domingo, 25 de setembro de 2016

CONHECENDO-SE

Quais são suas maiores preocupações nos dias de hoje? Talvez a essa pergunta você responda que é a educação dos filhos. Outros poderão afirmar ser a violência na sociedade. Haverá, ainda, quem responda ser a manutenção do emprego. É verdade que os desafios da vida e seus naturais compromissos nos empurram para um mar de preocupações com as coisas do mundo. Nenhuma dessas preocupações se mostram fúteis ou não deveriam demandar nosso tempo e energia. As responsabilidades da vida são impositivos que nos propelem ao progresso, ao aprendizado, a novas conquistas intelectuais e morais. Porém, hoje você diria que uma de suas maiores preocupações é a de se autoconhecer? Saber o que habita no país das suas emoções é algo que a você preocupa? Com tantos afazeres e demandas do mundo externo, muitas vezes, delegamos pouco tempo para as coisas do mundo interno. Como se não fosse importante ou não refletisse intensamente em nosso cotidiano, relegamos os interesses do nosso mundo íntimo para o campo do esquecimento. E a alma se ressente, pois que as emoções não são avaliadas, analisadas. Elas repercutem de maneira indiscriminada em nossa intimidade. E, não é por acaso que as doenças da alma surgem tão frequentemente entre nós. Não que elas se gerem espontânea e rapidamente. Quando a alma adoece, é resultado de um processo adiantado de esquecimento e abandono das próprias emoções. Como consequência, surgem as síndromes, fobias, depressões, trazendo à tona as doenças que iniciaram, que existiam na intimidade da alma e nunca receberam a devida atenção. Desta forma, para evitar tais situações, tenhamos sempre um tempo para nós mesmos. Um tempo para analisar nossas atitudes, nosso comportamento, nossas ações e, mais detidamente, nossas reações. Experimentemos, ao final de um dia, antes do merecido repouso, fazer uma breve análise do que ocorreu conosco, no dia que se conclui. Perguntemo-nos se alguém teria alguma queixa contra nós, se agimos injustamente com alguém, se praticamos alguma ação inadequada. As nossas respostas, frente a essa análise, serão o fio condutor para o mergulho oportuno e necessário no país de nossas emoções, no campo dos nossos sentimentos. Então nos poderemos avaliar, entendermo-nos um tanto mais e, aos poucos, nos autoconhecermos. O passo seguinte, será o esforço do corrigir, do não repetir o erro, de não tombar nas mesmas dificuldades emocionais. Esta será a melhor maneira de cuidarmos do nosso mundo íntimo, evitando episódios mais graves e intensos. A nossa melhoria se dará sempre a partir do momento que iniciarmos a viagem inevitável para nossa intimidade, que nos conhecermos, conquistando-nos aos poucos. Assim, caminharemos de maneira mais tranquila para a busca da paz e tranquilidade íntimas, evitando dificuldades maiores com as questões da alma. 
Redação do Momento Espírita. Em 02.12.2010.

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