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ANDREIA FUENTES e ANITA ALVAREZ |
A treinadora da equipe e medalhista olímpica, Andreia Fuentes, percebeu que Anita estava há muito tempo debaixo d’água.
Sem pensar duas vezes, simplesmente se atirou na piscina, completamente vestida.
Andreia Fuentes foi até o fundo e puxou sua atleta para a superfície.
Anita estava inconsciente, sem forças para se mover ou esboçar qualquer reação.
Graças à rápida ação da treinadora, pôde receber os primeiros socorros e conseguiu sobreviver.
As câmeras captaram a eficiente ação de Andreia Fuentes, atenta, conhecedora de sua atleta, agindo na hora certa.
Se ela não tivesse notado rapidamente, se não tivesse sido ágil, Anita certamente teria se afogado.
Isso nos faz pensar sobre os dias atuais.
Se ficarmos tempo demais submersos na piscina dos nossos problemas, quem são as pessoas que irão perceber?
Quem estará ali, olhando atentamente, e notará que não temos mais forças e mergulhará sem hesitar?
Quem nos puxará de volta em momentos como esse?
E será que alguém pode contar conosco para fazer o mesmo?
Será que somos, muitas vezes, essa treinadora atenta que pula na água sem titubear?
Será que há pessoas que contam com isso: com nossa ação ágil, eficiente?
Num mundo tão individualista, vejamos como é importante a existência de pessoas do quilate da treinadora.
Criaturas que não questionam antes, não ficam na beira da piscina pensando se pulam ou não.
Ou perguntando para saber como está a pessoa.
Dar esse salto e mergulhar é acolher o outro, ir ao encontro das necessidades urgentes que, por vezes, podem ser apenas um abraço, ou um simples eu estou aqui.
O pulo no fundo da piscina é muito significativo, pois ele é exatamente isso.
Lá, embaixo d’água, a treinadora não disse nada.
Ela abraçou e trouxe a atleta para cima.
Quase sempre só precisamos fazer isso.
Estarmos disponíveis para o outro.
Doarmos um ombro, alguns minutos de escuta.
Curioso é que vez ou outra todos nós podemos submergir, ter nossos momentos de fragilidade.
E sabemos da importância de ter alguém para nos salvar.
Será que alguém pode contar conosco?
Caso sim, já dissemos isso?
Deixamos claro que estamos a postos para ajudar?
Observando as estatísticas das doenças mentais no mundo, contabilizamos os números crescentes de suicídios, e vemos quantos de nós permanecemos submersos por tempo demais.
São números alarmantes.
Mas não são apenas números, são pessoas, iguais a cada um de nós, com histórias, família, ideais, planos, que simplesmente adoecem.
Precisamos nos amparar diariamente, estar atentos, participantes na vida um do outro.
Não hesitar em pedir ajuda e não hesitar em mergulhar para ajudar.
Confiemos em nossa intuição.
A Providência Divina utiliza nossa sensibilidade para sermos agentes do bem na face da Terra quando estamos atentos, quando nos propomos a amar.
Confiemos em Deus.
Confiemos em nós.
Redação do Momento Espírita
Em 1º.05.2025
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