ESPÍRITO EMMANUEL E CHICO XAVIER |
Embora esse acerto seja um item que pode facilitar para o casal, não o é para as crianças. Elas passam a ficar compromissadas com aquele que as deve vir buscar naquele horário e devolver, como se fossem mercadoria.
É uma situação bastante incômoda para as crianças. Por vezes, elas precisam rejeitar convites de amigos, excursões da escola porque é o dia da visita.
Porque, afinal, se elas disserem ao pai ou a mãe, cujo dia cabe a visita, que têm outros compromissos, sempre haverá de soar como maquinação do outro cônjuge, para impedir o acesso aos filhos.
Também, por vezes, as crianças prefeririam ficar em casa, chutar bola no gramado, assistir TV. Contudo, é a hora do passeio e elas precisam ir.
O pai ou a mãe que as busca se sente, por sua vez, na obrigação de fornecer um passeio diferente, inédito. Afinal, é tão pouco tempo que têm juntos.
Mas os filhos não são consultados sobre o que gostariam de fazer naquele final de semana, naquele feriado.
Aos poucos, o que deveria ser um agradável encontro com a parte ausente de suas vidas, se torna um compromisso pesado.
Aquele dia está sempre agendado e é preciso atender a programação que é feita: passeio, lanche, conversa, futebol, cinema.
Tudo com hora certa e marcada.
Delimitada.
Precisa.
Quando a programação está excelente, é preciso ser interrompida porque é hora do retorno.
Sem chance de se alongar.
A hora está fixada.
Quando a programação não está muito boa, é preciso aguentar até o fim.
Tudo isso acaba por ir deteriorando o relacionamento dos filhos com os pais.
Natural seria que o casal, deixando de lado as suas diferenças, pensasse mais nos filhos e se dispusesse, em clima de boa vontade, a ceder um pouco cada um.
Tudo para facilitar a vida daqueles que geraram e pelos quais são responsáveis.
Em vez de rigidez sistemática, entendimento mútuo para flexibilidade de dias e horários de visitas.
Com certeza, a má vontade que, por vezes, os filhos demonstram desaparecerá, porque eles se sentirão mais livres para usufruir, com todos os detalhes, a convivência com um e com outro, sem pressões, sem traumas.
* * *
Os filhos são peças importantes do matrimônio.
Quando surge o rompimento do compromisso afetivo, o casal, se tem filhos pequeninos, deve se voltar, acima de tudo, para essas aves ainda implumes e as agasalhar sob as asas do entendimento e da ternura.
Desfeito o laço conjugal, não renunciem os pais ao dever de amparar os filhos, em especial se esses filhos ainda não atingiram a puberdade.
Por ser muito importante no progresso e no aperfeiçoamento do Espírito a existência terrestre, não é lícito aos pais o desprezo pelas necessidades dos seus filhos.
E essas necessidades englobam afeto, respeito e proteção.
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais
do cap. 10 e cap. 18, do livro Vida e sexo, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 11, ed. FEP.
Em 20.7.2020.
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