O amor dos pais pelos filhos costuma causar admiração.
Nenhuma dedicação lhes parece excessiva, quando se trata de assegurar o bem-estar de seus rebentos.
As figuras doces das crianças são observadas com enternecimento pelos genitores.
Eles os percebem como pérolas de luz, como penhor de um futuro melhor.
São uma nova e promissora geração, em cujas mãos o mundo pode se tornar mais digno e justo.
Mas por um tempo são apenas aves frágeis.
Clamam por asilo no peito dos pais, que os acolhem carinhosamente.
Para garantir a sobrevivência dos pequeninos, seus genitores trabalham incansavelmente.
Quando a enfermidade aparece, atravessam noites de dolorosa vigília, sem esmorecer.
A fragilidade dos que iniciam a existência é marcante.
É preciso assegurar-lhes absolutamente tudo.
Alimento, agasalho, escola, educação...
Essa formidável responsabilidade gera incontáveis inquietações.
Entretanto, mais tarde, os pais não se lembram de cobrar impostos de reconhecimento.
Também não aguardam que os filhos se convertam em fantoches de seus caprichos.
Tudo o que almejam é que se tornem adultos honrados e felizes.
Contudo, algumas dessas crianças rosadas e risonhas mais tarde caem sob terríveis enganos.
Deixam-se seduzir pelas tentações do mundo e esquecem as lições que receberam no lar.
Para os outros, então, são apenas criminosos ou pervertidos.
Mas para os pais eles seguem como preciosos tesouros.
Os genitores sabem esquecer as rugas de dor que as quedas dos filhos lhes causam.
Desejam mais do que tudo que seus rebentos se reergam e reparem os estragos que causaram.
Que surjam novamente dignos perante o mundo e reconstruam sua felicidade em bases nobres.
Talvez alguns considerem demasiada tal dedicação.
Para esses, eles têm apenas uma resposta, mesclada de alegria e de pranto:
Ora, são os meus filhos!
O amor dos pais pelos filhos realmente costuma causar admiração.
Embora sejam criaturas imperfeitas, trabalham pelo bem dos filhos e jamais aceitam que permaneçam derrotados e sofredores.
Imagine-se, então, a grandiosidade do Amor Divino!
Deus não apenas gera corpos.
Ele cria os Espíritos e acompanha com ternura inimaginável a sua lenta e milenar evolução.
O Universo é o maravilhoso lar divino, onde os filhos do Autor da Criação têm as experiências de que necessitam.
Amparados, fortalecidos, corrigidos, sobretudo amados, seguem em direção ao seu destino de luz.
Nesse grandioso contexto, facilmente se percebe que as dificuldades são percalços momentâneos.
Afinal, foi por amor que Deus nos criou e é com amor que nos conduz à sabedoria e à paz!
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. LXIII
do livro Justiça Divina, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 07.07.2009.
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