Após a morte de Jesus, Simão Pedro foi para Jerusalém e, junto a corações amigos do Amigo que partira, fundou uma casa de assistência.
O seu objetivo era atender aos órfãos, viúvas e doentes. Chamou-a Casa do Caminho. Se o objetivo era nobre e necessário, manter aquele atendimento era bastante difícil.
Os necessitados chegavam todos os dias, batendo àquela porta de misericórdia e poucos eram os recursos.
Por isso mesmo, todas as manhãs, o apóstolo Pedro saía a pedir, em nome do Cristo, batendo às portas de conhecidos e comerciantes. Pedia comida para os seus asilados, roupas, enfim, o que tivessem para lhe ceder.
Ao final da tarde, retornava com os braços carregados de donativos, cansado, extenuado. Na manhã seguinte, tudo se repetia.
Paulo de Tarso, que há pouco abraçara o Cristianismo, após a visão magnífica da Estrada de Damasco, visitando a obra assistencial, verificou que muito se fazia ali pelo corpo físico das criaturas.
Mas o Espírito não era alimentado. Pedro retornava tão cansado das suas jornadas que não conseguia se deter para lhes falar de Jesus.
Onde estava a mensagem, perguntava Paulo, em nome da qual se erguera aquela Casa? Aqueles seres necessitavam do pão, das vestes, da cama limpa e de medicamentos.
Muito mais que isso, precisavam de alimento para as suas almas. E esse se chamava Boa Nova, o Evangelho de Jesus.
Assim, pensando em resolver a problemática da Casa do Caminho, propôs ao velho apóstolo Pedro que aqueles abrigados que tivessem condições poderiam aprender uma profissão e trabalhar para auxiliar no sustento.
Ele mesmo, Paulo, se propôs a ensinar a sua profissão. Ele era tecelão, sabendo manejar muito bem os fios de cabra, de camelo, a lã das ovelhas.
Animado com a idéia, outro companheiro de Paulo, de nome Barnabé, que era oleiro, se dispôs a ensinar o seu ofício.
Logo mais, a Casa do Caminho se autossustentava pelo trabalho dos que ali recebiam as suas bênçãos. E Pedro pôde se voltar para a tarefa de levar conforto aos corações, espalhando os ensinos de Jesus a todos.
Graças a essa medida, a Casa do Caminho sobreviveu por anos, atendendo os seus objetivos assistenciais. Sobretudo, esclarecendo os Espíritos dos homens, que tinham dessa forma a sua sede de justiça saciada, a sua fome de amor atendida.
Esclarecidos, os que dali partiam, curados das suas mazelas físicas, retornavam ao Mundo com novos valores nos seus corações, mais aptos para as lutas de cada dia.
Para que a obra prosseguisse no tempo, Paulo procurou, em seguida, braços fortes.
Eram pessoas que diziam seguir Jesus mas não saíam de suas casas. Nada faziam para melhorar a situação do mundo.
Ele as buscou e as convidou ao trabalho pelo bem do próximo.
Com tal atitude, Paulo de Tarso inaugurou na Terra a era da caridade.
* * *
A palavra caridade foi cunhada por Paulo de Tarso. Seu significado é amor em ação.
O Divino Mestre falou intensamente a respeito do amor. Amor ao próximo, amor aos inimigos, amor entre os Seus seguidores.
Paulo, tomando de todos esses ensinamentos, os sintetizou em uma palavra: Caridade.
Redação do Momento Espírita com base na palestra Conceito
espírita de caridade, proferida por Raul Teixeira, no ano de 1999.
Em 10.07.2009.
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