sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

INTENSAMENTE DESEJADO

Aqueles eram dias acabrunhadores. 
Aproximava-se a festa dos ázimos, ou seja, a Páscoa. 
A hora era de intranquilidade. 
Os sacerdotes arquitetavam o melhor plano para prender o Nazareno. Desejavam tê-lO em suas mãos, julgá-lO e fazer com que desaparecesse. A Sua presença punha em risco toda a hierarquia sacerdotal. Eles sentiam que, dia a dia, perdiam seu status. O povo seguia aquele Mestre que nada pedia senão que amassem a Deus e ao seu próximo. Não exigia dinheiro para ser ouvido, seguido ou oferecer as Suas bênçãos. 
Jesus, o Mestre, de tudo estava ciente. 
Não somente por conhecer as escrituras, o que haviam falado os profetas a respeito do Messias. Mas, sobretudo, por estar plenamente cônscio do preço que deveria pagar, nas mãos de homens que não desejavam a Sua mensagem. 
Então, Ele pediu a Pedro e João que entrassem na cidade de Jerusalém e preparassem o lugar para a celebração da Páscoa. 
Quando Ele se encontra no aposento, junto aos doze, afirma: 
-Desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco. 
São palavras que expressam um grande desejo. 
Era a última Páscoa em que estaria com eles. 
O Cordeiro sabe que logo mais haveria de ser sacrificado. 
Sua doação derradeira é estar com os Seus. 
Todos sabemos como aquela noite se fez de importância, pelas recomendações apontadas, por todas as revelações apresentadas. 
Uma noite inesquecível para aqueles corações. 
* * * 
O calendário terreno nos anuncia que o Natal se aproxima. 
A data em que nós, os humanos, elegemos, para recordar a vinda do Rei. 
O Rei Solar, o Governador Planetário, nosso Mestre e Senhor. 
A pessoa mais ilustre que esta Terra já abrigou, em suas estradas. 
Muito importante que imitemos o Nazareno, parafraseando a Sua expressão daquele dia:
-Desejo ardentemente comemorar este Natal convosco. 
Que a possamos dizer aos nossos familiares, nossos amigos, aos que passam pela nossa vida. 
E nos preparemos para a data, desde agora. 
Preparemos a sala do nosso coração, para recepcionar os que amamos e lhes oferecer nosso abraço, no natalício do Mestre. 
Preparemo-nos para a data, colocando flores nos vasos do nosso carinho e envolvendo com laços de ternura os pacotes que iremos oferecer. 
Pacotes pequenos, minúsculos, grandes, valiosos todos porque trabalhados pela nossa afeição. 
Preparemos a mesa com o que possamos ofertar, em nome do amor. 
E que a nossa noite seja, como aquela longínqua Páscoa, recheada de preces, de hinos, de pão repartido. 
A data se aproxima. 
Apressemo-nos e desejemos ardentemente estar com quem amamos. 
Recordemos: na oferta do pão à mesa da confraternização, quem sabe possamos ter um gesto de perdão a quem nos feriu e o possamos incluir à mesa. 
Quem sabe instalemos uma mesa em casa alheia, oferecendo um banquete. 
Um banquete de luz que ofereça pratos de desculpas, doces de perdão, frutas de ternura e paz. 
Apressemo-nos. 
O Natal se aproxima. 
Desejemos ardentemente comemorá-lo com Ele, o Celeste Amigo. 
Redação do Momento Espírita, com transcrição do Evangelho de Lucas, cap. 22, versículo 15. 
Em 17.12.2021.

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