CASIMIRO CUNHA |
Trabalha constantemente,
Se queres ser nobre e forte,
O braço estendido à inércia
Oculta o favor da sorte.
Ama o trabalho singelo
Em doces gestos risonhos.
Mais valem dois pés servindo
Que as asas de muitos sonhos.
Se alguém te insulta a ferir-te
O anseio de amor e paz,
Não lamentes, nem te irrites...
Calando-te, vencerás.
Ajuda quanto puderes,
Espalha a consolação,
Ninguém consegue escapar
Ao tempo de provação.
Em toda e qualquer contenda,
Com quem for, seja onde for,
Fugindo, discretamente,
Serás sempre o vencedor.
Muitos “poucos” reunidos
Levantam obra esmerada
Porque, ás vezes, poucos “muitos”
Acaba em luta e nada.
Vive acima da calunia
Em que a maldade se exprime.
Aos olhos tristes da inveja
A própria virtude é crime.
Fiscaliza as palavrinhas
De humilde e pequena brasa,
Começa a lavrar o incêndio
Que devora toda a casa.
Vais bem se atendes ao bem.
Quando a dúvida te invade.
A prudência vem de Cristo
Quando é sócia da bondade.
Ante os problemas dos outros
Emudece os lábios teus.
Em tudo sempre supomos
Mas quem sabe é sempre Deus.
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pelo Espírito Casimiro -
Do livro: Almas em Desfile,
Médium: Francisco Cândido Xavier
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