terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

UM HOMEM CHAMADO JESUS

Certa vez, um Espírito Sublime deixou as estrelas, revestiu-Se de um corpo humano e veio habitar entre os homens. 
Porque fosse um exímio artista plástico, habituado a modelar as formas celestes, compondo astros e globos planetários, tomou da madeira bruta e deu-lhe formas úteis. 
Durante anos, de Suas mãos brotaram mesas e bancos, onde amigos e irmãos se assentavam para repartir o pão. 
Para receber os seus corpos cansados, ao final do dia, Ele preparou camas confortáveis e, porque amasse a todos os seres viventes, não esqueceu de providenciar cochos e manjedouras onde os animais pudessem vencer a fome.
Porque fosse artista de outras artes, certo dia deixou as ferramentas com que moldava a madeira e partiu pelas estradas poeirentas. 
Tomou do alaúde natural de um lago, em Genesaré, e ali teceu as mais belas canções. 
Seu canto atraía crianças, velhos e moços. 
Vinham de todas as bandas. 
A entonação de Sua voz calava o choro dos bebês e as dores arrefeciam nos corações das viúvas e dos desamparados. 
As harmonias que compunha tinham o condão de secar lágrimas e sensibilizar corações endurecidos. 
Como soubesse compor poemas de rara beleza, subiu a um monte e derramou versos de bem-aventuranças, que enalteciam a misericórdia, a justiça e o perdão. 
Porque Sua sensibilidade Se compadecia das dores da multidão, multiplicou pães e peixes, saciando-lhe a fome física. 
Delicado na postura, gentil no falar, por onde passava deixava impregnado o perfume de Sua presença. 
Possuía tanto amor que o exalava de Si aos que O rodeassem. 
Uma pobre mulher enferma tocou-Lhe a barra do manto e recebeu os fluidos curadores que lhe restituíram a saúde.
Dócil como um cordeiro, abraçou crianças, colocou-as em Seus joelhos e lhes falou do Pai que está nos céus, que veste a erva do campo e providencia alimento às aves cantantes.
Enérgico nos posicionamentos morais, usou da Sua voz para o discurso da honra, defendendo o templo, a casa do Pai, dos que desejavam lesar o povo já por si sofrido e humilhado.
Enalteceu os pequenos e na Sua grandeza, atentava para detalhes mínimos. 
Olhou para a figueira e convidou um cobrador de impostos a descer a fim de estar com Ele mais estreitamente.
Acreditavam que Ele tomaria um trono terrestre e governaria por anos, com justiça. 
Ele preferiu penetrar os corações dos homens e viver na sua intimidade, para que eles usufruíssem de paz e a tivessem em abundância. 
Seu nome é Jesus, o Amigo Divino que permanece de braços abertos, declamando os versos do Seu poema de amor: 
Vinde a mim, vós todos que estais aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei... 
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap. 3 do livro Quem é o Cristo?, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 25.07.2011.

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