sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

A FORÇA DE UMA NAÇÃO

Em 9 de abril de 1940, 
a Alemanha ocupou a Dinamarca.
Diferentemente de outros países ocupados, a Dinamarca manteve relativa autonomia. 
O governo e o rei Christian X deixaram claro que não imporiam leis antijudaicas. 
No entanto, à medida que a guerra avançava e a resistência dinamarquesa crescia, a relação sofreu alterações. 
Em agosto de 1943, o governo dinamarquês renunciou após os alemães exigirem o fim da resistência. 
Foi imposta a lei marcial. 
No final de setembro de 1943, Georg Duckwitz, um diplomata alemão, alertou líderes dinamarqueses sobre o plano de deportação dos judeus, agendado para a noite de 1º de outubro, durante a celebração do ano novo judaico. 
Essa ação contra os judeus foi vista como um ataque a todos os dinamarqueses. 
A forte integração da população judaica e o nacionalismo romântico da Dinamarca contribuíram para uma resposta unificada contra essa perseguição. 
Os dinamarqueses se organizaram para esconder os judeus em suas casas, hospitais, igrejas e barcos de pesca. 
Graças a essa solidariedade nacional, diga-se, única registrada durante o holocausto, mais de sete mil judeus escaparam para a Suécia, que ofereceu asilo. 
A travessia de Copenhague para a Suécia foi feita em barcos de pesca, com a ajuda de pescadores que transportavam os refugiados. 
Graças a essa união nacional, foram capturados pelos nazistas somente cerca de quatrocentos judeus, que foram enviados para o campo de concentração. 
Essa ação é um exemplo notável de resistência civil em massa. 
Uma nação inteira se mobilizou em solidariedade para proteger sua população judaica. 
Esse ato heroico é um farol eterno da força da união e da solidariedade humana. 
Diante da máquina de extermínio nazista, o povo dinamarquês, do rei aos pescadores, recusou-se a ser cúmplice da barbárie. 
Essa operação notável demonstra que a verdadeira grandeza de uma nação reside na sua bússola moral, não no poderio militar. 
A união em torno do valor inegociável da vida e da dignidade humana transformou cidadãos comuns em heróis. 
Eles provaram que, quando a empatia prevalece sobre o medo e o povo se levanta em nome de um ideal maior, é possível confrontar o mal. 
O resgate dinamarquês é uma lição histórica: uma nação unida faz a diferença no mundo, salvando vidas e preservando a própria Humanidade. 
* * * 
Quanto temos a aprender com esse evento. 
Aprender a nos unirmos para banir da nossa nação o terrível inimigo que a apequena, a corrupção, esse câncer que devora os recursos públicos, desviando-os da saúde, educação e segurança. 
O resultado é um desmonte dos serviços essenciais, enquanto uma minoria enriquece ilicitamente. 
Sofremos duplamente: com a falta de serviços e com a certeza da impunidade, minando nossa fé na justiça e na democracia. 
Quando nos uniremos pela honestidade, pelos princípios éticos? 
Basta querermos, começando pelo correto proceder individual.
Afinal, uma nação somente será invencível, grande e livre quando todos os seus filhos se unirem em torno do bem comum. 
Redação do Momento Espírita, com base em registros históricos. 
Em 05.12.2025

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