Eugenio Mussak |
Isso nos fala não somente e de forma primordial do amor de um Pai Celeste e bom, quanto nos interliga a todos os seres viventes.
Enquanto organismos vivos, tudo que fazemos há, no mundo, uma consequência.
Lemos que o bater das asas de uma borboleta na África pode causar chuvas no Paraguai.
O importante não é realmente onde está a borboleta ou onde vai chover, mas o fato de que o minúsculo deslocamento de ar causado pelo bater de suas asas pode causar efeitos na atmosfera, turbulentos o suficiente para serem sentidos a milhares de quilômetros de distância.
A atmosfera não reconhece fronteiras.
Aqueles que assistimos ao primeiro episódio do filme A era do gelo, com certeza, nos lembramos do simpático esquilo, que é uma figura paralela à trama principal. Ele tem sua própria história, seu próprio interesse, que é acumular avelãs.
É justamente ele que dá um exemplo surpreendente de como a ação de um único indivíduo pode repercutir na vida dos demais.
Mesmo que isso possa parecer improvável, em um primeiro momento.
Quando ele tenta enterrar a avelã, no solo gelado, provoca uma fissura que se alastra, sobe a encosta de uma montanha e termina por dividi-la ao meio.
O resultado é o deslocamento de imensas massas de gelo, que quase esmagam o frágil esquilo, quanto modificam totalmente a paisagem.
A cena leva ao riso, naturalmente.
Contudo, se pensarmos, descobriremos uma mensagem na imagem: a repercussão dos nossos atos, a dimensão das nossas responsabilidades em tudo que fazemos.
Também em tudo que pensamos.
Vivemos num mundo em que vibramos constantemente.
Nossa produção de pensamentos é inimaginável.
E todos colaboramos para a formação da atmosfera em que nos movemos, a atmosfera espiritual.
Em nosso mundo particular, alcançamos os que nos rodeiam no lar, na escola, no escritório.
Nossa ação vibratória se alonga para a rua em que moramos, o bairro, a cidade.
Alcançamos o mundo.
Nossos pensamentos, gerados sem cessar, colaboram na formação da atmosfera espiritual de todo o planeta.
É nesse ambiente que nos movemos, que nos alimentamos uns dos pensamentos dos outros.
Por isso se diz que cada um de nós pode alimentar o estado de guerra mundial ou colaborar para a sua paz.
Quando assistimos a um noticiário e nos enchemos de raiva por algo que consideramos uma injustiça, estamos contribuindo para engrossar o tumulto que se apresenta em qualquer lugar.
Se nossas emissões mentais forem de apaziguamento, de compreensão, a nossa colaboração será pela solução do incidente de forma pacífica.
Gandhi libertou sua nação do jugo estrangeiro com ações pacíficas.
Disse ele:
-Se um único homem atingir a plenitude do amor, neutralizará o ódio de milhões.
Pensemos, portanto, como desejamos atuar no mundo.
Como promotores do bem, do belo, do bom?
Comecemos agora.
Pensemos no bem, no belo, no bom.
Colaboremos para a paz, a ordem, o progresso, emitindo nossas vibrações nobres, nossos pensamentos de luz.
Emitamos luz.
Somos filhos da luz.
Redação do Momento Espírita, com base em
metáfora utilizada por Eugênio Mussak, em artigo
da revista Vida Simples, n. 172, ed. Abril.
Em 5.4.2022
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