DIVALDO PEREIRA FRANCO E JOANNA DE ÂNGELIS |
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Na atualidade, não há como negar as notáveis conquistas da inteligência, responsáveis pela tecnologia e por todas as extraordinárias contribuições da ciência, tornando a vida na Terra mais confortável, com muitos males eliminados ou contornados, propiciando bem-estar, conforto e facilidades de todo porte.
No entanto, não se pode desconhecer que esses instrumentos fabulosos de que se têm utilizado o conhecimento, são também responsáveis por males incontáveis e desastres jamais imaginados de se tornarem realidade.
O conhecimento, que abre as janelas da alma para a percepção da realidade, quando não é alimentado pelo sentimento ético, conduz à cegueira da razão, que somente se direciona para o imediatismo do prazer e do interesse pessoal, com parcial ou total indiferença pelo que sucede ao redor.
Assim tem sido o comportamento da sociedade nesses longos milênios de desenvolvimento da inteligência.
Enquanto o amor não germinar nos sentimentos, contribuindo em favor da harmonia interna, do equilíbrio das emoções, ainda em fase primária de seleção, o sofrimento seguirá ao lado dos viajantes pelos caminhos do mundo.
Desenvolver um programa de realizações internas, caracterizadas pelos sentimentos de compreensão em favor da família humana, torna-se uma urgente necessidade que não deve ser adiada.
Ninguém consegue viver em equilíbrio sem um projeto de existência alicerçado na afetividade, ou seja, ninguém consegue se realizar durante a vida física sem um objetivo psicológico superior.
Se esse objetivo é material, imediato, constituído por desejos egoístas, o sentido da vida desaparece e o ser resvala em transtorno de comportamento, mergulhando em melancolia e depressão.
A primeira meta deve ser unir as aspirações da inteligência com as aplicações do sentimento.
Sem dúvida, a inteligência é responsável pela grande horizontal das conquistas humanas, mas o sentimento é a grande vertical na direção de Deus.
No centro em que se encontram as duas vertentes, está o coração pulsando em amor e cantando as glórias do existir.
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Quando olhamos para nossos filhos, desejamos que conquistem o mundo.
Por isso nos orgulhamos quando são precoces na fala, hábeis em línguas, quando sua inteligência, no geral, se destaca da maioria.
Principalmente para aqueles pais que vieram de uma situação socioeconômica difícil, o grande sonho é que sejam bem sucedidos.
Tudo é natural e compreensível, porém, não podemos nos esquecer de que o que os fará realmente ter sucesso na encarnação será a bagagem moral que conquistarão.
Dessa forma, apliquemos nossos esforços também na área dos sentimentos, das suas virtudes, do desenvolvimento de sua sensibilidade e senso de fraternidade.
A parte intelectual eles constroem quase que sozinhos, mas a moral ainda necessita do grande apoio da família.
Redação do Momento Espírita, com base na mensagem
Inteligência e emoção, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, da Revista
Reformador, de agosto/2013.
Em 9.10.2017
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