IVAN DE ALBUQUERQUE (ESPÍRITO) |
O número de acidentes de trânsito tem sido gritante. Mal desperta o dia e as notícias pululam, dando-nos ciência dos vários que já aconteceram.
No quadro de tanta tragédia, o que estarrece é que expressivo número deles tem vitimado a juventude.
A juventude que deixa para trás uma existência cheia de promessas de aprimoramento e de libertação positiva.
São muitas as lágrimas vertidas sobre os caixões desses corpos jovens. Lágrimas de pais em desconsolo, noivos em desespero, irmãos sem poder entender o drama.
Num primeiro momento, buscam-se respostas. Por que tão jovem? Por que tão bruscamente?
E elas quase sempre apontam o pensamento simplista de que tudo acontece porque está escrito.
Era o destino daquelas criaturas romper os vínculos da reencarnação dessa forma violenta.
No entanto, isso não é totalmente verdadeiro.
Porque há os que se acidentam por estarem embriagados. Outros, por perderem o controle graças à atuação de substâncias químicas.
Outros mais, por se deixarem empolgar pelo excesso de velocidade, desatentos às limitações do conjunto de engrenagens mecânicas que têm sob seu comando.
Vários se atiram em manobras arriscadas, em nome do espírito de aventura, ou por mero exibicionismo.
Como se vê, não está tudo escrito. O homem constrói o seu dia, utilizando o seu livre-arbítrio, a sua vontade.
Dessa forma, nos compete dirigir com prudência. Não transformarmos a nossa viagem de lazer ou de negócios, em uma tragédia de sombras.
Conduzir a moto ou o carro que o progresso terreno nos confiou, com cuidado.
Não tornarmos nosso veículo uma arma letal.
Em qualquer faixa de idade em que nos encontremos, evitemos promover acidentes pelas estradas.
Busquemos, no respeito às normas de trânsito, a garantia para a nossa tranquilidade íntima. Para que não soframos remorso no amanhã.
Recusemo-nos adotar comportamentos que ponham em risco a nossa vida e as dos que trafegam pelas mesmas vias.
Assim, se viermos a nos envolver em algum acidente, saberemos que não o provocamos.
E estaremos em paz porque não fomos instrumento de resgate alheio. Nem plantamos dores em nenhum coração.
Examinemos prudentemente os nossos impulsos, toda vez que nos encontremos dirigindo qualquer veículo.
Antes de assumirmos a direção, antes de transitarmos pelas ruas ou estradas, paremos um instante.
Dirijamos nosso pensamento ao Senhor da Vida. Entreguemo-nos a Ele com o vigor da nossa sinceridade.
Depois, sigamos confiantes para os nossos destinos.
Se nas rodovias encontrarmos acidentes, oremos pelos envolvidos.
Pelos que provocaram a tragédia. Pelos que foram vitimados. Pelos familiares que sofrem profundo choque emocional de demorada recuperação.
Se formos surpreendidos com a morte dos nossos amores, não reclamemos de Deus.
Não nos desesperemos. Busquemos a prece uma vez mais e adquiramos serenidade na aceitação.
Nada que façamos ou digamos os fará retornar ao corpo físico que acabaram de abandonar.
No entanto, poderemos nos encontrar com eles toda vez que sonharmos, que pensarmos neles ou que a Deus entregarmos o nosso coração em preces.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.
Acidentes automobilísticos, do livro Caminhos para o amor e a paz,
pelo Espírito Ivan de Albuquerque, psicografia de Raul Teixeira,
ed. FRÁTER.
Em 1º.3.2019.
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