sexta-feira, 24 de julho de 2015

AO MEU AMIGO

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo.
Se não quiser chorar, não chore.
Se não conseguir chorar, não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria.
Se os amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente a sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, me defenda.
Se me quiserem fazer um santo só porque morri, mostre que eu tinha virtudes, mas estava longe de ser o santo que imaginam.
Se lhe disserem que cometi muitos erros, mostre que eu talvez tenha errado muitas vezes, mas que passei a vida inteira tentando acertar.
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:
“Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis por perto.”
Se então derramar uma lágrima, eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar.
Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você, creio que não vou estranhar o céu, pois ser seu amigo, já é um pedaço dele.
*  *  *
Valorizemos sempre os amigos que conquistamos durante a jornada terrestre. São eles que perfumam e suavizam nossos dias e preenchem nossa vida com as mais belas lembranças.
Alguns são como verdadeiros irmãos. Caminham ao nosso lado nos dando a certeza de que podemos buscá-los, a qualquer momento, porque sempre estarão prontos a nos amparar.
Ofereçamos também a nossa lealdade. Sejamos aquele que se preocupa verdadeiramente com o outro, que doa seu tempo, que oferta compreensão e acolhimento.
Por vezes guardamos a impressão de que os encontros com essas pessoas especiais são na verdade reencontros, que foram anteriormente combinados entre as almas para acontecer no momento certo, superando tempo e espaço.
Essa sensação ocorre quando acabamos de conhecer alguém e logo detectamos uma grande afinidade. Também uma intensa alegria em estar próximo.
Mas, é possível que nos decepcionemos com esses companheiros, em algum momento. É compreensível, pois somos todos falíveis. Nesses casos, procuremos não guardar rancor.
Recordemos que foi um amigo que acusou Jesus e que outro O negou. Alguns O abandonaram e atribuíram-Lhe a responsabilidade pelas dores que passaram a experimentar.
E, mesmo assim, Jesus não os censurou e nem os abandonou. Por amá-los em abundância, os buscou novamente e os conduziu de volta ao reino de Deus.
Por fim, não fiquemos tristes quando chegar a hora de nos despedirmos dessas pessoas queridas.
A despedida é necessária antes de podermos nos encontrar outra vez. E, nos encontrar de novo, depois de momentos ou de vidas, é certo para os que são amigos. 
Redação do Momento Espírita, com
texto inicial, de autoria desconhecida.
Em 19.6.2013

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