quarta-feira, 27 de março de 2019

VOLTAR A NASCER

James Leininger e Anne Barron
Você acredita em reencarnação? 
Acredita que alguém que tenha morrido possa retornar a viver, em outro corpo? 
Acha que isso tudo é somente uma grande fantasia, excelente para enredo de filmes, matéria literária para encher páginas e mais páginas de revistas? 
Talvez algo sensacional para títulos de manchetes? 
Pois aquela senhora de oitenta e seis anos cultivava as saudades do seu irmão há mais de seis décadas, quando um casal entrou em contato com ela. A princípio, de forma muito prudente, como a sondar seus sentimentos e depois, revelando enfim, que o filho deles dizia ter sido irmão dela. Anne Barron lembrava de que no dia 3 de março de 1945, estava em sua sala de estar, fazendo a limpeza. Estava ansiosa porque toda a família iria se reunir em sua casa para aguardar, em breves dias, o retorno do irmão. Então, ela sentiu como se ele estivesse ali, ao lado dela. E falaram e falaram. Eram muito ligados. A reunião nunca aconteceu porque James foi dado como desaparecido em uma missão, como piloto. O dia em que desaparecera? 3 de março. Agora, um menino de cinco anos estava ao telefone, para falar com ela. Ele a chamou de Annie. Ela estremeceu. Somente seu irmão a chamava dessa forma. A conversa foi muito interessante. O garoto tinha conhecimento de muitas coisas da família. Referia-se ao pai e à mãe de ambos como um irmão faria. Ele se lembrava, com riqueza de detalhes, do alcoolismo do pai; de que uma outra irmã, de nome Ruth, tinha sido colunista social de um jornal da cidade. A quantidade de minúcias da família sobre as quais conversavam Anne e o novo James era impressionante. Outras ligações telefônicas se sucederam e, com o tempo, quaisquer dúvidas foram eliminadas da mente de Anne. Aquele era seu irmão, que voltara a viver, em outro corpo. Então, ela resolveu mandar para a cidade onde ele morava, um presente. Era um quadro que a mãe deles havia pintado do filho quando ele era criança. Quando o recebeu, a primeira pergunta do pequeno a Anne foi: 
-E onde está o quadro que ela pintou de você? 
Anne ficou sem fôlego. Apenas ela sabia que sua mãe pintara dois retratos: seu e de seu irmão. O retrato de Anne estava no sótão. Ninguém no mundo sabia disso. Ninguém, a não ser ela. A cada vez que com ele falava ao telefone, ela tinha mais certeza: aquele garoto era um Espírito familiar. Quando o ouvia, ela não podia deixar de reconhecer que era o Espírito do seu irmão, morto na guerra, que voltara. Quando se encontraram, pela primeira vez, face a face, ele a olhou atentamente. Quieto, ele a ficou examinando com o olhar, avaliando. Algo como se estivesse tentando encontrar o rosto da irmã de vinte e quatro anos na mulher de agora oitenta e seis. Ela envelhecera. Ele renascera. Não demorou muito e conversavam, de forma natural, com afetividade, identificando-se um com o outro. 
 * * * 
A reencarnação é lei natural e todos os Espíritos a ela se submetem, até alcançar a perfeição. Foi isso que Jesus ensinou ao falar a Nicodemos: 
-Em verdade, em verdade te digo: "ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo". 
Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 32 e 33 do livro A volta, de Bruce e Andréa Leininger com Ken Gross, ed. Bestseller. 
Em 27.3.2019.

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