Como o próprio nome sugere, autoestima diz respeito a essa autoavaliação, ao juízo que fazemos de nós mesmos e se, como resultado disso, sentimo-nos bem ou não conosco mesmos.
A autoestima envolve o auto-respeito, a autoconfiança, a certeza do próprio valor, o bem-querer a si mesmo.
Normalmente, ouvimos os termos baixa autoestima e autoestima elevada, simbolizando os dois extremos bastante comuns.
A baixa autoestima é produto do Eu não valho nada; Não sou ninguém; Pior do que eu, só eu; num processo de desvalorização sistemática em grande parte das situações da vida.
São vítimas constantes, que não conseguem enxergar seu valor, que se desmerecem em toda e qualquer situação. Depreciam-se sempre que têm oportunidade.
Não toleram sua imagem no espelho, sua voz, sua fotografia. Nunca estão satisfeitas com seu corpo. Então, se escondem ou criam mecanismos de mascarar o que acreditam ser horrível mostrar.
Nas relações amorosas frustram-se facilmente, pois não se acham merecedoras do amor do outro e acabam por auto-boicotarem-se ou mesmo sabotarem qualquer relacionamento que pareça saudável.
A segunda, a autoestima elevada, fruto do Eu sou o máximo; Melhor do que eu, só eu! Um orgulho exacerbado, uma superioridade agressiva e que chega a extremos de provocar irritação nos outros.
Aparentam se amarem muito, porém, tudo fica nas aparências, pois querem mais parecer do que ser. Usam demais a palavra eu.
-Eu fiz, eu sei, eu fui.
Falam de si, ouvem pouco.
Chegam a dizer ou pensar, muitas vezes:
-Eu não preciso de ninguém. Eu me basto.
Ambos os casos mostram claramente visões distorcidas da realidade. Os primeiros estão enfermos. E os segundos, também.
Qual o caminho, então, para se construir uma boa autoestima?
Primeiro, o autoconhecimento. Se em ambos os casos nos deparamos com visões falsas, deformadas do eu, é fundamental que tomemos consciência de quem realmente somos, e ainda, de como estamos atualmente em nossa caminhada evolutiva.
Tomemos consciência de nossa realidade, sem máscaras, sem distorções, sem reduções ou amplificações. Não sejamos cruéis nesta autoavaliação nem permissivos. Nenhum dos extremos nos serve.
Depois de conhecer um pouco melhor nosso real estado, passamos para o segundo estágio: a aceitação.
Precisamos nos aceitar como somos, ou melhor, como estamos, pois somos obra em movimento, em construção. Aceitemo-nos com nossas sombras, com nossas falhas, e não deixemos de perceber o quanto de luz emitimos.
Se em algum momento a autoavaliação está nos fazendo enxergar apenas sombras ou, no outro extremo, não vê-las, voltemos ao início e recomecemos o processo, pois a visão ainda está distorcida.
Somos uma coleção de conquistas, de histórias, de vitórias. As derrotas serviram para nos fazer aprender, nos deixar mais fortes e melhor vencer. Nunca nos deixemos medir apenas pelo que nos falta conseguir.
Uma boa autoestima determina tudo em nossa vida: desde a disposição para acordar todo dia, passando pelo tipo de relação que construímos com os outros, que tipo de pessoas atraímos para nosso convívio, até a saúde de nosso corpo físico ao longo da existência terrestre.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 16.11.2017.
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