Iniciaste a tua construção espiritual da fé em que te abrigasses. E sentias-te, à maneira de alguém, cujo coração se revitalizasse ao contato de nova luz.
Entretanto, sombras apareceram no firmamento de tuas mais belas aspirações, quais nuvens que te empanassem a visão do Sol.
Afeições, em que te escoravas, desapareceram na correnteza de interesses inferiores; companheiros muitos deles obsidiados ou infelizes, te impuseram inesperadas desilusões; perdeste recursos que consideravas essenciais à própria segurança e te refugiaste em amargurada introversão; provavelmente, viste seres amados vencidos pela morte e não pudeste conter as lágrimas incessantes que te segregaram no lar; ouviste injúrias de lábios queridos que dantes te abençoavam a vida e tombaste em desalento.
Ainda assim, ergue-te da tristeza ou do desânimo e caminhemos adiante.
Sofrimentos vencidos são tijolos de experiência com que levantarás novas paredes no santuário da esperança.
Não te demores na solidão e volve ao dia resplendente do trabalho, de que se fará no mundo a solidariedade humana, por fonte viva de amor, e novas bênçãos te farão sorrir.
Se caíste em algum erro, levanta-te e corrige com bondade o que a vida te pede retificar.
Se paraste de servir, recomeça.
Guarda, sobretudo, a certeza de que ninguém encontra a verdadeira felicidade sem Deus.
"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel
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