quarta-feira, 30 de julho de 2025

NOSSA HISTÓRIA

Todos estamos escrevendo, dia após dia, a narrativa da nossa existência. 
Mesmo que não percebamos, deixamos registros no coração de cada um que encontramos ao longo da nossa jornada.
Cada escolha que fazemos é uma frase que escrevemos.
Cada atitude, uma linha. 
E o tempo vai costurando tudo, preenchendo páginas, formando capítulos. 
Capítulos felizes, de comemorações, de conquistas, de encontros e reencontros. 
Episódios de tragédias, de dores, de desconforto.
Importante que nos demos conta de que devemos ser protagonistas da nossa história, jamais meros figurantes.
Deus, com infinita sabedoria, nos concedeu o livre-arbítrio, esse poder de decidir, de mudar, de recomeçar, de fazer as melhores escolhas. 
Isso significa que não podemos ficar paralisados no passado, pensando nos capítulos já escritos e impressos. 
O que importa é o que decidirmos registrar nas páginas que ainda nos faltam redigir. 
O Mestre Jesus asseverou que somos reconhecidos pelos frutos. 
Exatamente como a árvore que não é julgada por sua aparência, mas pelos frutos que oferece ao mundo. 
Dessa maneira, não somos o que dizemos ser, mas o que apresentamos de bondade, de solidariedade e fraternidade por onde passamos. 
Narra um idoso, em fase terminal, que recebeu por semanas a visita de um vizinho. 
Ele era jovem e lhe trazia pão, flores, conforto, um sorriso, uma conversa amiga. 
Certo dia, confidenciou o jovem: 
-Penso que o senhor não se recorda. Porém, eu trago muito viva a lembrança em minha mente. Quando minha mãe ficou viúva, o senhor nos ajudou. Ofereceu-nos, por muito tempo, alimento, conforto e dignidade. Então, amigo, eu somente estou devolvendo. 
O enfermo sorriu, com os olhos marejados, e respondeu:
-Então, valeu a pena ter vivido. 
Esse homem gravara uma linda história no coração de um menino. 
Uma história feita de apoio e doação. 
Nada de grandes discursos ou palavras vazias. 
Como essa gravação ficara registrada com a tinta indelével da gratidão, soube ele, ainda nesta vida, quanto bem promovera, sem alarde. 
Pensemos, então, que capítulos estamos grafando nas entrelinhas da nossa jornada. 
O que nossos filhos, nossos amigos, nossos vizinhos poderão ler e contar a nosso respeito.
Se, por acaso, o resultado do que estamos produzindo não nos agradar, sirvamo-nos do tempo de que dispomos, ainda agora, para realizar a mudança. 
Alteremos o enredo do livro. 
Reescrevamos parágrafos, capítulos, quiçá elaboremos uma conclusão especial. 
Tudo recheado de compaixão, perdão, presença, carinho e atenção. 
O tempo presente é o cenário ideal para começar. Ou recomeçar. 
Tudo para que nos sintamos felizes, desde agora, pelas narrativas grafadas com a paixão de quem toma o lápis da vida com vontade de vivê-la, intensamente. 
Tudo para que, quando formos convidados a partir, possamos deixar sobre a mesa de cabeceira, um livro de páginas brilhantes. 
Um livro que amigos encontrarão, descobrindo como fomos um agente do bem. 
E recordem quanto influenciamos positivamente as suas vidas. 
Pensemos nisso. 
Redação do Momento Espírita
Em 30.07.2025

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