quarta-feira, 5 de novembro de 2025

AS ORAÇÕES SEMPRE OUVIDAS

Às margens do momento inesquecível em que Jesus proferiria pela primeira vez a oração do Pai nosso, Pedro manteve oportuna conversação com o Mestre acerca da comunhão com Deus. 
A primeira questão que incomodava o discípulo era se Deus realmente ouvia todas as orações. 
Jesus lhe respondeu: 
-Como não, Pedro? 
Desde que o homem começou a raciocinar, observou que, acima de seus poderes reduzidos, havia um poder ilimitado, que lhe criara o ambiente da vida. 
Todas as criaturas nascem com tendência para o mais alto e experimentam a necessidade de comungar com esse plano elevado, donde o Pai nos acompanha com o Seu amor, todo justiça e sabedoria, onde as preces dos homens O procuram sob nomes diversos. 
-Simão, você acredita que, em todos os séculos da vida humana, as almas recorreriam, incessantemente, a uma porta silenciosa e inflexível, se nenhum resultado obtivessem? Não tenha dúvida: todas as nossas orações são ouvidas! 
***
Em Sua resposta a Pedro, Jesus provoca uma autoanálise.
Faz-nos buscar uma tendência inata que todos temos, que vem conosco, independentemente da crença, da educação e da cultura na qual estamos mergulhados. 
Obviamente, essa essência será influenciada por diversos fatores, ao longo da nossa existência. 
Poderá ser até abafada a ponto de alcançar a negação da existência do próprio Criador. 
Quando o nosso caldo de cultura e educação se soma a traumas do Espírito imortal, podemos romper com a ideia de Deus.
Isso não faz com que Ele deixe de existir. 
Apenas bloqueia-nos, parcialmente, o acesso a parte importante de nós mesmos. 
Jesus nos estimula a buscar nossa própria essência, o que nos conecta naturalmente ao Pai, como sempre nos conectou.
Sempre tivemos essa tendência de perceber que, acima de nós, havia forças superiores. 
A necessidade de comungar, de nos relacionarmos com Essa Força, com Essa Inteligência Superior, é decorrência natural.
Muitos o fazemos sem perceber, às vezes no contato com a natureza, sentindo o vento no rosto, emocionando-nos com o sol nos tocar, numa bela manhã. 
Outros o fazemos no contato com o amor dos filhos, na emoção de sermos pais e nos darmos conta da grandeza de sermos cocriadores. 
Outros o fazemos nas ações do bem. 
Contudo, há um método infalível para essa conexão com o Criador. 
Aprendemos a chamar de oração. 
Uma conversa direta, um momento em que podemos segredar íntimas aspirações, anelos, esperanças, dúvidas e amargores.
Sem necessidade de rituais exteriores, sem palavras específicas, sem local ou horário determinados. Jesus é nosso modelo. 
Deve ser imitado em tudo. 
Ele se utilizou desse recurso inúmeras vezes. 
E para nos guiar, deixou uma prece referência, ensinando-nos a orar, garantindo-nos que toda oração verdadeira, feita com o coração, seria ouvida. 
Lembremos disso. 
Somos ouvidos pelo Pai. 
Habituemo-nos então, a buscá-lO, a segredar-Lhe nossas necessidades, nossas dores e nossas alegrias, todo dia, a cada dia. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 18, do livro Boa Nova, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB. 
Em 05.11.2025

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