Maria da Graça C. Mendonça |
Quantos passamos a vida inteira colocando a nossa felicidade nas mãos, ou nos ombros dos outros.
Quantos deixamos de viver a vida com a intensidade que ela nos pede, por declinarmos de nós mesmos.
Quantos nos apresentamos tristes por acharmos que os demais não nos deixam viver com a alegria que dizemos desejar.
Não paramos para refletir que nossa vida é de nossa responsabilidade.
Não nos dispomos a construir em nós aquilo que desejamos.
Não nos conhecemos devidamente, ou não nos enxergamos com as possibilidades que temos introjetadas em nosso ser.
Esquecemos ou ignoramos que somos senhores de nossos destinos.
Esquecemos ou ignoramos que trazemos em nós as sementes de todos os valores que necessitamos desenvolver, para sermos felizes.
Não confiamos nas palavras do Mestre Jesus, quando declarou que somos filhos de Deus.
Não valorizamos as afirmações do Mestre de que somos luz.
Temos adormecido em nosso íntimo o germe de todas as virtudes, e só depende de nós permitirmos que desabroche.
* * *
Quando alguém perguntou à Manoela se seu marido a fazia feliz, ela respondeu de forma negativa.
O marido, presente, corou e desejou sumir da presença dos demais.
Mas, logo, ela completou sua resposta, dizendo que fazia questão que sua felicidade não pesasse a ninguém.
Que ela era dona dessa possibilidade, e que somente ela poderia se fazer feliz ou infeliz.
Todos ficaram na expectativa do prosseguimento das ideias.
Tranquilamente, ela explicou que a decisão de ser ou não ser feliz, cabe a cada um de nós.
Posso ser feliz, dizia, mesmo não aceitando, de forma plena, as ideias de meu marido, meu patrão ou meu filho. Mesmo que eles contrariem a minha vontade.
Se minha felicidade dependesse dos outros, eu teria sérios problemas, porque tudo muda: as pessoas, o clima, o chefe, a saúde...
Por isso assumi a atitude de não depender do humor ou da boa vontade dos demais, para me sentir feliz.
Felicidade é uma construção que fazemos de dentro para fora.
Se desejo ser feliz, devo começar me sentindo feliz interiormente, comigo mesma.
Daí a decisão de jamais colocar a minha felicidade em ombros alheios.
* * *
Como é importante buscarmos raciocinar sobre as realidades e necessidades de nossa vida.
Somos seres individuais e, portanto, não nascemos associados a ninguém.
Mesmo quando gêmeos idênticos, podemos aparentar similitudes no corpo físico, mas somos Espíritos únicos.
Cada um de nós caminha sob as injunções de seu livre-arbítrio, o que determina escolhas, caminhos, disposições próprias.
Somos os construtores de nossa felicidade ou infelicidade, dependendo das escolhas que fazemos a cada segundo.
Por isso: sejamos felizes, mesmo que faça calor, mesmo que estejamos doentes, mesmo que não tenhamos dinheiro, mesmo que alguém tenha nos machucado, mesmo que alguém não nos ame, ou não nos dê valor.
Ser feliz só depende de nós, de cada um de nós.
Redação do Momento Espírita, com base no texto
Ser feliz, de Maria da Graça C. Mendonça.
Em 5.9.2015.
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