segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

AJUDA E SOCORRO

Certa feita, o Doutor Júlio David, nobre facultativo baiano, pediu a um motorista que o levasse urgente para atender a um paciente em determinado bairro da cidade. O motorista lhe respondeu que não podia, que iria se deitar, pois já era tarde. O médico insistiu, dizendo que precisava atender a um chamado urgente... O motorista respondeu insatisfeito: Estou cansado! Vire-se por aí. O que não falta são veículos... O doutor insistiu um tanto mais. Mas é tarde. Estamos perdendo tempo enquanto uma vida se vai diluindo. Seja rápido, leve-me por favor... Irritado, o motorista arrancou o carro e saiu resmungando: Ora essa. Era só o que me faltava aparecer. Não levo ninguém. Vou é dormir. Chegando à casa, que estava em alaridos e expectativas, o motorista mal-humorado defrontou com o filhinho de 5 anos em lamentável convulsão, semiasfixiado. Sem saber o que fazer, propôs colocá-lo no veículo para conduzi-lo ao Pronto Socorro, quando outro carro estacionou à porta e um médico saltou apressado. O médico examinou o caso e identificou o grande mal asmático. Aplicou imediatamente uma adrenalina no pequeno, ensejando reação orgânica que lhe permitia conduzir o paciente ao hospital com possibilidades de salvação. O motorista olhou o venerável senhor e baixou os olhos, envergonhado. Era o médico que ele se negara a trazer há pouco. O paciente a quem o médico precisava atender, com urgência, era seu próprio filho. Tantas vezes nos negamos a atender a um pedido que nos é feito porque achamos que não tem nada a ver conosco. Esquecemos a recomendação de Jesus de fazermos aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem. Diz-nos o bom senso que devemos fazer o bem sem olhar a quem, e para o praticarmos uma única condição é necessária: a de que alguém precise do nosso auxílio. Não importa quem seja, que religião professe, a que nível social pertença. Nada disso importa se levarmos em conta que somos todos filhos do mesmo Pai, do Criador do Universo que a todos nos colocou no mundo para que nos ajudemos mutuamente. Costumamos dizer com frequência: Que Deus te ajude! E temos também que nos perguntar: Como é que Deus vai ajudar as pessoas, senão através das próprias pessoas? É importante que pensemos nisso. Deus conta conosco, e cada vez que alguém precisar de ajuda, nos questionemos: E se fosse um ente muito caro ao meu coração? Como é que eu gostaria que o tratassem? Agindo assim, jamais nos arrependeremos e certamente estaremos construindo um mundo bem melhor para todos nós. 
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Controla a má vontade e vence as qualidades inferiores. O que negas a alguém te fará falta, agora ou depois. Reflexiona, portanto, vigilante, antes de reagir. 
Redação do Momento Espírita Em 18.05.2009.
http://momento.com.br

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