Nirmala Toppo |
Aconteceu em junho de 2013 e a notícia foi veiculada internacionalmente, tornando celebridade uma menina indiana, de apenas quatorze anos de idade.
Nos últimos dez anos, muitos conflitos aconteceram entre elefantes e homens, no centro e no leste da Índia, resultando na morte de duzentos elefantes e oitocentas pessoas.
Quando a área residencial da cidade de Rourkela foi invadida por uma manada de onze elefantes, vinda de florestas próximas, o pânico tomou conta da população.
As autoridades tentaram conter a manada, sem sucesso. Finalmente, conseguiram direcionar os elefantes para um estádio de futebol.
O que fazer com eles, como levá-los de volta para a floresta era a grande dificuldade.
Foi quando Nirmala Toppo foi lembrada. Corria a notícia de que uma menina camponesa, que vivia na cidade próxima de Jharkhand, falava com os elefantes.
Ela veio, acompanhada do pai e outros membros da tribo. Foi até a manada e a levou de volta à floresta, caminhando com ela durante horas.
Como consequência, teve bolhas e infecções nos pés e nas pernas, necessitando, em seu retorno, de internamento hospitalar para o devido tratamento.
Não há provas científicas, alegam muitos, de que elefantes selvagens consigam entender humanos.
Alguns comentam que certas tribos convivem há tanto tempo com animais selvagens, inclusive elefantes, que conseguem se entender com eles.
O fato é que, quando elefantes invadem uma aldeia e destroem colheitas, os moradores pedem ajuda a Nirmala. E ela sempre tem sucesso.
A menina teve sua mãe morta por elefantes selvagens, o que a levou a desenvolver técnicas para afastá-los das regiões povoadas.
Ela alega conversar com os animais no dialeto de sua tribo, Mundaari, e consegue persuadi-los a voltar para o seu lugar de origem.
Com a ajuda do pai e de um grupo de garotos de sua aldeia, eles cercam a manada.
Então, Nirmala ora e depois fala aos elefantes: Esta não é a casa de vocês. Vocês precisam voltar para seu lugar.
* * *
Sempre haverá os que não creem e tudo creditam a crendices de tribos não muito instruídas.
Contudo, recordamos que, no Século XII andou pelas terras da Europa um personagem peculiar, conhecido como o Cristo da Idade Média. Seu nome era Francisco de Assis.
Célebre é o seu discurso às aves, nos arredores de Assis, na estrada entre Bevagna e Cannara, no seu retorno de Roma, após ter falado com o Papa Inocêncio III.
E outro Francisco, o mineiro Xavier, não falava somente com cães e gatos, que demonstravam compreendê-lo, quanto falou com formigas, pedindo que se retirassem das roseiras de sua casa.
Alertou-as que, no dia seguinte, seu amigo intencionava matá-las, e elas foram embora.
Tudo em a natureza se encadeia por elos que ainda não podemos compreender. Os animais têm suas formas de comunicação entre si.
Colocados para servir ao homem, achando-se a ele submetidos, por que não o poderiam compreender?
Não dão mostras disso os nossos animais de estimação, que, dizemos, nos entendem?
Quanto ainda temos a aprender em termos de natureza, a respeito da grande inter-relação que há entre todas as coisas, desse grande encadeamento entre todos os seres, obra do mesmo Pai.
Pensemos a respeito.
Redação do Momento Espírita, com dados extraídos
do site www.sonoticiaboa.com.br e no cap. Oito, do
livro Francisco de Assis, o santo relutante, de
Donald Spoto, ed. Objetiva.
Em 13.2.2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário