Será que sabemos realmente quem somos?
Nós nos preocupamos com essa questão ou acreditamos que ela seja apenas para os filósofos e para os livros de autoajuda?
Essa é uma busca fundamental se desejamos ter uma vida mais feliz, se procuramos nos relacionar melhor, se queremos enfrentar a vida e seus desafios com mais coragem.
É igualmente uma busca desafiadora, uma busca no sentido oposto de todas as que fizemos até hoje, uma vez que sempre fomos na direção do mundo exterior.
Fomos exploradores, desbravadores, conquistadores.
Descobrimos novas terras, novas tecnologias, até novos mundos além do nosso. Nossos pés pisaram na lua, o satélite natural da Terra.
Dispomos de instrumentos que nos propiciam observar astros a milhões de anos-luz da Terra. Tornamo-nos extremamente hábeis em olhar para longe.
E olhar para dentro? Será que lembramos de voltar nossa atenção para dentro de nós mesmos?
Há um universo inexplorado na alma humana, universo que precisamos descobrir e conhecer.
Se teremos que conviver conosco por toda a eternidade, uma vez que o Espírito é imortal, que tal convivermos bem?
Que tal convivermos em paz, sabendo o que vai em nosso íntimo, nossas imperfeições e potencialidades, por exemplo?
Comecemos pela essência de tudo: nossa criação.
Somos obra de uma Inteligência Superior, da maior de todas as inteligências, que também é causa primária de todas as coisas.
Assim, podemos afirmar que temos uma origem divina. Nossa origem é importante, é grandiosa. Carregamos em nós a assinatura de uma Inteligência que regula o Universo através de leis perfeitas.
Não somos pouco, somos muito. Fazemos parte de uma engrenagem gigantesca que nossa compreensão ainda não alcança com profundidade, mas que nosso sentimento percebe e se rende, humildemente.
Como consequência disso há um segundo ponto, tão importante quanto esse: nossa destinação certa à felicidade.
Fomos todos criados simples e ignorantes, isto é, sem nenhum saber. A cada nova existência, Deus nos confere determinada missão, com o fim de nos esclarecer e de nos fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade.
É na conquista dessa perfeição que vamos construindo naturalmente a pura e eterna felicidade.
Tudo que existe no meio desse caminho são mecanismos, experiências, estradas, que nos levam a esse objetivo.
Alguns o alcançamos facilmente, outros, rebeldes, relutamos e permanecemos tempo mais dilatado em sofrimento. Contudo, são sempre escolhas nossas.
* * *
Somos obras divinas criadas para a felicidade.
Buscando nos conhecer vamos entendendo como funcionamos internamente, vamos entendendo nossas emoções, nossos sentimentos.
Buscando nos conhecer vamos percebendo nossas tendências boas e más, reforçando as boas e combatendo as que não mais queremos em nossa vida.
Refletindo diariamente sobre quem somos, vamos nos melhorando, tomando decisões sobre nós mesmos e resistindo à atração do mal.
Assim conquistamos o auto-amor, construindo paralelamente o amor ao nosso próximo e, como consequência, entendendo mais do amor ao nosso Criador.
É a reforma íntima o caminho que nos leva ao nosso destino certo.
Redação do Momento Espírita.
Em 28.6.2017.
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