Ana Paula Padrão e família |
Vez ou outra verificamos que profissionais se transferem de um para outro local de trabalho.
Às vezes nos perguntamos se isso tem a ver somente com salários mais altos, mais vantagens econômicas.
E nos surpreendemos quando descobrimos que alguns, simplesmente mudam porque desejam desfrutar de melhor qualidade de vida.
Registramos depoimento de uma jornalista que, não faz muito tempo, se transferiu de emissora televisiva.
Diz que a vida real não são as conquistas efêmeras. Que marido, família, amigos são criaturas que estarão conosco, mesmo quando a empresa não mais fizer parte do nosso cotidiano.
Tendo recebido de sua mãe o conselho de se tornar independente, para não ficar dependendo de ninguém, deu ênfase total à sua carreira.
E nesse afã, relegou para segundo plano o lado emocional. Não se dera conta, então, que para conquistar o seu espaço, vencer como os homens e ter poder como eles, não precisava deixar o seu universo.
Descobriu, agora, que é possível incorporar os dois. Mas, para isso, é necessário ouvir a sua voz interior.
Há 18 anos ela não conseguia ir a um aniversário de amigos, nem jantar com a família.
Não via seu marido a semana toda. Chegava em casa às 2 da manhã. Ele acordava às 7.
Chegou a comprar um quadro branco e colocar no quarto. Ali deixava os recados antes de deitar e encontrava os do marido, ao se levantar.
Na sexta, ele a esperava. Ficavam juntos até às 4 da madrugada. Levantavam tarde no sábado.
E, num piscar de olhos, o sábado tinha acabado. Isso, às vezes. Porque em muitos finais de semana ela estava de plantão.
Foi por isso que ela decidiu largar um emprego excelente em troca de sua felicidade.
Não foi fácil. Foram noites de insônia e tensão. Chorou. Contudo, o apoio do marido a auxiliou a decidir.
Eles se conheceram há apenas 3 anos. Tudo foi muito rápido. Ela o entrevistou e conversaram um pouco, depois. Sobre trabalho, viagens.
Na semana seguinte, ela foi para a França. Em Paris, recebeu um telefonema, no hotel.
Era ele.
-Você veio para um congresso? Perguntou.
-Não, foi a resposta.
-Vim convidar você para jantar.
Quatro meses depois estavam casados.
É essa relação especial que ela deseja preservar. E aconselha: Em sua carreira, em suas conquistas, vá com calma. Deixe o homem participar de seu universo. E goste disso.
Encontre o seu ponto de equilíbrio e não tenha medo de lutar por seus sonhos.
A jornalista inclui em seus planos atuais, dedicação ao novo emprego, sem abrir mão da parte pessoal.
Pretende se tornar mãe.
Afirma que está feliz e consegue, hoje, depois de três anos de casada, ir ao cinema à noite com seu marido.
* * *
Você somente será feliz se o amor fizer parte da sua vida. Você pode amar a sua profissão, dedicar-se de forma total, conseguir sucesso e fama.
Poderá ter poder e dinheiro.
Mas, se não tiver alguém para amar e alguém que o ame, não se sentirá verdadeiramente realizado.
Ninguém vive sem amor. Amor de esposa, irmã, de uma mãe. O carinho de amigos. A ternura de alguém.
Um momento para amar. Uma criança. Um idoso.
Um momento para receber a gratidão, o carinho.
O amor é condimento indispensável à vida.
Redação do Momento Espírita com base em
depoimento da jornalista Ana Paula Padrão,
intitulado As escolhas da nossa vida.
Em 26.08.2008.
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