domingo, 31 de janeiro de 2016

Boa Vontade

A importância da boa vontade nos feitos humanos é bastante difundida. É comum ouvir-se de alguém que tem vontade de fazer algo útil. Por exemplo, que se sente chamado a desempenhar alguma tarefa. A vontade é um precioso atributo do Espírito imortal. No princípio do processo evolutivo, o ser é grandemente guiado pelos instintos. De modo gradual, sua razão se desenvolve e ele passa a agir com liberdade. Dentre várias opções, elege a que lhe parece melhor. É então que a vontade se manifesta como um poderoso impulsionador do progresso. Ela se relaciona com o sentimento, com o querer, com os anseios do próprio coração. Ocorre que a boa vontade não é um processo mágico que torna tudo imediatamente possível. Não basta querer para realizar. Quem realmente tem boa vontade estuda e trabalha para adquirir condições de desempenhar bem a sua tarefa. Assim, a boa vontade é um fator imprescindível para o sucesso de um empreendimento. Se não houver uma vontade firme, um querer profundo, as dificuldades crescem de importância. À míngua de um ideal forte, o homem esmorece. Caso não se sinta valorizado, desiste. Se o resultado demora, acha que o esforço não compensa. Entretanto, quando ele realmente deseja algo, encontra forças para seguir em frente. Se a vontade é mesmo boa, firme e valiosa, então muito se torna possível. Não apenas pelo desejo ardente, mas pela disposição de fazer o que for possível e necessário. Convém ter essa realidade em mente quando se proclama a própria boa vontade. Se o desejo é se dignificar pela conduta correta, as tentações do mundo nunca são fortes demais. Quem tem o real propósito de se manter puro, gasta um tempo a estudar a própria realidade íntima. Não teme admitir suas fraquezas, como uma fase necessária para superá-las. Só porque cai algumas vezes, não desiste do propósito de elevar-se. Do mesmo modo, quem de fato deseja algo realizar de bom não mede esforços. De forma racional, procura tornar-se competente na tarefa eleita. Aproxima-se de quem já a desempenha bem e o auxilia. Não quer brilhar de imediato, em altos postos. Aceita de bom grado desempenhar papéis modestos, nos quais lentamente se habilita e aperfeiçoa. Não desiste enquanto não consegue seu intento. Bem se vê como a boa vontade é preciosa como recurso de aprimoramento. Contudo, ela não prescinde de esforço, de trabalho e de estudo. Ao contrário, quem realmente tem boa vontade aprende a fazer direito. Pense nisso.
Redação do Momento Espírita. Em 28.02.2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário