Dan Clark |
Toda escola promove, com certa regularidade, determinadas festividades, onde as crianças se apresentam.
São danças, pequenas peças teatrais, uma curta declamação, onde os pequenos homenageiam seus pais.
É uma forma da escola mostrar a eles como estão evoluindo seus pequenos, tanto quanto propiciar esse encontro família-escola-professores.
É comum as mães e pais se emocionarem, chorarem mesmo, ao verem aqueles toquinhos de gente dando o máximo de si, para se apresentarem bem.
E todos são aplaudidos, porque sempre tem um pai ou uma mãe que puxa o cordão das palmas.
São momentos especiais. Momentos que se gravam com câmeras de vídeo, câmeras fotográficas, celular mas, sobretudo, com o coração.
Foi com esse espírito que a mãe de Roberto, um adolescente de quinze anos, foi assistir à partida de futebol do campeonato do colégio.
O menino a convidou e ela levou várias de suas amigas consigo.
Ele estava muito entusiasmado porque era uma partida decisiva e, de toda a sua turma, era o único na equipe de futebol.
Aquela era a primeira vez que a mãe assistiria um jogo. Quando terminou, ela foi esperar o filho na porta do vestiário para levá-lo de carro para casa.
Ele veio sorridente, feliz com o resultado e logo a crivou de perguntas:
-Mãe, o que achou do jogo?Você viu os três gols sensacionais do nosso time? Viu a defesa?
Viu como, no segundo tempo, conseguimos recuperar a bola, depois de a termos deixado escapar? Que tal, hein, mãe?
-Roberto, você foi maravilhoso. Fiquei muito feliz com seu comportamento, durante o jogo.
Você levantou suas meias até o joelho onze vezes. Sei que você estava transpirando muito, porque tomou quatro bebidas energéticas e jogou água no rosto duas vezes.
Achei muito bom quando você saiu do seu lugar e foi dar tapinhas nas costas do número nove, do número cinco e do dezoito, quando eles foram substituídos.
-Mãe! Falou o adolescente. Espere aí: como é que você sabe disso tudo? Como você pode dizer que eu fui maravilhoso? Eu nem entrei em campo. Eu não joguei essa partida.
Ela sorriu e o abraçou:
-Meu filho, eu não entendo nada de futebol. Não vim aqui para ver o jogo. Vim aqui para ver você.
* * *
Dificilmente esse garoto haverá de se esquecer de uma tal declaração de amor.
Em algum dia de solidão, ele a deverá recordar, levando-o a se deliciar, outra vez, com o forte e generoso abraço recebido.
E é assim que são as mães. Elas vão ver o seu filho, que, naturalmente, estará ao lado de outros tantos.
Mas, mesmo que ele esteja entre uma multidão, os olhos dela o alcançarão.
Ela estará atenta a todos os detalhes, sabendo se ele está dando o máximo de si, se está cansado, quase esgotado, se está feliz...
Enfim, mães são essas criaturas especiais que ouvem nosso coração bater junto ao seu, meses e anos a fio.
E mesmo depois que crescemos, vamos para longe, formamos nosso próprio lar, temos nossos filhos, continuam a ouvir o nosso coração bater forte, descompassado, triste, feliz.
Por isso, ninguém se alarme se, no meio de uma noite de preocupações e insônia, o telefone tocar e ouvir do outro lado: Alô? Meu filho, tudo bem? Algum problema?
Porque as mães são assim: anjos de guarda sempre de plantão.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Ron, de
Dan Clark, do livro Histórias para aquecer o coração das mulheres,
de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne
e Marci Shimoff, ed. Sextante.
Em 2.7.2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário