O alarme toca. É preciso acordar.
O corpo, porém, parece dizer que não está preparado e pede:
-Só mais uns minutinhos! Só mais cinco minutos!
Quantos de nós passamos por essa situação, em muitas manhãs?
Especialmente naquelas de dias nublados, frios.
O dever chama, temos compromisso marcado com outras pessoas, precisamos respeitar determinados horários.
Entretanto, o corpo parece pedir:
-Deixa pra lá, dorme mais um pouco, fica na cama!
Essa luta do dever contra a preguiça ou mesmo contra o cansaço é representativa.
Não vamos analisar a questão de que, talvez, muitos de nós precisemos de mais horas de sono, o que nos convida a rever nossos horários.
A ilustração, hoje, serve para mostrar que ainda temos em nós forças contrárias ao cumprimento do dever.
No caso apresentado, acabamos acordando, pois quase sempre é o emprego que está em jogo, nosso ganha-pão. E não podemos arriscar.
Chegar atrasado pode gerar advertências, suspensões ou mesmo a perda de oportunidades importantes.
Levemos essa questão para outras áreas do dever, a dos deveres morais, a conquista das virtudes, a reforma íntima.
Por vezes, mesmo sabendo qual é o nosso dever, agimos como quem se acomoda na cama, pois dá muito trabalho agir corretamente.
Pedir desculpas, assumir que erramos, exige sacrifício.
Então, preferimos deixar como está.
Ajudar alguém em necessidade...
-Será que vou?
Pensando melhor, alguém vai acabar ajudando...
São pensamentos comuns naqueles de nós que ainda lutamos contra o dever.
Ligar para fulano, ligar para a mãe ou o pai para saber como estão.
-Ah! Mas aí ela começa a me criticar, começa a perguntar demais e quer entrar na minha vida. Acho que não vou ligar.
Vejamos como é assim que perdemos oportunidades ímpares de fazer o bem, de atender quem precisa.
Quase sempre, simplesmente, porque não somos capazes de pequenos sacrifícios.
Pensamos no que é mais confortável, em optar por aquilo que nos dá prazer, em não sair da nossa zona de conforto.
Será que dessa forma cresceremos?
Será que amadureceremos, quando deixamos para depois e depois?
Ficar a vida toda apenas optando por aquilo que nos dá prazer, aquilo que nos interessa, não parece uma visão extremamente egoísta, individualista?
Isso é tão verdadeiro que, queiramos ou não, a vida dá o seu jeitinho, e acaba nos colocando em situações das quais não temos como escapar.
É o Pai Maior colocando os filhos mimados na linha e determinando:
-Agora chega de fugir da escola, vamos aprender.
Dever é a obrigação moral do indivíduo para consigo mesmo, e para com os outros.
É lei da vida.
Cumprir o dever exige sacrifício, esforço.
Muitas vezes, não se constitui prazer.
Porém, é o que nos dará a satisfação para a alma, edificando nossa felicidade.
Buscar prazeres mundanos é como tomar água do mar esperando que sacie nossa sede.
Cumprir os deveres é caminhar no deserto e, enfim, merecer o encontro com o poço de água fresca e cristalina.
Redação do Momento Espírita
Em 18.09.2025
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