Fez-se humano, Ele que é luz estelar, para que pudesse entre nós trafegar e cantar o Seu verbo de luz.
Fez-se simples, Ele que conhece e compreende toda a complexa e grandiosa estrutura do Universo e as Leis do Criador.
Exemplificou a humildade, mesmo tendo em Suas mãos o destino de todo o planeta.
Quando tantos esperavam o conquistador, Ele veio ser servo de todos, amparando as mazelas humanas, curando as feridas da alma, sustentando as necessidades do Espírito.
Quando muitos queriam o Messias Rei, Ele se fez operário, filho de carpinteiro, vindo de um vilarejo simples, quase desconhecido, para que Seu verbo de luz conquistasse os corações.
Quando outros anelavam pelas conquistas terrenas, pelos tesouros que brilham aos olhos, Ele apontava para as riquezas da alma.
Quando muitos elegiam a beleza, a fama, as ilusões do mundo, Ele estava com os coxos, leprosos, cegos e estropiados, do corpo e da alma, mostrando a transitoriedade da vida física.
Quando tantos se perdiam em tradições e regras vazias, Ele dava novo significado às coisas e aos atos, ensinando que o exterior nada significa se não reflete o mundo interior, esse sim, de grande importância.
Trafegava entre poderosos, ricos e intelectuais, mas também entre os simples, os analfabetos e os pobres, pois via a todos como almas em evolução, Seus irmãos, filhos de Deus.
Se tantos elegiam as armas, a guerra e a morte como ferramentas de conquista e usurpação, Ele veio conquistar o mundo, sem nada usurpar, falando e vivenciando o amor, na sua mais alta expressão.
Se à época foi incompreendido, preterido ou ignorado por muitos, não foram poucos aqueles que se deixaram tocar pela Sua presença, e nunca mais voltaram a ser os mesmos.
Naqueles dias, grassava a violência, a barbárie e as injustiças. Não muito diferente dos dias de hoje.
Naqueles dias, o poder, o dinheiro e as glórias externas eram o desejo e ambição dos homens. Tal e qual nos dias que hoje transcorrem.
Se a tecnologia, filha do intelecto, transformou o mundo, nós ainda continuamos praticamente os mesmos.
O amor, filho do coração, ainda aguarda espaço para surgir em nós e nos transformar intimamente, para que o mundo então se transforme efetivamente.
Somos todos nós ainda, os cansados e aflitos que Ele aguarda, pacientemente, para nos amparar.
Somos ainda os estropiados, não do corpo, mas da alma, necessitados dEle para a nossa cura definitiva.
Somos aqueles, de alma sofrida, pelas opções infelizes que fizemos, agora sedentos da Sua paz.
E ainda hoje Ele nos aguarda, para que, cansados das ilusões da vida, possamos tê-lO efetivamente, como o Caminho, a Verdade e a Vida.
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Jesus Cristo é sempre a melhor resposta para todas as nossas necessidades, anseios e carências.
Como há mais de dois mil anos, Ele prossegue como o pastor fiel, o jardineiro das almas, nosso Mestre e Senhor.
Não nos percamos nos labirintos do mundo, entre a incerteza e a solidão. Entreguemos nossas vidas ao amor não amado e sintamos os benefícios da Sua presença em nós.
Façamos isso.
Redação do Momento Espírita.
Em 29.12.2012.