quarta-feira, 6 de março de 2019

EM NOME DA VAIDADE

RAUL TEIXEIRA
Na antiga china os príncipes se casavam com meninas entre 12 e 13 anos. As jovens esposas eram praticamente crianças e seus ovários ainda não estavam amadurecidos para gerar filhos. Por essa razão, sacerdotes que praticavam acupuntura introduziam uma agulha de ouro no pavilhão da orelha para amadurecer as gônadas. O fato de as pequenas princesas aparecerem em público com aquele adereço na orelha despertou a vaidade das demais mulheres, que passaram a imitá-las, e o brinco virou moda. Vale ressaltar que, no início, a agulha era colocada por sacerdotes que conheciam os efeitos provocados por aquele objeto de metal no organismo das jovens esposas. Com o passar do tempo o uso de brincos foi se popularizando e hoje é usado de forma indiscriminada e nas mais variadas regiões do corpo. No entanto, esses objetos cruzam certas zonas de força e podem provocar distúrbios orgânicos dos mais variados. A perfuração com metais pode interromper ou acelerar o fluxo energético em determinadas regiões do corpo e provocar enfermidades graves. Por vezes, a pessoa coloca um ou vários brincos e passa a sentir sintomas que antes não sentia, sem se dar conta de que isso é resultado do uso, em região inadequada, desse objeto perfurante. Em nome da vaidade muita gente faz uso de produtos que ainda não foram bem testados pelos especialistas, e dos quais se desconhece os efeitos colaterais que podem provocar. É o caso do uso desmedido do silicone, apenas por vaidade, que pode causar danos à saúde da mulher que faz esses implantes sem nenhum critério. Há ainda os produtos químicos de variada ordem, que são usados para combater as marcas esculpidas no rosto, pela idade. É importante pensar a respeito dessas questões para saber se vale a pena estar na moda, mas doente. Estar esteticamente belo, mas oferecendo variados riscos à saúde. Exceto os casos em que há uma necessidade terapêutica ou uma correção estética pertinente, correr riscos dessa natureza é, no mínimo, falta de bom senso. Ademais, se você já decidiu colocar brincos, piercing ou outro adereço qualquer, isso é um direito seu. Mas pense na possibilidade de consultar um especialista no assunto, um acupunturista que saiba o ponto que não lhe trará riscos à saúde. Afinal de contas, se você julga importante estar em dia com a moda, considere que mais importante ainda, é estar em dia com a saúde, com a vida, enfim. Você sabia? Que foi um monge chinês que criou a moda da argola de ouro no lóbulo da orelha? É que certa feita os piratas salvaram do naufrágio vários monges e um deles, que cultivava a sabedoria da acupuntura, percebendo que um dos piratas tinha um problema de visão, colocou-lhe uma argola de ouro no lóbulo para curá-lo da enfermidade. Ao longo do tempo, outros piratas gostaram da ideia e a copiaram para si mesmos. E criou-se a moda da argola na orelha. Por conhecer as origens desses modismos, é que vale a pena refletir até que ponto os enfeites trazem benefícios ou nos prejudicam a saúde.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em palestra proferida por Raul Teixeira, em Natal-RN, no dia 31/05/03.

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