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RAUL TEIXEIRA |
Pais são criaturas de excepcional grandeza. Por amarem seus filhos, estão sempre à volta deles, como se fossem satélites em torno de um planeta.
Preocupam-se para que o lar não padeça carências ou necessidades de sorte alguma.
Esgotam-se para manter a limpeza doméstica, entregando-se a faxinas constantes. Seu objetivo é que os filhos tenham um ambiente saudável no lar.
E sempre a mesa estará posta à hora, as roupas limpas e passadas, flores na janela da casa e do coração, perfumando o domicílio.
Envolvem-se em lutas financeiras, a fim de que os seus não experimentem a falta do alimento, da vestimenta, do remédio e do lazer.
Empenham-se para que não falte a escola, com a glória dos seus conhecimentos, a fim de ilustrar o intelecto dos seus rebentos.
Enfim, são múltiplas as preocupações para que os filhos vivam bem, afastados de qualquer carência material. Também para que gozem de segurança onde quer que estejam.
Tudo isso é comovedor. E quem quer que cresça, à sombra de pais assim amorosos, somente tem motivos para ser grato e crescer. Crescer, aproveitando tudo que lhe é ofertado.
No entanto, existe uma questão da qual os pais, por vezes, passam desatentos. É a questão do seu contato com Deus, levando junto os seus amores.
A oração, com todas as suas amplas possibilidades de alegrias, é esquecida. A oração, que é a porta de acesso ao diálogo com o Pai Criador.
Oração que é fortaleza moral, propiciando o mergulho da alma no âmago de Deus.
Seria tão bom que, da mesma forma que cuidamos da família, nos itens higiene, alimentação, vestuário, escolaridade e lazer, conseguíssemos cuidar das nossas relações espirituais.
Então, nossa família estaria muito bem atendida em todos os planos.
Seria importante que levássemos nossa família para as praias da oração. Também que criássemos o hábito da leitura de pequena página que convide ao amor, ao bem e à paz.
Poderão ser rápidos instantes em que juntos se possa estabelecer alguns comentários, inclusive sobre em que momento da vida aquela mensagem melhor se ajustará.
Isso fará com que cresçamos em família.
Assim, em meio a tantas providências tomadas em favor dos filhos, do seu conforto e proteção, tenhamos a feliz iniciativa de ensiná-los a estabelecer sintonia com Deus.
É fundamental ensinar aos nossos filhos que, do mesmo modo que todos precisamos do banho, da comida, do repouso e do remédio, igualmente temos necessidade de alimentar nossa alma e iluminar nossa inteligência.
Se, na qualidade de pais, assim procedermos, quando um dia, nosso Pai Criador nos indagar a respeito do que fizemos dos Espíritos que nos foram confiados como filhos, poderemos responder com a alma cheia de contentamento:
Eu os conduzi ao encontro do Mestre. Eu os aproximei dos Seus ensinos. Eu os ensinei a orar e a buscar, na sabedoria do Evangelho, orientação para suas vidas.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 50 e 54 do livro Ações corajosas para viver em paz, pelo Espírito Benedita Maria, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 15.03.2011.
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