Andrey Cechelero |
Até quando cairemos, sem aprender as lições da queda...
Até quando faremos escolhas egoístas, quando tudo aponta para uma vida de colaboração...
Até quando nos perderemos por tão pouco, confundindo o que é meio, com o que é fim..
Até quando afundaremos na lama... segurando o fôlego, em agonia, desejando estar em outro lugar.
Nossa vida precisa de bastas.
Estancar, interromper, ou então: começar, agir.
Algumas coisas merecem decisões drásticas de nossa parte, senão permaneceremos como estamos para sempre...
Todos colecionamos histórias valiosas dos bastas que demos em tantas situações. e como foram importantes...
A partir daquele dia eu decidi..., ou, foi naquele dia que parei; ou ainda, foi naquele momento que mudei isso ou aquilo em definitivo.
Foram instantes divisores de água, quando percebemos que a vida até então havia sido de um jeito e precisava ser de outro.
Paulo de Tarso teve seu basta na estrada de Damasco, naquele encontro inesquecível, quando decidiu mudar. e mudou.
Não foi por uma ação externa ou por imposição do Cristo. Não, ele decidiu que seria diferente.
Maria de Magdala teve seu basta no encontro com o Mestre na casa de Simão Pedro. Ouviu-lhe a proposta iluminada e deixou a humilde residência do Apóstolo dizendo:
Senhor, doravante renunciarei a todos os prazeres transitórios do mundo, para adquirir o amor celestial que me ensinastes!...
Acolherei como filhas as minhas irmãs no sofrimento, procurarei os infortunados para aliviar-lhes as feridas do coração, estarei com aleijados e leprosos...
Francisco de Assis deu seu basta na solitude de seus pensamentos, quando, ao retornar, enfermo, de uma guerra, aceitou o convite do Cristo que lhe falava em pensamento.
São todos exemplos grandiosos de personagens que receberam missões grandiosas.
Contudo, somente se fizeram grandes porque tomaram decisões.
É certo que as grandes mudanças da alma vêm, paulatinamente, são construídas com as experiências, as encarnações.
No entanto, há muitos momentos em que necessitamos mudar de direção subitamente, tomar atitudes enérgicas em relação a nós mesmos.
Se assim não fizermos, o comodismo nos manterá inertes e mais, nos levará ao sofrimento desnecessário.
Assim, que possamos nos autoanalisar e verificar qual é o basta que precisamos dar, neste momento.
Algum vício? Alguma situação familiar que incomoda? Algo importante que precisemos dizer e não consigamos?
Algo que sentimos, no fundo da alma, que não está certo? Algo que sabemos que precisamos fazer e ainda não fizemos?
Acreditemos em nossa força, contando com o auxílio do Alto, que sempre está presente, quando nos dispomos a gestos de nobreza e vitória pessoal.
Acreditemos que o que não está certo pode ser transformado. Por vezes, tudo que falta é um sonoro e imponente basta!
* * *
O basta é um choque que damos na própria alma, quando percebemos que está passando da hora de mudar.
O basta é convite à ação imediata, no campo da intimidade ou da vida de relação.
Não nos permitamos permanecer apenas no campo do remorso ou da indignação. É necessário agir, com os instrumentos que temos. E agir agora.
Basta!
Redação do Momento Espírita, com base em poema
de Andrey Cechelero e no cap. 20, do livro Boa Nova,
pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 11.4.2019.
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