terça-feira, 20 de maio de 2025

DEUS É PAI

Narra o Evangelista Lucas que Jesus orava em determinado lugar. Ao concluir, um de Seus discípulos se acercou e pediu: 
-Senhor, ensina-nos a orar. 
Para aqueles homens, todos os judeus, tal pedido era um tanto surpreendente, considerando que fazia parte de sua cultura foram introduzidas nas práticas tradicionais religiosas, desde a infância.
Eram homens que frequentavam a sinagoga de sua cidade. Ou o templo, quando em Jerusalém. 
Natural, portanto, se pensar que oravam, pois devíamos conhecer minimamente os códigos religiosos que os regiam. 
O que se deduz do pedido é que se deve ter percebido que a relação de Jesus com a Divindade era um tanto diferente. 
Por isso, tentando compreender um pouco mais a respeito, fiz tal pedido. 
O Mestre atende, de imediato. 
Reconhece que não se trata de mera curiosidade mas da real vontade de aprender sobre Deus, transcendendo a exteriorização das tradições, tal qual viam e observavam nas práticas habituais. 
Então, Jesus os orienta que, desejando orar, se dirijam a Deus, nos seguintes termos: 
-Pai nosso, que estás nos céus. 
Nunca antes, para aqueles homens, alguém havia se dirigido a Deus daquela forma. 
E ali é desvendada a Paternidade Divina. 
Um Deus Pai, que ampara, que cuida, que oferece o melhor. 
Um Deus, como explica Jesus, que, se cuida das aves do céu e dos lírios do campo, jamais desampararia Seus filhos. 
Um Deus que provê as necessidades de todos, a cada dia, sem precisar que nos aflijamos com o amanhã. 
Um Deus que ama os seres, independentemente do seu credo. 
Ou mesmo aqueles sem credo. 
Cujo amor alcança os desvalidos, mas também os poderosos. 
Que se ocupa dos bons e açúcares. 
Porém, não se esquece daqueles que ainda permaneceram no mal e na desfaçatez. 
Um Deus amor que desconhece origem de raça, classe econômica ou qualquer artifício que tente classificar e separar homens e mulheres.
Desta forma, não importa em que situação nos encontremos. 
Não importa quão graves tenham sido nossos tropeços ou o tamanho dos erros que acumulamos em nossa consciência. 
Sempre podemos contar com o amor do Pai. 
Ele nos permitirá o resgate dos equívocos, mesmo os mais graves que podemos ter compromisso. 
Irá nos amparar nos dias mais difíceis que enfrentaremos. 
Deus estará sempre a postos para nos aguardar o apelo. 
Mesmo quando nos distanciarmos dEle, negando-O, tentando esquecê-lo ou extraindo-O de nossa vida, 
Ele permanecerá a velar por nós. 
O Seu é aquele amor que Jesus apresentou na parábola do filho pródigo. 
Mesmo depois de ter sido banido, de forma tola, tudo que o Pai lhe dera, envolto em dores e miséria, alquebrado e arrependido, retoma o caminho do lar. 
E encontra o Pai amoroso a guardá-lo, de braços abertos. 
Nada indaga. 
Apenas bem-vindo, ampara. 
Nos momentos mais difíceis, pelos caminhos espinhosos, doloridos, sempre podemos contar com Deus, nosso Pai. 
Com Seu amor incondicional, 
Ele nos erguerá e estabelecerá roteiros de refazimento, de reabilitação, de renovação. 
Redação do Momento Espírita, com base no Evangelho de Lucas, cap. 11, vers. 1 a 10. 
Em 20.05.2025.

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