Há mais de dois mil anos, alguns homens, seguindo seus estudos, sua fé e sua intuição, decidiram viajar.
Planejaram uma jornada de centenas de quilômetros, para conhecer uma criança de origem humilde e que acabara de nascer em terras distantes.
Não foi uma viagem qualquer, mas uma longa jornada, feita no lombo de camelos, sem conforto, sem direção totalmente definida, sem pousada certa, com noites ao relento.
O que os movia? A fé de que algo especial os esperava ao final de seu destino. A direção? Seguiam uma estrela, que os guiava, e confiavam em sua intuição.
Não desistiram, não se deixaram vencer pelo cansaço ou pela incerteza. Foram até o fim e seu esforço foi recompensado!
Eles tiveram a grande felicidade de conhecer o recém-nascido Jesus! E, diante da superioridade daquele Espírito, puseram-se em adoração, sem nenhuma dúvida sobre quem Ele era, tal a fé que os movia.
Levaram, de volta às suas terras, a boa notícia, e encheram de esperança a muitos que não conheceriam pessoalmente Jesus, mas que ficaram felizes, por sabê-lO, finalmente, entre nós.
Poderiam esses sábios, conhecidos como magos, enviar alguém no lugar deles para, depois, fazerem uma viagem mais segura e com destino certo?
Obviamente, mas não quiseram.
Abriram mão de seu conforto, da segurança de suas casas, de seu trabalho e seguiram sua intuição com coragem e determinação.
Hoje, passados tantos anos, com certeza, a viagem seria bem mais fácil: avião, bons hotéis, alimentação adequada, agendamento prévio, informações precisas no GPS, no celular.
Mesmo assim: quem de nós iria? Quem de nós faria uma viagem para conhecer uma criança pobre, seguindo apenas nossa intuição?
Façamos uma análise do quanto realmente gostaríamos de conhecê-lO.
Mas Jesus, na Sua imensa bondade, facilitou esse encontro: na Sua breve passagem, pela Terra, como homem, deixou para nós uma mensagem, que está ao alcance de todos onde quer que estejamos: o amor.
Para conhecê-lO, não precisamos de longa viagem, mas, sim, de uma grande modificação interior. Basta que aprendamos a amar.
É preciso que deixemos de lado o egoísmo, que aprendamos a ser solidários, que descubramos a caridade.
Não precisamos abandonar o conforto dos nossos lares, mas aprender a fornecer conforto a outros. Não precisamos passar noites ao relento, mas podemos evitar que muitos passem. Podemos seguir a estrela guia da caridade e do amor.
Não, não basta apenas conhecer Sua história, e falar sobre Jesus. O importante mesmo é colocar Sua mensagem de maneira prática em nossas vidas e, então, O conheceremos.
Cada um tem seu tempo e seu ritmo. Deus nos oferece numerosas vidas para esse aprendizado. O importante é começar e não desistir, tal qual fizeram os magos.
Sim, podemos, cada um de nós, ao nosso modo, ser como um dos magos, que procura Jesus por estradas tortuosas, que se perde, mas retorna ao caminho, que cansa mas não desiste.
Até que, enfim, como recompensa pelos nossos verdadeiros esforços, possamos dizer: Sim, agora eu conheço o querido e incomparável Amigo Jesus!
Redação do Momento Espírita.
Em 31.5.2018.