Conta-se que, certa vez, um jovem político assumiu o governo de um distrito que até a gestão anterior havia sido muito próspero.
Mas, desde que ele assumiu, os negócios não iam bem.
Confuso, o rapaz procurou um grande mestre da região para que o ajudasse a resolver o problema.
Ao encontrá-lo, explicou-lhe a situação e esperou a resposta do mestre. Mas ele não disse nada.
Deu um pequeno sorriso e com um gesto o convidou a acompanhá-lo.
Caminharam até chegar à beira de um rio muito largo.
Depois de meditar olhando as águas, o mestre preparou uma fogueira e fez com que o moço se sentasse ao seu lado.
Ambos ficaram ali por longas horas observando o fogo enquanto as labaredas crepitavam.
Quando as chamas já não dançavam mais, o mestre apontou para o rio e falou:
-Agora você entende porque é incapaz de fazer como seu antecessor fez para sustentar a grandeza do seu distrito?
O rapaz respondeu:
-Desculpe, mestre, mas não compreendi.
O ancião, então, falou:
-Reflita, meu jovem, sobre a natureza do fogo que queimava à nossa frente.
Era forte e poderoso. Nenhuma grande árvore ou animal poderia igualar-se em força. Com facilidade, poderia ter conquistado tudo ao seu redor.
Em contrapartida, observe o rio. Começou como um pequeno filete nas montanhas distantes. Às vezes rola macio, às vezes rápido, mas não se detém, tomando as terras baixas como seu curso.
Contorna qualquer obstáculo e abraça qualquer fenda. A água quase não pode ser ouvida. Quando a tocamos, percebemos que ela dificilmente pode ser sentida, tão gentil é sua natureza.
E, no final, o que sobrou daquilo que foi o fogo poderoso? Somente um punhado de cinzas.
Por ser tão forte, ele destrói tudo a sua volta, mas também se torna vítima, consumindo sua própria força.
O rio, não. Ele é calmo e quieto. Assim, ele vai rolando, crescendo, ramificando-se, tornando-se mais poderoso a cada dia, na sua jornada em direção ao imenso oceano. Ele provê a vida e sustenta a todos.
Da mesma maneira que ocorre com a natureza, acontece com os líderes. Há aqueles que são como o fogo: orgulhosos, poderosos e autoritários.
E os que são humildes como a água. Donos de uma força interior de grande alcance e capazes de conquistar o coração das pessoas a quem lideram.
Os primeiros nada constroem. Espalham temor e afastam as pessoas. Os segundos trazem uma primavera de prosperidade para suas províncias.
Reflita, meu jovem, sobre o tipo de líder que você é, e talvez encontre aí a resposta para seus problemas.
* * *
A lição do sábio ancião é válida para todos aqueles que estão investidos na função de dirigir empresas, conduzir pessoas, governar.
A comparação que o mestre faz entre o fogo, que espalha suas labaredas e assusta com seu poder devastador, e o rio que, com perseverança, contorna obstáculos para atingir seus objetivos, são extremamente significativas para quem exerce a difícil tarefa da liderança.
Caso você esteja enfrentando dificuldades dessa natureza, vale a pena meditar sobre a tática que vem empregando e talvez encontre também uma resposta capaz de solucionar os seus problemas.
* * *
Liderar com sabedoria é saber conquistar a amizade dos seus liderados, criando um clima de confiança mútua e companheirismo.
Jesus foi o exemplo máximo de liderança.
Seus ensinos e orientações ultrapassaram as fronteiras de Sua terra natal e influenciaram o mundo todo.
Mesmo sem ter sido conhecido pessoalmente pelos cristãos da atualidade, continua servindo de Modelo e Guia para boa parte da Humanidade.
Redação do Momento Espírita, com base em história de
autor desconhecido.
Em 16.11.2010.
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