DIVALDO PEREIRA FRANCO E JOANNA DE ÂNGELIS |
Prova evidente disso são as guerras no trânsito, que tantas e tantas vítimas têm feito no mundo inteiro.
São pais e mães de família que, sob a aparente proteção de um veículo, sentem-se invencíveis e fazem do automóvel um tanque de guerra.
Isso nos faz lembrar uma passagem narrada na Revista Seleções.
Um motorista desses que estão sempre apressados, dirigia seu carro agressivamente e insultava todos que estavam à sua frente.
Agia como se todos tivessem a obrigação de lhe ceder passagem.
Um sobrinho de 6 anos que estava no banco de trás, ouvindo o tio dizer a um que tirasse a carroça de sua frente, a outro perguntar se estava dormindo no volante, entre outros xingamentos, perguntou:
-Tio Bob, por que você permite que as pessoas trafeguem pela "sua" rua?
Tio Bob teve um choque.
Diminuiu a velocidade e começou a refletir no que acabara de ouvir da boca de uma criança, fruto da observação do seu comportamento.
Deu-se conta de que realmente estava agindo como se fosse o dono da rua. E o que era pior, ele era uma lição viva ao sobrinho que estava atento a todos os seus movimentos.
Daquele dia em diante, tio Bob adotou o propósito de nunca mais dirigir como se a rua lhe pertencesse.
* * *
Se nós somos daqueles motoristas nervosos, sempre irritados com tudo e com todos, aliviemos um pouco o pé do acelerador e reflitamos sobre a nossa postura.
Além do inconveniente de sermos um exemplo vivo de intolerância e incúria para os que nos observam, há o agravante de fomentarmos as guerras no trânsito.
Quantos motoristas que, por falta de prudência e paciência, jazem inermes nas rodovias, nas ruas ou calçadas. Ou fazem vítimas fatais, ou provocam sequelas irreversíveis em outras pessoas.
Já é tempo de refletirmos em torno dessas questões que a todos nos interessam.
É tempo de mudar o comportamento equivocado de declarar guerra aos demais motoristas que, como nós, necessitam enfrentar o trânsito cada vez mais disputado.
Se sabemos que o trânsito se faz lento em determinadas horas do dia, saiamos mais cedo.
Calculemos melhor o tempo que levaremos para nos deslocar de um lugar a outro.
E, ainda, lembremos que é melhor perder um minuto na vida do que a vida num minuto.
Antes de xingar alguém no trânsito, pensemos que talvez a pessoa mereça nossas melhores vibrações por ser alguém visitado pela dor, pela enfermidade. Ou quiçá seja alguém que esteja a caminho do hospital, levando consigo um enfermo grave, uma criança em pranto ou outra dificuldade qualquer.
Seja qual for a situação, jamais nos arrependeremos por mantermos a paciência e a tolerância no trânsito.
* * *
A ação precipitada, sem a necessária prudência, invariavelmente engendra desacertos e aflições sem nome, conduzindo o aturdido aos despenhadeiros do insucesso, em cuja rampa o remorso chega tardio.
Redação do Momento Espírita com base no verbete Pensamento e no verbete Precipitação, do livro
Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. Leal e em artigo publicado na revista Seleções Reader’s Digest, de nov/1993.
Em 25.02.2009.
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