JOANA DE ÂNGELIS E DIVALDO PEREIRA FRANCO |
Você já esteve depressivo alguma vez?
A depressão é um abatimento físico ou moral, ocasionado por uma insatisfação.
Podemos dividir a causa da depressão em dois momentos: as originadas por acontecimentos momentâneos, que presenciamos ou vemos pela televisão como um acidente trágico, uma cena de violência, calamidades etc.
Essas são superficiais e, assim que nos envolvemos nos quefazeres, esquecemos.
Outras vezes ficamos depressivos e não encontramos motivo nenhum. É que a origem está oculta em nossa intimidade profunda de seres imortais que somos.
Como imortais, já vivemos muitas vezes, trazemos em nossa ficha acertos, mas também muitos equívocos.
Reencarnamos para repetir as experiências malfadadas, estamos no mundo novamente com um corpo diferente mas, em essência, somos os mesmos.
E, quando algo toca aqueles pontos problemáticos que carregamos, sentimos o toque de uma maneira inconsciente e sofremos por isso.
Às vezes, estamos felizes, contentes, e ouvimos uma música, uma melodia qualquer, que adentra nossa intimidade de forma especial.
E como a música é vibração, ela faz vibrar nossos registros íntimos. Como há partes dentro de nós que estão de acordo com a vibração da música, se dá a ressonância.
A música evoca momentos de um passado que não nos recordamos e começamos a sentir uma profunda tristeza, uma melancolia que não sabemos de onde vem, uma saudade inexplicável, e não encontramos a causa agora, na atual existência, mas iremos encontrá-la nas nossas vidas anteriores.
A música é, nesse caso, o elemento indutor. Mas, há outros elementos indutores, como um perfume, uma paisagem, uma situação.
A depressão é uma cobrança íntima. Se estamos em uma festa, nos divertimos, nos sentimos felizes e, no outro dia, estamos depressivos, tristes. É a nossa consciência que nos está cobrando.
Ela nos diz que não somos merecedores de felicidades, pois somos devedores das Leis Divinas.
O depressivo não sente vontade de fazer coisa alguma, deseja isolar-se, trancar-se em casa, fechar as janelas e buscar a escuridão.
Essas atitudes só contribuem para agravar ainda mais a situação.
Temos que lutar para sair desse estado, com todas as nossas forças.
Conversando com pessoas, trabalhando, fazendo uma oração, rogando a Jesus forças para não sucumbir.
Na nossa vida não há uma janela só. Se uma nos oferece a tristeza, o sofrimento, outras há que nos mostrarão situações mais agradáveis.
Isso nos lembra a história daquele avô que consola a neta, que via pela janela, entre lágrimas, o jardineiro enterrando o seu cachorrinho de estimação.
O avô a toma pela mão e a leva até outra janela. Mostra o jardim, as roseiras em flor, e lhe pergunta:
Você está vendo as rosas como são bonitas?Vê aquela rosa amarela, que linda! Você me ajudou a plantá-la, lembra-se?
A menina enxuga as lágrimas, muda o estado emocional, distrai-se a falar das rosas, deixa de lado a outra janela que lhe causava sofrimento.
Qual o avô da nossa história, Deus, o Criador, está sempre nos mostrando outras janelas, para que as busquemos nos momentos em que nos detemos a mirar onde só vemos tristezas.
* * *
Grande parte dos suicídios é praticada por pessoas em estado depressivo.
Os espíritos inferiores podem aumentar ainda mais a nossa depressão.
O sol queima as formas e pensamentos desses Espíritos, enquanto a escuridão as favorece.
Por essa razão, vale a pena abrir as janelas, ao invés de fechá-las, nos momentos de depressão.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 16, do
livro Momentos de coragem e nos caps. 3 e 17, do livro
Vigilância, ambos pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 7.11.2013.
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