar o prazer e os obstáculos para abrir as janelas da inteligência. 
Jamais desista de si mesmo. 
Jamais desista das pessoas que você ama. 
Jamais desista de ser feliz pois a vida é um espetáculo imperdível.
Porque você, você é especial! 
* * * 
Pessoas especiais sabem dividir seu tempo com os outros. 
São honestas nas atitudes, são sinceras e compassivas e sabem que o amor é parte de tudo. 
Pessoas especiais têm coragem de se doar aos outros, sem nenhum interesse oculto. 
Não têm medo de ser vulneráveis, acreditam que são únicas e gostam de ser quem são. 
Pessoas especiais se importam com a felicidade dos outros e os ajudam a conquistá-la. 
Pessoas especiais são aquelas que realmente tornam a vida mais bela e mais feliz. 
Redação do Momento Espírita, com base em mensagem de autoria de Paulo Medeiros, colhida na Internet. Disponível no livro Momento Espírita, v. 5, ed. FEP. 
Em 24.01.2023.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

INVISÍVEIS, MAS NÃO AUSENTES

Quando morreu, no Século XIX, Victor Hugo arrastou nada menos que dois milhões de acompanhantes em seu cortejo fúnebre, em plena Paris. 
Lutador das causas sociais, defensor dos oprimidos, divulgador do ensino e da educação, o genial literato deixou textos inéditos que, por sua vontade, somente foram publicados após a sua morte. 
Um deles fala exatamente do homem e da Imortalidade e se traduz mais ou menos nas seguintes palavras: 
A morte não é o fim de tudo. 
Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra. Na morte o homem acaba, e a alma começa. Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto. Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo. Eu sou uma alma. Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser. O que constitui o meu eu, irá além. O homem é um prisioneiro. O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra, coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro. Aí, olha, distingue ao longe a campina, aspira o ar livre, vê a luz. Assim é o homem. O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade. Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída? Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo, de que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro? A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo. É por demais pesado para esta Terra. O mundo luminoso é o mundo invisível. O mundo do luminoso é o que não vemos. Os nossos olhos carnais só veem a noite. A morte é uma mudança de vestimenta. A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz. Na morte o homem fica sendo imortal. A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a Terra, pelo peso que faz nela. A morte é uma continuação. Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade. As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz, aproximam-se cada vez mais e mais de Deus. O ponto de reunião é no Infinito. Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem. Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito. 
* * * 
Muitos consideram que a morte de uma pessoa amada é verdadeira desgraça, quando, em verdade, morrer não é finar-se, nem consumir-se, mas libertar-se. 
Assim, diante dos que partiram na direção da morte, assumamos o compromisso de nos prepararmos para o reencontro com eles na vida espiritual. 
Prossigamos em nossa jornada na Terra sem adiar as realizações superiores que nos competem, pois elas serão valiosas, quando fizermos a grande viagem, rumo à madrugada clarificadora da eternidade. 
E que esse dia não nos surpreenda em demasia. 
Que estejamos com a mala da vida pronta para ser fechada; com a bagagem espiritual toda bem acondicionada. 
Que esse dia não nos seja de surpresa senão porque, fechando os olhos da carne, com os do Espírito veremos nossos amores, de pé, de braços e sorrisos abertos nos recepcionando. 
Estejamos prontos para o grande dia, a cada dia. 
Redação do Momento Espírita, com base nos caps. Palavras do autor e A França chora seu maior poeta, do livro Victor Hugo e seus fantasmas, de Eduardo Carvalho Monteiro, ed. EME. 
Em 9.2.2021.

domingo, 22 de janeiro de 2023

INVESTINDO NO FUTURO

ANDRÉ LUIZ
E
WALDO VIEIRA
Todo os domingos aquele homem era visto em frente ao templo religioso. 
Não sabiam o seu nome, nem de onde vinha. 
Passava algumas horas ali, no período da manhã e, da forma que aparecia, desaparecia até a semana seguinte. 
Um tanto mais do que maduro, podia-se qualificá-lo de idoso. 
Por se trajar de forma muito simples e ficar postado à porta do templo, foi confundido certo dia com um mendigo. 
Alguém lhe ofereceu uma esmola e ele, sorrindo, agradeceu, dizendo que não precisava dela, pois graças a Deus podia prover ao próprio sustento. 
Comunicativo, tinha uma forma toda especial de falar e quem quer que por ali passasse e resolvesse parar, logo se detinha em longa conversa com o velhinho. 
Contudo, ninguém lhe perguntava por que permanecia ali por algumas horas todo domingo. 
Até que, certo dia, alguém se aproximou dele e lhe perguntou o que fazia ali aos domingos, sem se importar com o tempo frio ou os dias de intenso sol e calor. 
A resposta foi rápida: 
-Estou esperando os meus netos saírem da aula de Evangelização. 
Na sequência, o bom homem foi esclarecendo o mistério de sua presença à porta do templo, todos os domingos. 
Ele trazia, desde alguns anos, seus dois netos para a Escola de Evangelização. 
Ficava do lado de fora, esperando a aula terminar para os levar de volta. 
Quando eram menores, disse ele, trazia os dois ao mesmo tempo em sua bicicleta, porque longa era a distância. 
Agora, que já tinham seus oito e dez anos, mais pesados e maiores, ele trazia um, retornava para casa e buscava o outro. 
Ao final da aula, fazia o trajeto inverso. 
-Mas o senhor não cansa? 
Perguntou o interlocutor curioso.
-Afinal, já não é tão jovem. 
-Não há problema, foi a resposta. Pois não dizem que é muito bom fazer ginástica, malhar, como falam os jovens? Pois enquanto muitos pagam academia para malhar, eu saio de bicicleta e faço exercício. Trago meus netos para ouvirem falar a respeito de Jesus, de Deus, das coisas boas que o homem deve fazer para se tornar feliz. Imagine que, enquanto conduzo meus netos para casa, eles vão me contando pelo caminho o que aprenderam. Cada dia mais me entusiasmo e fico à espera das suas aulas seguintes. Pode-se dizer que faço ginástica enquanto invisto na formação de meus netos e numa sociedade melhor para o futuro. E além de manter-me em forma e com disposição, aprendo sobre essas coisas que fazem bem ao Espírito da gente. 
* * * 
Orientar a infância é preparar o futuro risonho, pelo qual todos anelamos. 
Conduzir os pequeninos para Jesus é atender ao convite do Divino Mestre, permitindo que dEle se aproximem, não os impedindo por motivo algum. 
É na meninice corpórea que o Espírito encontra ensejo de renovar as bases da própria vida. 
Eis porque não lhe pode faltar a mensagem renovadora da Boa Nova.
Não nos esqueçamos de ver, sempre, no coração infantil o esboço da geração próxima, guardando a certeza de que orientar a criança é assegurar ao mundo um futuro melhor. 
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap. 21 do livro Conduta Espírita, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Waldo Vieira, ed. FEB. 
Em 17.2.2021

sábado, 21 de janeiro de 2023

VIVER COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ

Elizabeth Kübler-Ross
O destino de todos os seres vivos é a morte. 
Morrem flores, plantas, bichos, gente. 
Até mesmo as estrelas, que nascem em uma explosão de luz, chegam à finitude. 
Morremos um pouco todos os dias. 
Cada anoitecer nos relembra que mais um dia se passou em nossa vida. 
E isso nos deveria ser um alerta para os rumos que damos à existência. 
Mas por que a morte nos assusta de tal forma? 
O sábio se prepara para morrer. 
Mas para a maioria dos seres humanos, a simples menção da palavra morte é um trauma. 
Não falamos de morte, como se falar disso pudesse atraí-la. 
No entanto, preparar-se para morrer é útil. 
Necessário mesmo. 
Não se trata de uma atitude mórbida, mas de naturalidade perante o ciclo que rege a vida. 
Naturalidade? 
Sim, pois em nossa vida a morte é uma certeza. 
Podemos até não saber quando e onde ela virá, mas virá certamente.
Países, idiomas e crenças são diferentes. 
Mas, paradoxalmente, a grande certeza que nos une a todos é de que um dia nosso corpo estará morto. 
Por isso, vale a pena pensar de modo positivo na morte. 
Preparar-se para esse momento inevitável. 
A psiquiatra suíça Elizabeth Kübler-Ross narra, em seus diversos livros, o sofrimento das pessoas que não se prepararam para morrer ou para dizer adeus aos parentes e amigos. 
A médica – que se tornou famosa no mundo inteiro por seus trabalhos junto a pacientes terminais – observou que a maioria das pessoas traz pendências, assuntos não resolvidos e traumas que eclodem na hora da morte. 
É que não costumamos refletir sobre a nossa própria morte. Sempre a imaginamos muito distante. 
E, por isso, vamos adiando a resolução de pendências que poderiam ser solucionadas agora, com calma. 
Portanto, vale a pena iniciar uma preparação. Quer uma fórmula simples? 
Viva como se fosse o seu último dia. 
Faça o bem, seja amável e gentil. 
Não deixe para amanhã as palavras de afeto, os gestos de amor. 
Diga à família o quanto você a ama. 
Deixe os papéis em ordem, os assuntos encaminhados. 
Se há mágoas, esqueça, perdoe. 
Vire a página. 
Se há assuntos por resolver, esclareça, converse. 
Enfim, resolva. 
Não deixe espaço para que um dia você lamente não ter falado na hora certa. 
Viva a vida de forma simples e bela para que, ao encerrá-la, não haja muitos arrependimentos. 
O músico Renato Russo tinha uma frase síntese para essa atitude: 
-É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. 
Afinal, amanhã a morte pode ter vindo, silenciosa, bater à sua porta, ou da pessoa amada. 
E até o reencontro, então, poderá ser uma longa espera. 
* * * 
Manuel Bandeira
Faça como o poeta Manuel Bandeira. 
Em um de seus mais inspirados poemas, Consoada, ele fala sobre o dia em que a morte chegará e vai encontrá-lo preparado. 
Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
— Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
À mesa posta,
                                Com cada coisa em seu lugar.
Possamos, todos nós, aguardar a morte com a alma leve, a consciência em paz, um sorriso de dever cumprido pairando, suave, nos lábios pálidos. 
Quando essa hora chegar, o seu dia – a sua vida - terão sido bons?
Pense nisso! 
Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita Imortalidade, v. 17, ed. FEP. 
Em 21.01.2023.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

INVESTINDO NA FELICIDADE

Robert Waldinger
Alguma vez nos perguntamos o que nos mantêm felizes e saudáveis ao longo de toda nossa vida? 
Detemo-nos, em algum momento, para avaliar onde e como vimos empregando nosso tempo, nossos esforços e competências? 
Serão essas escolhas que fazemos no dia a dia que determinarão a felicidade e saúde em nossa jornada aqui na Terra. 
A Universidade de Harvard começou, em 1938, um estudo, com um grupo de setecentos e vinte e quatro adolescentes. 
Essa pesquisa, chamada de Estudo do Desenvolvimento Adulto, vem avaliando os participantes, ao longo dos anos. 
Somam, portanto, mais de setenta e sete anos de acompanhamento dessas pessoas. 
Ano após ano, foram entrevistadas sobre seu trabalho, vida doméstica, hábitos, saúde, formando-se retratos de vidas inteiras.
Sessenta por cento dos pesquisados ainda estavam vivos em dois mil e quinze, alguns com mais de noventa anos. 
A pesquisa contemplou dois grupos distintos. 
O primeiro era formado por estudantes da Universidade de Harvard.
E todos concluíram a faculdade durante a Segunda Guerra Mundial.
O segundo grupo era integrado por garotos dos bairros mais desfavoráveis de Boston, escolhidos por pertencerem às famílias mais pobres e problemáticas da periferia da cidade, na década de 1930. 
Os pesquisados se tornaram engenheiros, médicos, advogados, pedreiros, profissionais liberais, operários. 
Alguns desenvolveram alcoolismo. 
Uns poucos esquizofrenia. 
Alguns subiram na escala social, outros fizeram caminho oposto.
Quais as grandes lições desse estudo? 
O que se aprendeu a respeito da vida humana ao longo dessas décadas da pesquisa? 
Segundo Robert Waldinger, quarto diretor da pesquisa, os resultados podem ser resumidos na seguinte afirmação: as boas relações nos mantêm mais felizes e mais saudáveis. 
Assim, podemos concluir que as relações humanas são boas para nós. 
A solidão nos aniquila. 
Pessoas que cultivam relações mais intensas com a família, com amigos, com a comunidade, são mais felizes, mais saudáveis e vivem mais tempo. 
Por outro lado, a experiência da solidão acaba por ser tóxica ao indivíduo. 
Pessoas mais solitárias do que gostariam de ser se descobrem menos felizes, sua saúde deteriora rapidamente na meia idade e seu funcionamento cerebral diminui mais cedo. 
Em verdade, não importa quantos amigos tenhamos, mas a qualidade dessas amizades. 
As pessoas que fizeram parte da pesquisa e que envelheceram com melhor qualidade de vida, foram aquelas que se sentiam mais satisfeitas com suas relações aos cinquenta anos. 
Continuavam sendo as mais felizes aos oitenta anos. 
* * * 
Somos todos seres sociais. 
Necessitamos uns dos outros para nos mantermos saudáveis, felizes e realizados. 
Por isso, analisemos quanto do nosso dia, da nossa vida, do nosso tempo e energia estamos investindo no próximo, na família, nos amigos, na comunidade. 
Sair de nós mesmos, preocuparmo-nos com o outro é o que efetivamente nos proporcionará uma velhice tranquila. 
Somos imediatistas. 
Queremos investir naquilo que nos dará retorno rápido, visível, como nossa conta bancária ou acréscimo de bens materiais. 
Porém, somente construindo pontes em relação ao próximo é que efetivamente conquistaremos uma vida feliz.
Redação do Momento Espírita, com base em palestra do professor Robert Waldinger,disponível em
Em 28.5.2016.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

ATO DE AMOR

Alice Gray
Dizer ou não dizer ao filho que ele é adotado continua sendo, para muitos pais, um grande desafio. 
Uns falam muito cedo, outros deixam para falar muito mais tarde e a inabilidade para dizer das circunstâncias que levaram à adoção, por vezes, cria algumas dificuldades de relacionamento. 
Adoção, contudo, é um especial ato de amor. 
Por isso, aquela mãe não se cansava de repetir, quase toda noite, a história. Quando chegava a hora de dormir, ela se deitava ao lado da menina, acariciava os seus cabelos, a aconchegava e lhe dizia como ela era uma criança especial. E muito amada. 
-Durante muito tempo, contava, seu pai e eu quisemos ter um bebê. Oramos para que eu ficasse grávida. Os anos se passaram e nada aconteceu. Começamos a compreender que Deus tinha algo diferente para nós. E decidimos adotar um bebê. Um bebê cuja mãe não tivesse condições de cuidar dele. Então, um dia, o telefone tocou e uma voz do outro lado da linha me disse que o nosso bebê havia acabado de nascer. Era uma menina. Telefonei ao seu pai no escritório. Ele veio correndo para casa e fomos até o hospital. Por detrás do vidro do berçário, ficamos olhando a fileira de bercinhos com os bebês recém-nascidos, tentando adivinhar qual era você. Não víamos a hora de a levar para casa e apresentá-la à nossa família e aos amigos. Quando chegamos frente ao portão, havia uma multidão de amigos com presentes nas mãos, ansiosos por conhecer nosso bebê. E, filha, você tem sido uma bênção para nós. A melhor coisa que seu pai e eu fizemos na vida foi adotar você. 
A mãe se empolgava em contar. A filha adorava ouvir. E toda vez sentia que ser adotada era uma coisa muito especial. Ela havia sido escolhida. Quando a menina cresceu, casou-se e engravidou, a mãe a foi visitar. Ela estava no sétimo mês de gravidez e se sentia muito desconfortável. O bebê não parava de chutar. Enquanto a jovem gemia e levava a mão ao ventre, sua mãe lhe disse: 
-Deve ser uma coisa maravilhosa sentir o chute de um bebê na barriga. 
De repente, a filha se deu conta que sua mãe nunca sentira um bebê no útero. Por isso, tomou as mãos da mãe, colocou-as na sua barriga e falou: 
-Mãe, sinta sua neta. 
Uma extraordinária expressão de alegria se estampou no rosto daquela mãe, que nunca pudera ter uma gestação, que nunca pudera sentir o filho no seu ventre. 
E a filha compreendeu que, naquele momento, oferecia para sua mãe, aquela mulher que a adotara com tanto amor, um presente que ela nunca pôde sentir pessoalmente. Ela havia recebido tantos presentes ao longo da sua vida. Sempre fora imensamente amada e acarinhada. E agora podia repartir um momento muito especial com aquela mulher especial, sua mãe. 
* * * 
DIVALDO PEREIRA
FRANCO
A maternidade do coração é muito mais vigorosa do que a do corpo.
Quem adota, o faz por amor. 
Pais de adoção são almas que sustentam outra alma, vidas completas que amparam outra vida em desenvolvimento. 
Seu querer é suave como a claridade da lua e forte como somente o amor abnegado pode se tornar. 
São anjos anônimos e abençoados na multidão, demonstrando que o amor é Deus e dEle tudo procede e que pessoa alguma é propriedade de outra, porque todos somos filhos do Seu amor, nutridos pelo amor.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Eu fui escolhida, do livro Histórias para o coração da mulher, de Alice Gray, ed. United Press; no cap. Filho adotivo e no cap. Mãe adotiva, do livro S.O.S. Família, por diversos Espíritos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 19.1.2023.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

OUVINDO FALAR DE DEUS

William J. Bennett
Olhando para os céus e observando as estrelas; percebendo os detalhes das flores ou acompanhando a gestação, o nascimento e o crescimento de uma criança, não há como evitar nosso reconhecimento ao Criador da Vida. 
Ouvir sobre as conquistas científicas de William Morton, com a descoberta da anestesia cirúrgica; ou Alexander Fleming, que descobriu a penicilina; lembrando Von Mehring e Minkowski e a descoberta da insulina; Robert Hooke, que construiu o primeiro microscópio; Alexander Graham Bell, que inventou o telefone e Santos Dumont, o avião... é ouvir falar de Deus. 
Ouvir falar das ações de Madre Teresa de Calcutá e sua dedicação aos pobres em todo o mundo; de Martin Luther King e sua luta pelos direitos dos negros; lembrar de Kofi Annan, que foi secretário geral da ONU, e seu esforço para construir a paz entre as nações; pensar em Dalai Lama, e sua pregação pela vida em harmonia; em Shirin Ebadi e seus esforços pela democracia e os direitos humanos, especialmente os direitos das mulheres e das crianças; em Francisco Cândido Xavier e sua vida dedicada à caridade... é ouvir falar de Deus. 
Ouvir sobre as ações humanitárias da campanha internacional de banimento das minas terrestres e da organização Médicos sem fronteiras... é ouvir falar de Deus. 
Cada país, cada região do mundo, por intermédio de ditos e feitos, nas mais variadas áreas do pensamento e da ação humana, de maior ou menor significado, terá ouvido falar de Deus, com certeza. 
No entanto, a História da Humanidade não é feita somente de grandes realizações. 
Ela é composta, principalmente, pelas ações anônimas, que acontecem dentro dos lares, nas relações fraternas entre as pessoas, no dia a dia de cada um. 
Por menores que sejam, serão importantes para a vida, desde que possam também falar de Deus a quem as presencia ou delas tome conhecimento. 
Assim, revejamos nossa autoestima, vejamo-nos na condição de quem está auxiliando na construção do mundo, e nunca digamos impossível para nossos planos, sempre que alicerçados em bons propósitos. 
 * * * 
Quando afirmamos é impossível, estamos reprovando qualquer tentativa. 
Não estamos vendo a menor validade na História da Humanidade.
Vejamos que sem tentativas, fracassos e acertos, erros e sucessos, não haveria a invenção do carro, do rádio, da televisão, nem do computador, da internet. 
Viveríamos na Pré-História. 
O mundo seria um lugar sem graça, sem agradáveis surpresas, sem melhorias contínuas. 
Dessa forma, descortinemos a janela da alma com mãos operosas no bem, para que se faça mais presente o sol da vida. 
Retiremos, dos nossos olhos, as vendas do preconceito para que possamos enxergar a vida em toda a sua grandeza. 
Então, entenderemos muito bem a assertiva de Jesus de que é preciso ter olhos de ver e ouvidos de ouvir. 
E, com olhos de ver e ouvidos de ouvir, mais e mais encontraremos Deus em nossas vidas. 
A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original, lecionou Albert Einstein
Redação do Momento Espírita, com base em O livro das virtudes para crianças, de William J. Bennett, ed. Nova Fronteira. 
Em 18.01.2023.

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

INVESTIMENTOS

DIVALDO PEREIRA FRANCO
E
JOANNA DE ÂNGELIS
Vez que outra, é importante que façamos um balanço dos nossos investimentos. 
Os empresários costumam fazer levantamentos diários, relatórios que indicam o mercado mais rentável e, dessa forma, decidem como, em que, e quando investir. 
De maneira geral, todos somos empresários de nós mesmos, decidimos sobre nossa economia, nossos investimentos e elegemos uma escala de valores que passamos a seguir. 
Todavia, na maioria das vezes, a nossa atenção está voltada para as questões materiais. 
Queremos as vantagens imediatas. 
Buscamos investir sempre em algo que nos traga resultados a curto prazo. É louvável que nos ocupemos com as coisas da vida material pois vivemos num mundo material. 
O que normalmente acontece, é que relegamos para segundo plano as questões que dizem respeito ao Espírito imortal que somos todos nós. 
Investimos tanto no corpo, que ficará preso à Terra, ocupamo-nos tanto com os investimentos materiais, que teremos que deixar na Terra, e pouco nos voltamos para o Espírito, que continuará sempre vivo. 
Como dissemos, as coisas da Terra são importantes como meio de progresso, mas não são o fim objetivado com a reencarnação. 
Se é saudável fazermos ginástica para que nosso corpo fique em forma, é também de suma importância que exercitemos um pouco o Espírito, procurando dar a ele uma feição melhor. 
Se evitamos todos os negócios que não nos trazem lucros financeiros, por que não evitamos tantas ações que nos trazem prejuízos morais de grande monta? 
Vale a pena meditar sobre nossos valores. 
Fazer, de vez em quando, um levantamento de como melhorar os investimentos em nível espiritual. 
Não investir na inveja, veneno corrosivo que destrói a nossa paz interior. 
Deixar de investir na vingança, enfermidade que causa mal-estar e desdita a quem a agasalha na intimidade. 
Não aplicar nem mais um segundo no ódio, inimigo letal de todos que o cultivamos no ser. 
Retirar todos os esforços empregados na maledicência, na calúnia, no orgulho, na vaidade desmedida. Investir no Espírito que passará pelo túmulo e continuará mais Além, no plano espiritual, de onde todos viemos. 
Voltar para lá levando na bagagem investimentos nobres, que nos deem uma feição melhorada, que sirva de sustentação para nossa nova jornada, e para que não sejamos um peso para aqueles que nos aguardam do outro lado da vida. 
Esta é a proposta do Espiritismo, esta sempre foi a proposta do Cristo: Viver no mundo, sem ser do mundo. 
Usufruir das coisas do mundo mas não se deixar possuir por elas. 
E, quando tivermos que deixar os bens que pertencem à Terra, que possamos fazê-lo com serenidade, sem agarrar-nos de forma prejudicial aos haveres que Deus nos emprestou para nossa evolução intelectual e moral. 
* * * 
No jogo dos investimentos chegará a hora da prestação de contas. 
E, então, compreenderemos que os investimentos imediatos ficarão retidos nas aduanas da Terra, enquanto os da vida abundante, e somente estes, seguirão conosco por todo o sempre. 
Redação do Momento Espírita, com pensamentos do verbete Investimento, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. 
Em 19.2.2014.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

ANTES DE DESANIMAR

Antes de desanimar porque fracassamos em alguma coisa, pensemos que somente alcança o sucesso quem insiste, apesar de tudo. 
FRED ASTAIRE
Fred Astaire, o ator que encantou as telas do cinema dançando, ao fazer seu primeiro teste para o cinema, foi rejeitado. Disseram que ele não sabia atuar. Sua avaliação assinalava que era careca. Ponto levemente positivo é que dançava um pouco. 
ENRICO CARUSO
O professor de Enrico Caruso dizia que ele não tinha voz, nem condições de cantar. Seus pais queriam que ele fosse engenheiro. Que extraordinário talento teria perdido o mundo se Caruso não insistisse, tornando-se o famoso cantor de ópera. 
WINSTON CHURCHILL
Winston Churchill
foi reprovado na sexta série. Somente se tornou Primeiro-Ministro da Inglaterra depois dos sessenta anos. Sua vida foi cheia de derrotas e fracassos. Jamais se permitiu desistir. E talvez poucos saibam: ele foi Prêmio Nobel de Literatura em 1953, por suas memórias da Segunda Guerra Mundial. 
WALT DISNEY
Walt Disney
foi despedido pelo editor de um jornal por falta de ideias. Podemos imaginar tal coisa? Antes de construir a Disneylândia, foi à falência diversas vezes. Nunca desanimou.
RICHARD BACH
Richard Bach teve recusada a sua história de dez mil palavras por dezoito editoras. Era a história de uma gaivota diferente, com pensamentos profundos acerca da vida. Em 1970, a MacMillan publicou a história de Fernão Capelo Gaivota e, em cinco anos, vendeu mais de sete milhões de exemplares, só nos Estados Unidos.
AUGUSTE RODIN
Rodin era considerado um incapaz, por seu pai. Seu tio dizia que ele era um caso perdido. Por três vezes, foi reprovado na admissão à Escola de Artes. Descrito como o pior de todos os matriculados, não desistiu e deu ao mundo maravilhas da escultura como O pensador, O beijo e Filho pródigo. Chegou a ficar afastado do mundo das artes por dez anos, quando teve uma de suas obras recusada para exposição. Contudo, em 1900, em Paris, foi lhe destinado um pavilhão inteiro para a Mostra de cento e sessenta e oito dos seus trabalhos. Ao morrer, o hotel em Paris, onde viveu seus últimos nove anos de vida, se transformou no Museu Rodin. 
Os que não se permitem desanimar por seus fracassos, derrotas ou julgamentos precipitados de terceiros, alcançam seus objetivos, concretizam seus sonhos. 
Portanto, se estamos a ponto de desanimar, paremos um pouco. 
Logo descobriremos que existem ainda muitas tentativas a serem feitas. 
Há muita gente a ser procurada, muitos dias a serem vividos e muitas conquistas a serem perseguidas. 
Não há limites para quem acredita que pode alcançar os seus objetivos, que pode concretizar os seus projetos. 
CHARLES DARWIN
Charles Darwin
era considerado, por todos seus mestres e por seu próprio pai, um garoto comum e intelectualmente bem abaixo do padrão médio. Não se permitiu desanimar e se transformou no pai da Teoria da Evolução. 
Pensemos nisso.
Tentemos outra vez. 
E outra mais. 
Não nos permitamos abater por críticas, por experiências malsucedidas. 
Tentemos de novo e veremos nossos esforços alcançando êxito.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Pense Nisso, do livro Histórias para Aquecer o Coração – edição de ouro, de Jack Canfield e Mark V. Hansen, ed. Sextante. 
Em 16.1.2023.