quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

LIÇÃO DE VIDA

Os veículos de comunicação se esmeram em apresentar informações dos ídolos atuais. Suas vidas são vasculhadas e seus passos seguidos, fotografados, filmados. Informam aos fãs, com detalhes, os seus gostos alimentares, desejos mais secretos, intimidades. É de estranhar, no entanto, que quando algumas das chamadas desgraças terrenas os abatem, eles desaparecem do cenário e nada mais é comentado. Todavia, quantos deles manifestam sua força, seu valor verdadeiro em meio às dores e enfermidades terríveis que os acometem. Certa vez, lemos a respeito da batalha ferrenha que empreendeu um jornalista brasileiro que durante trinta anos manteve uma coluna diária em jornal. A doença foi diagnosticada e os médicos informaram que ele entraria em depressão. 
-É o comportamento padrão, disseram. 
Convicto, ele afirmou: 
-Não me deixarei deprimir, nem um minuto. E também não cederei à revolta. Vou à luta. 
Amante da vida, viajara pelo mundo e conhecera da selva do Nepal às cidades mais belas e sofisticadas. Agora, a sua peregrinação ao hospital era pela cura. Aos cinquenta e seis anos e com a cabeça cheia de sonhos, ele imaginava que venceria. Queria ainda escrever a respeito da sua luta para vencer o fumo e o álcool. Poderia auxiliar pessoas. O tempo haveria de lhe estabelecer regras rígidas e lhe dizer que seu destino próximo era a morte.
-Não tenho medo nenhum, comentou um dia. Pode parecer estranho, mas é assim. Deus tem sido generoso comigo e só me resta agradecer. Gostaria muito de conhecer o meu anjo de guarda. Afinal, ele tem sido um amigão. 
Os seus últimos dias foram um calvário. Entubado, por várias vezes, não podia falar. Bastava que lhe retirassem o tubo e ele falava, sereno. Brincava muito. Por diversas vezes foi desenganado. Mas ressurgia com energia e vigor, surpreendendo médicos e enfermeiras. Jamais reclamou de coisa alguma. Nele sobrou coragem e dignidade. Quando uma amiga lhe disse que não conseguia acreditar que ele estivesse tão doente, pois o vira há pouco tempo tão bem, ele sorriu e disse: 
-Pois é, por fora belo, por dentro como pão bolorento. 
Nas horas finais, não podia quase falar. Somente escutava as frases de amor que sua esposa lhe dizia: 
-Estamos juntos há muitos anos. Vamos continuar outros tantos. Vá agora, amor, liberte-se. Busque a luz. Vá em paz. Você não desejava conhecer seu anjo de guarda? Chegou a hora. 
Ele partiu serenamente. Com esforço, balbuciou: 
-Amorzinho. 
Foi sua última palavra. 
* * * 
A vida nos é dada para grandes coisas e a morte nos surpreende, por vezes, em meio à execução ou planejamento de ousados projetos. Ela não olha idade, sexo, cor da pele, crença religiosa. Aborda a todos e na hora estabelecida. Vivermos com sabedoria é nos prepararmos cada dia para viver a eternidade na carne, tanto quanto nos conscientizarmos de que a eternidade poderá ser vivida em outra dimensão, além da esfera física. Afinal, ninguém morre. Somente troca de roupagem. Enfrentar a enfermidade, o anúncio da morte, requer coragem, muita fibra que somente a fé em Deus pode fornecer. 
Redação do Momento Espírita, com base no artigo O amorzinho... Merry XMas, da revista Seleções Reader´s Digest, dezembro de 1998. Em 31.1.2018.
http://momento.com.br/

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

DEUS QUER ASSIM

Quando passamos por momentos difíceis em nossa vida, a fé e a compreensão do porquê isso tudo acontece, muito nos auxiliam. Entender que trazemos uma história muito mais longa e complexa do que aquilo que se pode contar em apenas uma existência é um bom começo. Saber que somos os herdeiros de nossas próprias ações, compreender que nosso caminhar não começou há pouco e nem é fruto do acaso, nos permite outro entendimento da vida. Partindo desses princípios, natural se faça que, dobrando-nos perante a compreensão da Providência Divina, concluamos: 
Deus quis assim. 
E não estaremos errados. Como nos ensina Jesus, nenhuma folha cai da árvore sem a vontade do Pai. Nada nos acontece sem estar sob as Leis da Sabedoria Divina. Dessa forma, corretamente pensamos quando dizemos que Deus quer que certos fatos nos alcancem. Porém, não esqueçamos de que assim é porque Deus nos ama. E é por nos amar que nos dá a chance do aprendizado. Toda nossa existência é um leque de oportunidades para nos direcionar ao entendimento do amor a nós mesmos, ao nosso próximo e a Deus. Por isso, quando a Providência Divina nos oferece momentos difíceis, é para aprendermos algo. O que a Divindade deseja é nosso aprendizado. Não o sacrifício sem sentido, nem o sofrimento pelo sofrimento. Dessa forma, é natural que quando não entendemos a lição de uma determinada ocorrência, ela retorne ao nosso caminho em outro momento, numa outra dificuldade que a vida nos vá oferecer. Essa a razão pela qual, muitas vezes, nos percebemos em situações que se repetem, envolvidos com pessoas com as mesmas características, presos a situações que se assemelham. Alguns de nós parecemos ter a capacidade de atrair relacionamentos com o mesmo estilo, que desaguam em situações semelhantes, nem sempre felizes. Outros nos deparamos em sociedade ou no trabalho com situações constrangedoras, em relacionamentos que percebemos repetitivos. Por isso, nos vemos, em momentos diversos, com o mesmo pano de fundo, demandando as mesmas exigências emocionais. São situações que se reprisam, repetindo a oportunidade das lições. Não se trata, entretanto, de convite para passar reiteradas vezes por situações semelhantes, como num capricho da vida. A questão é de aprendizado, de construir um entendimento racional ou emocional, a partir das vivências experienciadas. As dores, os relacionamentos difíceis nos chegam para nos ajudar a nos compreendermos e ao nosso próximo. Será somente através dessa compreensão que começaremos a nos amar, a perdoar, assim como a amar e perdoar ao próximo. Dessa forma, não apenas abaixemos a cabeça esperando a dificuldade passar. Mas, façamos um movimento de resignação ativa. Resignados, tentemos compreender o que a vida quer de nós, o que precisamos aprender. Somente assim, com o aprendizado feito, não precisaremos nos reter nas mesmas trilhas e nos mesmos caminhos já percorridos em outro momento. Tudo depende de nós. 
Redação do Momento Espírita. Em 30.1.2018.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

DEUS SEMPRE ATENDE

Todd Burpo e seu filho
Ele era o pastor de uma pequena comunidade. Dividia seu tempo entre as obrigações da igreja e a profissão de instalador de portas de garagem. Num jogo amistoso de final de semana, ele sofreu uma queda desastrosa. O raio X revelou um par de fraturas graves. A tíbia esquerda, o maior osso da perna, sofrera uma fratura em espiral e o tornozelo se partira completamente ao meio. Além da dor terrível, o efeito mais imediato do acidente foi financeiro. Com quatro quilos e meio de gesso na perna e um joelho que não dobrava, ele não podia subir e descer escadas que a atividade profissional exigia. Em algumas semanas, as poucas economias tinham evaporado. Na igreja, ele ficou limitado a pregar sentado, com a perna apoiada em uma segunda cadeira. Quando estava se acostumando a mancar, usando muletas, manifestaram-se pedras nos rins. Os médicos acharam que eram pequenas e poderiam ser eliminadas. E o foram, durante três longos dias de muita dor. Depois de três meses, o médico disse que a perna estava sarando corretamente, mas ainda precisava ser mantida engessada. Contudo, agora, outra dor apareceu: do lado direito do peito. Talvez fosse uma espécie de calo, provocado pelo friccionar da muleta. Ledo engano. O diagnóstico foi câncer de mama. Ele estava com a perna quebrada, tivera pedra nos rins e agora... câncer de mama. Um sentimento de autopiedade envolveu o pastor, por alguns dias. Mas, prosseguiu nas atividades da igreja, pensando que outras pessoas sofriam muito além do que ele estava sofrendo. Ele não sabia que a tempestade ainda não terminara. Seu filho de menos de quatro anos apresentou vômitos e febre. O diagnóstico foi gastroenterite e ele pareceu melhorar por uns dias. O diagnóstico equivocado exigiu que o menino fosse submetido a duas cirurgias por causa de um apêndice perfurado e ficou quase à morte. Tudo num período de dezessete intermináveis dias. Então, o pastor explodiu com Deus: 
-Onde o Senhor está? É assim que o Senhor trata quem O serve? Quebrei a perna, tive pedras nos rins, sofri uma mastectomia e é assim que o Senhor vai me deixar comemorar o fim do tempo das provações: vai levar o meu filho? 
Quando o menino retornou sadio aos seus braços e lhe disse que, enquanto estava passando pela segunda cirurgia, ele fora levado a um lugar que parecia o céu e que estivera com Jesus, o pastor chorou. Enquanto ele se revoltava contra Deus, gritava e lhe falava com raiva, o filho de Deus estivera com seu filho nos braços. Enquanto ele dava mostras de fé abalada, Jesus estava velando por seu menino. Então, ele compreendeu o grande amor de Deus, que sempre atende as Suas criaturas. Mesmo que essas não entendam que a ajuda está chegando, que o auxílio está sendo dado. 
 * * * 
 Lynn Vincent
Pensemos nisso, quando as muitas dores nos estiverem maltratando. Pensemos nisso e nos mantenhamos firmes, quando a tempestade se fizer mais intensa. Estejamos sempre com Deus. Afinal, depois da noite escura sempre raia esplendorosa a madrugada.
Redação do Momento Espírita, com base nos caps. Dois, Cinco e Oito, do livro O céu é de verdade, de Todd Burpo, com Lynn Vincent, ed Thomas Nelson Brasil. Em 05.03.2012.

domingo, 28 de janeiro de 2018

DEUS REVIDA?

Thomas Andrews - TITANIC
Recordo ainda hoje... Na sala de aula, a mestra contou a história do navio Titanic. Tendo como engenheiro naval Thomas Andrews, sua viagem inaugural iniciou na Inglaterra, no dia 10 de abril de 1912. A descrição daquele enorme navio, com capacidade para transportar mais de duas mil pessoas, o luxo da primeira classe, os jantares com orquestra ao vivo, nos atiçou a curiosidade. A classe ficou silenciosa e atenta. O navio era considerado inafundável, pelos que o idealizaram, graças à possibilidade de ter até quatro dos seus compartimentos inundados e permanecer flutuando. Entretanto, a colisão com o enorme iceberg rasgou cinco deles e, em três horas, o navio havia se partido ao meio e naufragado. Era o quarto dia de navegação e mil e quinhentas pessoas perderam a vida, a maior parte delas ocupantes da terceira classe. O que nos marcou, de forma indelével, foi o arremate final da mestra. Segunda ela, aquela colossal obra de engenharia marítima fora considerada como algo que nem Deus poderia afundar. E, para que aqueles homens deixassem de se considerar como deuses, é que o navio fora a pique. Durante muito tempo, em nossa imaginação infantil, desfilaram as crianças, as mulheres, os tantos homens, toda aquela gente que não pôde ser salva. Lembramos até dos animais de estimação que estavam a bordo e também morreram. Se Deus queria dobrar o orgulho dos idealizadores ou de quem se permitira tal comentário, em algum momento, fosse quem fosse, por que promover um desastre em que tantos passageiros perderam a vida? Mais do que isso, nos perguntávamos: 
-Deus revida o mal? Mas Ele não é infinitamente justo e bom? 
A elucidação a essas questões somente nos chegaria, anos mais tarde, quando o contato com uma religião de amor se fez presente em nossa vida. Então, o pavor daquele Deus vingativo, que assombrara muitas noites da nossa infância, desapareceu como fumaça, levada pelo vento forte. O desastre fora causado, sim, pelo orgulho dos homens, pela sua imprevidência, que chegara ao ponto de não dispor de botes salva-vidas suficientes para todos os embarcados. Irresponsabilidade dos que não pensaram nas tantas vidas a bordo; que não pensaram que, num trajeto de quase cinco mil quilômetros, pelo imenso oceano, algo poderia ocorrer. Sim, desastres existem. Acidentes ocorrem. Sabemos que tudo está delineado dentro da Lei de causa e efeito, exatamente como nos lecionou o Mestre de Nazaré: A cada um será dado segundo as suas obras. No entanto, a responsabilidade de quem se torna o agente da tragédia não pode ser descartada. Isso encontra respaldo na advertência crística: 
Dá conta da tua administração. 
E o que se encontra sob nossa administração? A edificação de edifícios e pontes, a saúde dos indivíduos, a educação, vidas humanas? Pensemos nisso e, longe de culpar a Divindade por esse ou aquele acontecimento infeliz, verifiquemos se, pela nossa correta ação, não poderia ter sido evitada certa catástrofe, determinado acidente absurdo. Pensemos nisso. 
Redação do Momento Espírita. Em 23.6.2016.

sábado, 27 de janeiro de 2018

ÚLTIMAS VONTADES

DIVALDO PEREIRA FRANCO
E
JOANA DE ÂNGELIS
Você já se deu conta de que, de modo geral, costumamos doar nossos bens, somente após a morte? Naturalmente, isso equivale a dizer que legamos nosso patrimônio a parentes próximos ou distantes, registrando em testamento as nossas vontades. Estabelecemos divisões equitativas ou não, dispondo de bens móveis e imóveis, joias, títulos financeiros, cédulas e moedas, em favor dos que permanecem na carne. Alguns de nós, mesmo nessas disposições últimas, impomos condições aos herdeiros a fim de que possam colocar as mãos no que lhes legamos. Registramos desejos absurdos que retratam, em síntese, que mesmo partindo para a vida espiritual, pretendemos prosseguir a comandar vidas alheias, graças aos legados que lhes dizemos doar. Por vezes, vamos ao ponto de determinar o que os herdeiros deverão fazer com os valores que lhes dispensamos. Colocamos cláusulas testamentárias estabelecendo que certas porcentagens sejam direcionadas à prática da caridade, de forma direta ou através de instituições. Nesse caso, convenhamos, se somos cristãos sabemos que é nosso dever atender o irmão sofredor, o quanto antes, e por nós mesmos pois que Jesus nos ensinou que mais importante do que dar é dar-se. Igualmente temos consciência de que o bem só tem valor real quando parte do coração e ao coração se dirige. O que quer dizer que distribuição do que quer que seja, por imposição, não trará jamais o selo do amor e da doação espontânea. Temos a pensar ainda que, se durante os anos de nossa vida, não nos esmeramos em exemplificar a caridade, se não nos preocupamos em ensinar aos filhos, netos, sobrinhos, ou quem quer que seja, o verdadeiro sentido da caridade, como pretendermos que eles a pratiquem, sob dispositivo de cláusula testamentária? Cumpre-nos revisar nossa postura perante a vida. Primeiro, iniciando a partilha do que excede em nossos armários, sejam roupas, calçados, alimentos, livros etc. Segundo, educando aqueles por quem somos responsáveis, à meridiana luz do verdadeiro Cristianismo. Tudo isso, enquanto é tempo, enquanto estamos a caminho, enquanto a lucidez nos comanda o raciocínio. Repartir o pão do corpo e da alma, distribuir o de que disponhamos, em favor do nosso irmão, é medida que prescreve o Cristianismo, desde os versos primeiros da Boa Nova. Você sabia? Você sabia que os recursos amoedados devem sempre ser entendidos como meios e não como meta em nossas vidas? E que na Terra, as coisas têm o valor que lhes damos? Entre outras, o dinheiro tem o peso exato que lhe oferecemos. 
Redação do Momento Espírita, com frases finais baseadas no verbete Dinheiro, do livro Repositório de sabedoria, v.1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. Em 27.1.2018.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

DEUS RESPONDE SEMPRE

Quantas vezes você já dirigiu uma prece a Deus e não recebeu resposta? Não é raro pedirmos pela recuperação da saúde de um familiar e, mesmo assim, ele morre. Acreditamos que Deus não nos ouviu. Pedimos auxílio ao Pai celestial para as nossas dores. E muitas vezes as dores aumentam, levando-nos quase ao desespero. No entanto, os que têm fé afirmam que Deus sempre responde às nossas orações.
Será mesmo? 
 * * * 
Emy tinha apenas três anos de idade. Vivia em um lugar maravilhoso dos Estados Unidos, em frente ao mar. Sua família era cristã. Ela fora alimentada, desde o berço, por orações e Evangelho. A família ia ao templo religioso e fazia, no lar, o estudo sistemático do Evangelho. Emy amava sua família e admirava os olhos azuis de seu pai, de sua mãe e de seus irmãos. Todos, em sua casa, tinham olhos azuis. Todos... menos Emy! O sonho de Emy era ter olhos azuis da cor do céu. Como ela desejava isso! Certo dia, na escola de evangelização, ela ouviu a orientadora dizer que Deus sempre responde a todas as orações. Passou o dia pensando nisso. À noite, na hora de dormir, ajoelhou ao lado da sua cama e orou. Sua prece foi um misto de gratidão e de solicitação: 
-Senhor Deus, agradeço porque você criou o mar que é tão grande. Tão bonito e tão feroz. Agradeço pela minha família. Agradeço pela minha vida. Gosto muito de todas as coisas que você faz. Mas, eu gostaria de pedir, por favor, quando eu acordar amanhã, descobrir que os meus olhos ficaram azuis como os de minha mãe. 
Ela acreditou que daria certo. Teve fé. A fé pura e verdadeira de uma criança. Pela manhã, ao acordar, correu para o espelho e olhou. Abriu bem os olhos e qual era a cor deles? Bem castanhos! Como sempre haviam sido. Bom, naquele dia, Emy aprendeu que não também era resposta. Do mesmo modo, agradeceu a Deus. Mas não entendia muito bem porque Ele não a atendeu. Os anos se passaram. Emy cresceu e se tornou missionária, na Índia. Entre outras atividades, ela se devotou a resgatar crianças que eram vendidas pelas suas próprias famílias, que passavam fome. Para isso, ela precisava entrar nos mercados infantis, onde aconteciam as vendas. Naturalmente, para as comprar para Deus, como dizia, precisava não ser reconhecida como estrangeira. Então ela passava pó de café na pele, cobria os cabelos, vestia-se como as mulheres do local. Dessa forma, entrava nos mercados de crianças, podendo transitar tranquila, pois aparentava ser uma indiana. Certo dia, uma amiga olhou para ela disfarçada e lhe disse: 
-Puxa, Emy! Você já pensou como faria para se disfarçar se tivesse olhos claros como todos os de sua família? Que Deus inteligente, não? Ele deu a você olhos escuros, pois sabia que isso seria essencial para a missão que lhe confiou. 
O que a amiga não sabia é que Emy chorara muitas noites, em sua infância, por não ter olhos azuis...
 * * *  
Deus está no controle de tudo. Ele conhece cada lágrima que já rolou dos seus olhos. Ele sabe que talvez você desejasse olhos de outra cor, ou cabelos mais lisos, ou encaracolados, ou mais espessos. Não chore se os seus olhos continuam castanhos ou azuis, ou pretos, e você os deseja de outra cor. Não se entristeça se você ainda não foi atendido como gostaria. Tenha certeza: Deus tem o controle de tudo. E o não de Deus, hoje, em sua vida, é o melhor para você. 
Redação do Momento Espírita com base em história de autoria ignorada. Disponível no livro Momento Espírita, v. 5, ed. Fep. Em 05.03.2012.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

DEUS TE ABENÇOE

Aquele moço seguia todos os dias pelo mesmo caminho. Em suas viagens diárias do subúrbio, onde morava, à cidade, onde trabalhava, o trem sempre passava por um viaduto de onde se podia ver o interior de alguns apartamentos, no prédio localizado em nível inferior. Naquele lugar, o trem diminuía a velocidade e, por isso, o rapaz podia observar através da janela de um dos apartamentos, uma senhora idosa deitada sobre a cama. Ele via aquela cena há mais de um mês. A senhora certamente convalescia de alguma enfermidade, era o que ele pensava. O jovem teve pena dela e desejou vê-la restabelecida. Num domingo, achando-se casualmente naquelas imediações, cedeu a um impulso sentimental e foi até o prédio onde a senhora morava. Perguntou ao porteiro o nome da anciã e depois lhe enviou um cartão com votos de restabelecimento, assinando apenas: Um rapaz que passa diariamente de trem. Dali a uma semana mais ou menos, a caminho de casa no trem, o jovem olhou, como sempre, para a janela. No quarto não havia ninguém e a cama estava cuidadosamente arrumada. No parapeito da janela, porém, estava afixado um pequeno cartaz escrito à mão e iluminado por uma lâmpada de cabeceira. Mostrava apenas uma frase singela de gratidão, dizendo: 
"Deus te abençoe."
  * * *
Um jovem, com tanta sensibilidade fraternal, certamente é abençoado por Deus. Esse Deus que quer que Suas criaturas se amem e se respeitem mutuamente. Esse Deus que espera que ajudemo-nos uns aos outros, sem preconceitos e sem arrogância. Aquele jovem do trem não tinha outra intenção a não ser ajudar anonimamente a uma pessoa desconhecida, atendendo a um apelo do seu coração generoso. Gesto semelhante pudemos observar recentemente nos jornais de nossa cidade. Um jovem afirmava que nunca podia se sentar em suas viagens de ônibus, pelo simples fato de não se sentir bem ficando sentado enquanto pessoas idosas, mães com crianças de colo ou gestantes estavam em pé. Por vezes, chegou a solicitar a outros jovens que cedessem seus lugares a pessoas com deficiências físicas. E, mesmo ouvindo de colegas sem escrúpulos, que está sendo tolo, ele não abre mão das atitudes que julga corretas. Jovens como esses vêm ao mundo para torná-lo mais agradável, mais justo e mais humano. E é por essas e outras razões que vale a pena acreditar que o mundo está mudando. Que o nosso planeta será cada vez melhor e mais receptivo a Espíritos moralmente mais evoluídos. 
 * * * 
Há pessoas que se entregam à depressão e outras enfermidades por acreditar que ninguém se importa com elas. Assim, um simples gesto de solidariedade pode se constituir em um dos mais poderosos remédios contra esse tipo de mal. E é um remédio que não custa nada, não tem contraindicação e está ao alcance de todos. 
Redação do Momento Espírita com base no artigo Flagrantes da vida real, da Revista Seleções Reader’s Digest, de setembro de 1948. Em 14.06.2010.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

PRÊMIO À FÉ

SANTA MADRE TERESA DE CALCUTÁ
Prêmio à fé Foi no ano de 1973 que o Prêmio Templeton foi dado pela primeira vez. Entre dois mil indicados ao corpo de jurados, a escolha recaiu sobre Madre Teresa. O encarregado para fazer a entrega do prêmio foi o marido da rainha da Inglaterra, Filipe, duque de Edimburgo. O Prêmio Templeton tem como exigência premiar a qualidade do testemunho religioso. No seu discurso, o duque de Edimburgo teve oportunidade de assim se expressar: Nada posso nem me atrevo a dizer sobre Madre Teresa. Mas há muito que aprender de seu exemplo. A lição que, sobretudo, deveríamos aprender é tão simples quanto velha: a fé de uma pessoa mede-se por seus atos... Madre Teresa não poderia ter vivido tal vida nem realizado tais obras sem uma fé imensa. Depois de receber o Templeton, na presença de personagens ilustres, Madre Teresa, por uma questão de cortesia, pronunciou algumas palavras: Ao conceder-me este Prêmio, vós o destes a todas as pessoas que, de todos os lugares da Terra, compartilham comigo o mesmo trabalho, semeando o amor de Deus entre os pobres. Nós estamos em contato com o corpo de Cristo. É a Cristo que tem fome que nós damos de comer. A Cristo nu que nós vestimos. A Cristo desalojado que oferecemos teto. Mas a Sua não é apenas fome de pão, nudez de roupas, ou necessidade de uma casa de alvenaria. Cristo tem, hoje, em nossos pobres, e também nos ricos, fome de amor, de cuidados, de calor humano, de alguém que se preocupe com eles como de algo próprio. Hoje como ontem, Jesus vem aos Seus e eles não O reconhecem. Vem nos corpos purulentos dos nossos pobres. Vem até mesmo nos ricos que estão se deixando sufocar pelas riquezas, na solidão de seus corações, e não têm quem os ame. Damo-nos conta da existência dessa classe de pessoas, talvez ao nosso lado? Talvez se trate de um cego que ficaria muito feliz se lhe lêssemos o jornal. Talvez seja um rico que não tem quem o visite. Não lhe falta nada materialmente, mas está sufocado por sua própria riqueza. Algum tempo atrás, veio ter conosco um homem muito rico. Disse-me: “Aceite esta oferta, para que alguém venha à minha casa. Estou quase cego. Minha mulher perdeu o uso da razão. Nossos filhos se afastaram de nós. Estamos morrendo de solidão.” Desejavam o amável acento da voz humana. Nossos moribundos abandonados, nossos doentes, nossas crianças sem assistência, paralíticos, têm necessidade de amor, de compaixão, de calor humano. O dinheiro não basta. Eles têm necessidade de que nossas mãos lhes prestem serviço, de que nossos corações lhes ofereçam amor. É Cristo que tem fome de amor e de cuidados. A Bíblia diz: “Procurei quem me consolasse e não encontrei.” Como seria terrível se Cristo tivesse que repetir isso hoje. 
* * * 
A vida dessa mulher incomparável nos diz que é possível fazer o bem, superando qualquer dificuldade. Que a vivência dos preceitos evangélicos é possível, bastando que nos armemos de fé. Fé que é certeza inabalável de que somos filhos do mesmo Pai e, portanto, pertencentes a uma única e imensa família. Pensemos nisso. 
Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos de Madre Teresa de Calcutá. Em 24.1.2018.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

DEUS NO SORRISO DE MINHA FILHA

Andrey Cechelero
Hoje encontrei Deus no sorriso de minha filha. Porém, o gesto espontâneo e luminoso não foi para mim, foi para um estranho, alguém que ela nunca havia visto antes, sentado à mesa ao lado, com o olhar distante e triste. Pude ver o Criador nos olhos dela. Ela acenou, como se quisesse perguntar: 
-“Está tudo bem com você?” 
Em seguida, lhe jogou um beijo, deliberadamente. Certamente não estava tudo bem... Deus sabia. Tanto sabia que, no mesmo instante – instante mágico – a Divindade amorosa encontrou na mesa mais próxima um sorriso amigo, uma pequena lamparina para acender na vida daquele filho desanimado. A pessoa não resistiu e também sorriu, e até acenou de volta, com um certo encantamento pela atitude tão pura e doce de criança. Hoje encontrei Deus no sorriso de minha filha... Mas, o sorriso não foi para mim, foi para a dor do mundo que ainda lateja incômoda por aí. E, sem perceber, aquele sorrir também me fez um pouco mais feliz. Pensando bem, acho que Ele também sorriu para mim. E agora sorri para você. Deus irradia sorrisos. 
 * * * 
O Criador atua no mundo através de leis perfeitas, e uma delas é a lei do amor. A lei do amor tem nuances infinitas, mas uma certamente se manifesta através do senso de atenção que desenvolvemos uns pelos outros. Eu percebo você, eu me interesso por sua vida e tudo que diz respeito a você também me importa. Saímos de dentro da casca do egoísmo avassalador e começamos a viver como comunidade. Não é apenas a minha dor que enxergo, mas a sua também. Não são apenas ou meus problemas que existem, mas os seus igualmente. Não sou apenas eu que tenho direito de ser feliz, mas você também. E o mais curioso e impressionante desta lei é que, cuidando da dor do outro, tratamos também a nossa, no silêncio de nossa intimidade. É a lei do amor que faz com que sejamos gratificados interiormente pela felicidade, toda vez que praticamos a caridade, que nos doamos, que nos importamos com nosso próximo. É a lei do amor que nos aproxima uns dos outros, que faz com que juntemos forças, que percebamos que não estamos sozinhos nos embates do dia a dia. É a lei do amor que nos faz abraçar a maternidade e a paternidade com tanta dedicação, promovendo ao infinito aquelas almas antigas de roupas novas. É a lei do amor, praticada por todos nós, que virá a ser responsável pela extinção das misérias sociais que ainda nos incomodam tanto. Ela eliminará preconceitos, reconciliará adversários e será responsável pela espiritualização da Humanidade toda. 
 * * * 
Feliz aquele que ama, porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo! Seus pés são leves, e ele vive como transportado fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou essa palavra divina, — amor — fez estremecerem os povos, e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo. 
Redação do Momento Espírita, com base no texto Deus no sorriso de minha filha, de Andrey Cechelero, do blog O Essencial e o Invisível e no cap. XI, item 8, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB. Disponível no CD Momento Espírita, v. 30, ed. FEP. Em 6.9.2016.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

OS PEDIDOS DA INFÂNCIA

O mundo adulto é, por vezes, sombrio. Envoltos na capa das preocupações, os homens se permitem a depressão, o estresse, o cansaço da vida. Nesse ritmo, os dias se sucedem aos dias, enquanto o entusiasmo diminui e as horas se arrastam, pesadas. Há quem, tendo vencido uma etapa maior de anos, se mostre totalmente em desalento, com a certeza de que dias melhores não virão jamais. E dizem: Ainda bem que não tenho mais tantos anos para viver. Ainda bem que não verei os anos futuros. Pobres de meus netos que terão que aguentar isso tudo! Ao lado desses que já desistiram de viver, apenas sobrevivendo a cada dia, existe uma outra classe de pessoas bem diferente. Essa é entusiasta, alegre e tem a certeza absoluta de que o céu é azul, os sonhos são cor-de-rosa e o mundo é uma rica promessa de venturas. Essa classe é composta pelas crianças das mais variadas idades. Desde os bebês, que estão descobrindo o mundo e que riem por tudo e por nada. Riem porque o cachorro lhes lambe o rosto; porque o brinquedo caiu e fez um barulho esquisito; porque alguém lhes faz cócegas. Essa classe sabe viver cada dia com intensidade. Quando vai a uma festa, não se importa com a roupa, nem com o que será servido. O que deseja é estar com os amigos e brincar. Amigos que podem ser de longa data. Amigos que pode fazer na hora, simplesmente a partir de um convite tentador: 
-Quer brincar comigo? 
Ao final do dia, depois das brincadeiras, das risadas, o estômago diz que é preciso comer. E todos os que fazem parte dessa privilegiada faixa etária chamada infância vão à mesa. Com gosto e com vontade. Cachorro-quente, brigadeiro, bolo, suco. Tudo serve para se deliciar. E todos eles comem com os olhos, com as mãos, antes mesmo de levarem à boca o alimento. Criança é assim. Faz cada coisa a seu tempo e com prazer. Brinca, come, descobre as mil delícias de viver cada momento. Essa classe dá lições de vida todos os dias. Não foi por outro motivo que a sabedoria nazarena afirmou que todo aquele que desejasse entrar no reino dos céus deveria se assemelhar a um menino. É porque a infância enfrenta os perigos, os desafios, com a certeza da vitória. Criança não pensa que será um fracasso. Ela joga para ganhar, ela canta para agradar, ela busca a proteção dos braços do amor para se abrigar e se entrega, em totalidade. Adormece, sem se preocupar se o hotel tem três ou cinco estrelas, se o quarto que lhe foi dado é pequeno ou grande. E quando se entrega ao sono, faz a sua prece: Deus, obrigado pela vida. Espero que ela tenha mais coisas boas do que ruins. Que todas as crianças tenham pais, que os pais sejam bons e as crianças, felizes. Que sempre haja bastante brincadeira, festa, desenho animado, sorvete de chocolate e bolo na mesa de todas as crianças. Agora eu vou dormir, Deus. Quando eu acordar, espero que o Senhor tenha já ouvido e atendido os meus pedidos. Aprendamos com as crianças. 
Redação do Momento Espírita. Disponível no livro Momento Espírita, v. 8, ed. FEP. 
Em 22.1.2018

domingo, 21 de janeiro de 2018

DEUS NÃO TEM PRESSA

Você já se deu conta de que Deus não tem pressa? A pressa é um dos maiores males dos tempos modernos. É como se a Humanidade desejasse acelerar os acontecimentos num período de tempo muito curto. E a educação das nossas crianças não foge à regra. Quando nosso filho procede com infantilidade aos cinco anos de idade, por exemplo, dizemos: 
-Por que não se comporta como um homenzinho? 
Qualquer pessoa sensata sabe que ele não é um homenzinho. Mas queremos que a criança aja como adulto, não porque seja bom para ela, mas porque é conveniente para nós. Talvez não porque achemos isso certo, mas porque estamos impacientes. Roubamos os nossos filhos quando os fazemos atravessar às pressas a infância. Também a nós logramos porque perdemos a oportunidade de nos deixar contagiar pela sua inocência, sua curiosidade espontânea, sua admiração natural, sua alegria sem restrições. Muitas vezes, a nossa impaciência impede o desenvolvimento de grandes inteligências e de grandes almas, porque esquecemos de que a assimilação do bem é um processo lento. 
Certa vez, um pai perguntou ao Diretor de uma Universidade se o Currículo Escolar não poderia ser simplificado para que seu filho pudesse ir por um caminho mais curto. Sem dúvida, respondeu o educador. Tudo depende, porém, do que o senhor queira fazer do seu filho. Quando Deus quer fazer um carvalho, por exemplo, leva cem anos. Quando quer fazer uma abóbora, precisa apenas de três meses. É comum nos esquecermos de que as engrenagens das nossas vidas estão interligadas com as do Criador. Assim sendo, como os dentes das engrenagens dos planos de Deus são mais fortes do que os das nossas, quando aceleramos mais que Deus, as nossas se quebram. E por essa razão, cansamo-nos, despedaçamo-nos. A natureza nos oferece muitas indicações de que o nosso ritmo alucinado não é normal. Quando saímos dos lugares superlotados, fugimos dos horários e andamos por entre as árvores que crescem devagar e as montanhas silenciosas que parecem estar sempre tranquilas, absorvemos um pouco da serenidade e da calma da natureza. No entanto, não devemos confundir paciência com passividade, inércia, e esperar que tudo seja feito por nós. Paciência é determinação de começar cedo a empregar o tempo para realizar coisas úteis. A melhor ilustração de tudo isso pode ser o caso da menina que disse à mãe, logo depois que uma senhora de cabelos brancos saiu de sua casa: 
-Se eu pudesse ser uma velha assim, tão simpática e tão boazinha, não me importaria de envelhecer. 
-Está muito bem, respondeu a mãe. Se você quer ser uma velha assim, convém começar desde já, pois ela não ficou assim às pressas. 
 * * * 
O Sol leva todo o tempo que lhe é necessário para nascer e se pôr. Não é possível apressá-lo. O gelo no lago se derreterá quando a temperatura do ar for apropriada. As aves migratórias chegarão e partirão quando estiverem prontas para isso. Até as invenções, sobre as quais o homem aparentemente exerce absoluto controle, só chegam no tempo próprio, quando a oportunidade amadureceu e a cultura está pronta para recebê-las. Uma vez mais o Mestre de Nazaré tinha razão ao dizer: 
-Primeiro a erva, depois a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga. 
Quis com isso dizer que tudo vem a seu tempo, sem pressa nem desespero. Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, baseado em artigo de Seleções Reader’s Digest, de fevereiro de 1957. Disponível no CD Momento Espírita v.6, ed. Fep. Em 29.11.2010.

sábado, 20 de janeiro de 2018

DEUS NÃO DESISTE

Você já se deu conta de que Deus nunca desiste? Se ainda não havia percebido, observe o mundo ao seu redor. Se você amanhece triste, Deus lhe oferece o canto dos pássaros, antes mesmo do amanhecer, pois seu canto sonoro se faz ouvir quando a noite ainda não se despediu por completo. Se você se sente só no mundo, Deus lhe acena com inúmeras oportunidades de conhecer pessoas e fazer novas amizades, desfazendo essa sensação de abandono. Deus nunca desiste... Para aqueles que não gostam dos dias chuvosos, o Criador enfeita as folhas verdes com pequenas gotas brilhantes, como querendo mostrar que a chuva tem seus encantos e belezas. Para quem não gosta dos dias quentes, Deus oferece o espetáculo dos insetos alados, em graciosa dança, a dizer que o verão tem sua graça. Deus nunca desiste... Aos Seus filhos que não apreciam os dias frios do inverno, Deus mostra as noites mais limpas e cravejadas de estrelas e os dias de céu mais azul, de todas as estações. Deus nunca desiste... Se você ainda hão havia percebido essa realidade, comece a olhar ao seu redor. Há muitos motivos para você acreditar que o Criador está sempre fazendo o máximo para que você perceba o Seu empenho. Só no dia de hoje, quantas mostras da ação de Deus não se podem contemplar?! Se, para você, o dia parece inútil, as situações sem graça e os problemas sem possibilidade de solução, pare e observe melhor. Você notará uma árvore lhe oferecendo sombra, uma flor ofertando perfume, um pássaro cantando para você, uma borboleta o convidando a bailar... porque Deus nunca desiste. Ainda que a morte se apresente como vencedora da vida... Mesmo que se diga o ponto final da relação de amor que nos une a outros seres... Ainda que se proclame devastadora de sentimentos e capaz de aniquilar sonhos... Não se deixe levar por essa farsante cruel... Porque do outro lado do túmulo a morte será desmascarada, porque Deus nunca desiste... e a vida segue estuante. O Criador tem planos de felicidade para você... E jamais desistirá, enquanto você não tomar posse dessa herança que lhe foi destinada. Essa herança está depositada no íntimo de cada um de nós, e mesmo que os milênios se escoem, que nos pareça que jamais a conquistaremos, um dia a felicidade será realidade... Deus nunca desiste... Ainda que no dia de hoje você não tenha nenhuma conquista significante, que a tristeza lhe ronde as horas, que a alegria pareça distante e a esperança esteja de férias... Deus não desiste. Quando o hoje partir e nada mais restar de suas horas, Deus lhe acenará com um novo dia, e novas oportunidades surgirão para que você dê mais um passo na direção da felicidade efetiva. E se esta existência não for suficiente para você atingir a felicidade suprema, ainda assim, Deus não desistirá... Uma nova oportunidade irá surgir... uma nova existência lhe será oferecida... e novamente teremos a prova de que Deus não desiste. E se Deus não desiste é porque Ele ama cada filho Seu... E se assim é, por que você, que é herdeiro desse Pai amoroso e bom, irá desistir? Pense nisso e observe os acenos divinos em cada convite da vida para que você jamais deixe de caminhar na direção da luz. ... Porque Deus, Deus nunca desiste. 
Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8 e 9 e no livro Momento Espírita, v. 5, ed. Fep. Em 05.03.2012.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

DEUS NÃO DESAMPARA

EMMANUEL E CHICO XAVIER
O livro do Apocalipse está repleto de símbolos profundos. Por conta disso, sua leitura costuma ser um tanto árdua. Mesmo assim, dele podem ser extraídas preciosas lições, hábeis a ampliar o progresso espiritual. Em determinado ponto da narrativa, consta o seguinte versículo: 
E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição e não se arrependeu. 
Essa pequena frase é rica de significados. Ela evidencia a extrema bondade de Deus, manifestada para com todos os Seus filhos. Perante os erros mais clamorosos, Ele Se posiciona como um Pai amantíssimo, embora justo. Muitos insistem pela rigidez e irrevogabilidade das determinações de origem Divina. Entretanto, convém refletir sobre a essência sublime do Amor que tudo gerou e a tudo sustenta. Esse amor apaga vidas escuras e faz nascer novo dia nos horizontes da alma. Mediante as sucessivas vidas, viabiliza os mais improváveis reajustes e redenções. Mesmo entre os juízes terrestres, existem providências fraternas, como a liberdade sob condições. Por certo, não será o Tribunal Celeste constituído por inteligências mais duras e inflexíveis. A casa do Pai é muito mais generosa do que qualquer figuração de magnanimidade que se possa conceber. Em Seus celeiros abundantes, os recursos são infinitos. Neles há empréstimos e moratórias, para quem muito deve em face das soberanas Leis que regem a vida. Também são habituais as concessões de tempo para aquele que se complicou espiritualmente, ao longo dos séculos. Em suma, os recursos da Misericórdia Divina não podem ser concebidos pela mais vigorosa imaginação humana. O Altíssimo fornece dádivas a todos, em Sua generosidade. É aconselhável que o homem medite no que tem feito desses recursos. Que cesse de reclamar e de se achar injustiçado. Que jamais se permita imaginar o Pai Amoroso apresentado por Jesus como um ser vingativo e mesquinho. Mas ponha a mão na consciência e se encha de gratidão por tudo o que tem. Aprenda a valorizar seus amores, seu trabalho e suas lutas. Esses recursos sublimes não devem ser desperdiçados. Eles se destinam a propiciar uma retificação de rumos. Mediante sua utilização, o homem deve crescer em discernimento e em bondade. Deve se desgostar de velhos vícios, arrepender-se de equívocos e marchar rumo ao Alto, com galhardia. Muitos são prisioneiros da concepção de justiça implacável. Tais ignoram os maravilhosos auxílios do Todo Poderoso, que se manifestam por mil modos diferentes. Contudo, há também os que procuram a própria iluminação pelo Amor Universal. Esses sabem que Deus dá sempre e que é necessário aprender a receber e a repartir. Pense nisso. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 92 do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb. Em 24.11.2010.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

CONQUISTAS DO ESPÍRITO

Ela nasceu no México, em uma cidade chamada São Miguel de Nepantla. Filha de um pai basco e de uma mãe índia, cedo mostrou seus dotes intelectuais e sua rara inteligência. Aos três anos aprendeu a ler e aos cinco iniciou a escrever versos. Seu sonho era estudar. Por isso, ao saber que existia algo chamado Universidade, onde havia acesso à ciência, ao saber, pediu ao pai que a matriculasse. Mas, aqueles eram tempos em que para a mulher não se abriam tais possibilidades. O mundo intelectual era dos homens. Ela frequentou, por três anos, a corte do vice-rei, no intuito de travar contato com cabeças privilegiadas. Não logrou o êxito que idealizava. Por fim, adentrou o convento de São Jerônimo da Conceição. Estudou dogma, direito canônico, medicina, astronomia. Tornou-se pintora miniaturista. Escreveu peças teatrais, poemas, música sacra. Quando foi repreendida, pela ousadia de adentrar o campo científico e cultural, defendeu o direito da mulher de se ilustrar. Considerada a primeira feminista da América Latina, Juana Inês de La Cruz responde aos argumentos pobres com que a agridem, com a sabedoria de quem se aprofundara nas letras e nas ciências. Busca na Bíblia, na mitologia, os vultos femininos que marcaram época pela sabedoria e competência. Recorda Débora, fazendo leis; a sapiente rainha de Sabá; Ester; Aspásia Milesia que ensinou filosofia e retórica. Cita o Cântico de Maria, mãe de Jesus, para justificar a sua poesia: A minha alma glorifica o Senhor; e o meu Espírito exulta em Deus meu salvador. Porque lançou os olhos para a baixeza da sua escrava; portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada. Juana Inês de La Cruz morreu no ano de 1695, durante uma epidemia de peste. Contraiu a enfermidade atendendo as suas irmãs do convento. Seu vulto, até hoje, é venerado no México, como das mais nobres personalidades que viveram na América Latina. Uma mulher no século XVII. Enfrentou os preconceitos de seu tempo. Conviveu com a inveja dos que a desejavam calada, a fim de que a sua inteligência e sabedoria não se evidenciasse. Nada a abateu. Como uma estrela de sublime grandeza, ela brilhou, conquistando intelecto e moral. 
* * * 
Quando as cores sombrias da adversidade pretenderem toldar o céu da tua vida, pensa que és capaz de as afugentar. E segue sempre. Não te permitas abater pelas críticas tolas, pelos obstáculos que se interponham aos teus sonhos. Persiste e vence. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Juana de Asbaje; no cap. Sóror Juana Inês de La Cruz do livro A veneranda Joanna de Angelis, ed. LEAL e no Evangelho de Lucas, cap. 1, vers. 46 a 48. Em 18.1.2018.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

DEUS NA NATUREZA

A cada novo dia a natureza nos oferece espetáculos de belezas sem fim... Quem já não contemplou a maravilha de uma gota de orvalho a brilhar, refletindo a luz do sol? Uma simples teia de aranha e sua engenharia perfeita... A relva verde... o andar desengonçado de um joão-de-barro, logo ao amanhecer... Uma folha seca bailando no ar prenunciando o inverno... O céu de anil com suaves pinceladas brancas como se fossem nuvens de algodão. O entardecer, quando o sol se despede deixando rastros em vários tons dourados como se fosse ouro derretido, levemente espalhado por mãos invisíveis... A lua cheia refletida num lago, parecendo um grande espelho líquido... A cantoria do vento na folhagem das árvores, qual suave melodia, convidando a sonhar... O olhar de um cão solitário, pedindo companhia... O balançar do salgueiro, lembrando mãos distendidas nas margens dos rios e lagos, como a protegê-los... O ir e vir das ondas, acariciando a areia quente das praias como querendo amenizar o calor... O cheiro do mato, após a chuva... A água cristalina dos rios que correm por entre as montanhas, como se fossem veias transportando a vida. O sorriso inocente na face da criança, pedindo amparo e proteção. As pegadas do lavrador nas estradas poeirentas que conduzem ao eito... O galopar do cavalo evidenciando sua liberdade... O abrir e fechar das asas da borboleta sobre a flor, a andorinha fazendo acrobacias no ar, a garça solitária à espreita do alimento. O abraço afetuoso de um amigo. O rosto sulcado do ancião, que não teme a velhice por saber que ela não alcança o Espírito. As mãos calejadas do trabalhador... A noite bordada de estrelas a nos mostrar a grandeza do Universo infinito... Uma gota d'água na pétala de uma rosa, refletindo outras tantas rosas... O tamborilar da chuva no telhado... A goteira a cantar na calha... A araucária secular, com seus galhos esparramados, debulhando as pinhas para saciar com seus frutos a fome dos pássaros. O cricrilar do grilo, o coaxar da rã, o piar da coruja fazendo-se anunciar na noite silenciosa. O som melodioso extraído do teclado por mãos habilidosas. A harmonia das cores nos canteiros floridos das ruas e praças... O dia, que a cada amanhecer renova o convite para que vivamos em harmonia, imitando a natureza. Essas e outras tantas belezas são a presença discreta de Deus na natureza que nos cerca, dizendo-nos que também somos Suas criaturas e que fazemos parte desse Universo maravilhoso, e que, acima de tudo, somos herdeiros desse mesmo Universo, como filhos do Criador que somos todos nós. 
 * * * 
A contemplação da natureza oferece ao homem incontestavelmente, inefáveis encantos. Na organização dos seres descobre-se o incessante movimento dos átomos que os compõem, tanto quanto a permuta constante e operante entre todas as coisas. Justa é a nossa admiração por tudo o que vive na superfície da Terra. 
Redação do Momento Espírita,com pensamento final extraído do livro Deus na natureza, de Camille Flammarion, ed. FEB. Disponível no CD Momento Espírita, v. 2, ed. Fep. Em 13.04.2009.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

DEUS FALA AOS HOMENS

Quando lemos sobre as vidas dos grandes missionários da Humanidade, muita vez nos surpreendemos com as suas intuições. Parece que, na calada da noite, Deus se acercava dessas criaturas e lhes falava, direcionando-lhes as ações do dia imediato. Por isso, nos dias atuais de muita intranquilidade, em que o homem dá mostras de ter perdido a capacidade de arranjar tempo para reflexionar e meditar, nos perguntamos: 
-Será que Deus ainda fala aos homens? 
Soubemos de um jovem que compareceu ao estudo do Evangelho na residência de um casal amigo. Ao se despedir, enquanto se dirigia para casa, em seu carro, começou a desejar ouvir a voz de Deus. Inflamado pela leitura e comentários da noite, em torno do Evangelho de Jesus, desejava servir. Mas, como? Então, pareceu-lhe ouvir uma voz que vinha de sua própria intimidade: 
-Pare e compre um litro de leite. 
O rapaz não deu atenção. A ordem se repetiu em sua mente. Ele sorriu: 
- Deus, é o Senhor? Muito bem, Deus. Caso seja o Senhor, comprarei o leite. Afinal, não é nada difícil. 
Continuando no caminho de casa, ao passar por uma determinada rua, ouviu a ordem: 
-Vire aqui. 
O jovem hesitou. Que coisa estranha lhe estava acontecendo naquela noite. Seria tudo por causa do que estava pensando, após as palavras do Evangelho? 
- Isso é loucura! Falou para si mesmo. 
Mas decidiu obedecer. A rua era uma área mista de comércio e residências. Não se podia dizer que era um local rico, mas também não muito pobre. Os estabelecimentos comerciais estavam fechados. A maioria das casas estava com as luzes apagadas. Do outro lado da rua, uma casa de luzes acesas lhe chamou a atenção. 
- Vá e dê o leite para as pessoas daquela casa iluminada, escutou ele de novo. 
-Como vou chegar a uma casa estranha, bater e oferecer leite? Dirão que estou louco.
Decidido a obedecer, atravessou a rua, bateu à porta. Ouviu um barulho vindo de dentro, parecido com o choro de uma criança. A porta se abriu, antes que o jovem pudesse dar meia volta e sumir. O homem que apareceu tinha um olhar estranho e não parecia feliz em ver um desconhecido na soleira de sua casa. O jovem o olhou e entregou o leite. O homem, surpreso, pegou o produto. Entrou, chamando pela esposa. Logo, uma mulher passou pelo corredor com o leite e foi para a cozinha. O homem a seguiu, segurando nos braços uma criança que chorava. Depois, se lembrou do rapaz à porta e voltou: 
-Moço, nós temos orado muito. Estamos com muitas contas para pagar. O dinheiro acabou. O leite também. Pedimos, intensamente a Deus para mandar um anjo com um pouco de leite. Você é o anjo? 
O jovem abriu sua carteira, tirou o dinheiro que tinha e o colocou nas mãos do homem. Voltou-se, foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face. 
* * * 
Deus se manifesta assim. No íntimo das criaturas, na hora da meditação, no silêncio das madrugadas, no gesto anônimo que doa sem perguntar, que auxilia sem questionar. Exatamente, como no dia em que nasceu Jesus, o Celeste Amigo, Deus continua a falar aos homens de boa vontade. Felizes os que o escutam e realizam Sua vontade na Terra.
Redação do Momento Espírita com base no texto Deus fala com os homens? de autoria ignorada. Em 11.2.2013.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A FAMÍLIA EM PRIMEIRO LUGAR

Stephen Kanitz
O administrador Stephen Kanitz, colunista da revista Veja, escreveu em edição de fevereiro de 2002 mais ou menos o seguinte: 
Há vinte anos presenciei uma cena que modificou radicalmente minha vida. Foi num almoço com um empresário respeitado e bem mais velho que eu. O encontro foi na própria empresa. Ele não tinha tempo para almoçar com a família em casa, nem com os amigos num restaurante. Os amigos tinham de ir até ele. Seus olhos estavam estranhos. Achei até que vi uma lágrima no olho esquerdo. “Bobagem minha”, pensei. Homens não choram, especialmente na frente dos outros. Mas, durante a sobremesa, ele começou a chorar copiosamente. Fiquei imaginando o que eu poderia ter dito de errado. Supus que ele tivesse se lembrado dos impostos pagos no dia. 
-“Minha filha vai se casar amanhã”, disse sem jeito, “e só agora a ficha caiu. Percebo que mal a conheci. Conheço tudo sobre meu negócio, mal conheço minha própria filha. Dediquei todo o tempo à minha empresa e me esqueci de me dedicar à família.” 
Voltei para casa arrasado. Por meses, me lembrava dessa cena e sonhava com ela. Prometi a mim mesmo e a minha esposa que nunca aceitaria seguir uma carreira assim. Colocar a família em primeiro lugar não é uma proposição tão aceita por aí. Normalmente, a grande discussão é como conciliar família e trabalho. Será que dá? O cinema americano vive mostrando o clichê do executivo atarefado que não consegue chegar a tempo para a peça de teatro da filha ou ao campeonato mirim de seu filho. Ele se atrasou justamente porque tentou conciliar trabalho e família. Só que surgiu um imprevisto de última hora, e a cena termina com o pai contando uma mentira ou dando uma desculpa esfarrapada. Se tivesse colocado a família em primeiro lugar, esse executivo teria chegado a tempo. Teria levado pessoalmente a criança ao evento. Teria dado a ela o suporte psicológico necessário nos momentos de angústia que antecedem um teatro ou um jogo. A questão é justamente essa. Se você, como eu e a grande maioria das pessoas, tem de conciliar família com amigos, trabalho, carreira ou política, é imprescindível determinar quem você coloca em primeiro lugar. Colocar a família em primeiro lugar tem um custo com o qual nem todos podem arcar. Implica menos dinheiro, fama e projeção social. Muitos de seus amigos poderão ficar ricos, mais famosos que você e um dia olhá-lo com desdém. Nessas horas, o consolo é lembrar um velho ditado que define bem por que priorizar a família vale a pena: 
“Nenhum sucesso na vida compensa um fracasso no lar.” 
Qual o verdadeiro sucesso de ter um filho drogado por falta de atenção, carinho e tempo para ouvi-lo no dia a dia? De que adianta ser um executivo bem-sucedido e depois chorar durante a sobremesa porque não conheceu sequer a própria filha?
 * * * 
O lar constitui o cadinho redentor das almas. Merece nosso investimento em recursos de afeto, compreensão e boa vontade, a fim de dilatar os laços da estima. Os que compõem o lar são os marcos vivos das primeiras grandes responsabilidades do Espírito encarnado. Assim, acima de todas as contingências de cada dia, compete-nos ser o cônjuge generoso e o melhor pai, o filho dedicado e o companheiro benevolente. Afinal, na família consanguínea, temos o teste permanente de nossas relações com toda a Humanidade. 
Redação do Momento Espírita, baseado no artigo de Stephen Kanitz, Revista Veja, seção Ponto de vista, de 20 de fevereiro de 2002 e no cap. 19 do livro Conduta Espírita, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Waldo Vieira, ed. FEB. Em 15.1.2018.

domingo, 14 de janeiro de 2018

DEUS EXISTE?

A pergunta ainda baila na mente de muitas pessoas. Criaturas que se dizem agnósticas, descrentes de Deus. Pessoas que têm ideias muito próprias a respeito da Criação, como se a harmonia que a tudo rege não nos dissesse, em altos brados, que uma ideia diretriz comanda o Universo. Mas, para quem tem olhos de ver, basta um perpassar de vistas pela natureza para concluir pela existência desse Criador incriado, perfeição inigualável. Como se poderia, de outra forma, admirar os campos de lavanda, perfumados e coloridos? Quando se admira o arco-íris, já nos indagamos quem o traça de forma tão perfeita, nos céus? Quem dobra as pétalas dos botões, que se abrem em corolas brilhantes? Quem coloca música tão diversa no cantar das águas do rio manso, da cachoeira altíssima, das cataratas volumosas? Como admirar a pétala aveludada de uma rosa, sem se perguntar quem nela colocou tanta maciez? Quem dispôs que, no mesmo canteiro de jardim, que recebe o mesmo sol, a mesma chuva, sementes minúsculas que, por vezes até se assemelham, confundindo o leigo, se tenha resultado tão diverso? Aqui as rosas apresentam seu brilho nas pétalas, ali os cravos espalham perfume, logo além as margaridas se exibem, enquanto o vento as vai despetalando e murmurando: bem-me- quer, mal-me-quer, ela me ama, ela não me ama... Quem estabelece a rota dos astros no Infinito? Quem determina que a gravidade nos mantenha presos ao planeta, enquanto ele gira vertiginosamente no espaço, em dois movimentos constantes, de rotação e translação? Quem explica isso? Leis. Leis universais. Mas quem as estatuiu? Quem estabeleceu a rota do sol, das estrelas, das galáxias que se movem no Infinito? Quem criou a lei que determina se perpetuem nossos traços em nossos descendentes? E que, ao demais, é regida por uma lei de amor em que, quando as etnias se mesclam, as raças se misturam, novos e belos espécimes aparecem? Quem definiu que duas minúsculas gotículas originassem um novo ser? A tudo isso, o vento responde, a cascata faz eco e os astros estribilham em coro: Deus! Senhor dos mundos! Senhor do Universo. Foi Deus que tudo criou, concebeu e não cessa de criar, surpreendendo o homem a cada passo. O homem que, estudando, observando, se dá conta de que quanto mais descobre, menos sabe e mais há por descobrir. O infindável mundo de Deus, sem fronteiras, em constante expansão. Um mundo que se agiganta no espaço e se esconde no microcosmo. Um mundo a ser estudado para que se louve o seu Criador. Um Deus Pai que a cada dia engendra um espetáculo na aurora e outro no crepúsculo. Um Deus de amor que compõe sinfonias nas águas que descem dos montes e nos filetes que escorrem quase ocultos por entre pequenos seixos. Um Deus que dedilha sinfonias na cabeleira do arvoredo e murmura canções na pradaria... Um Deus! Um Pai! Nosso Pai! 
Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 23, ed. Fep. Em 2.1.2013.

sábado, 13 de janeiro de 2018

DEUSES

Dennis Sorensen
Vós sois deuses, nos afirmou Jesus, reprisando os dizeres dos antigos escritos. Atestava, dessa forma, a nossa condição de criaturas imortais. Espíritos, criados à semelhança do Pai. Também adjetivava nossa extraordinária capacidade criativa, inventiva. E isso, a cada dia, mais demonstra o ser humano. O homem realiza proezas inimagináveis. Alcança a profundeza dos mares. Alça voo, domina as alturas. Lança ao espaço satélites e sondas em busca de outros mundos que intuitivamente acredita existirem. Irmãos seus. De outros planetas. Outras galáxias. Estuda o macrocosmo. Adentra o microcosmo. E seu investimento se reveste de novas e excitantes experiências. Uma das mais recentes foi realizada por cientistas do instituto Bio robotycs, de Pisa, na Itália; da Escola Politécnica Federal de Lausane, na Suíça e de outros centros europeus. Unidos, criaram uma mão robótica. Até aí, parece não extrapolar os tantos avanços dos últimos anos e as descobertas já operadas, nessa área. Contudo, essa criação permitiu a seu usuário, que perdera a mão esquerda, em um acidente, há nove anos, recuperar a sensação do tato. O paciente é o dinamarquês Dennis Sorensen, de trinta e sete anos e é considerado a primeira pessoa amputada do mundo que pôde sentir o tato de sua mão protética, e em tempo real. A grandeza de Deus se revela nos pequenos detalhes. Com a mão humana, temos a capacidade de distinguir o duro do macio, o áspero do liso. E realizamos trabalhos delicados graças ao movimento em pinça. Tudo isso fazemos, diariamente, centenas e centenas de vezes, sem precisar pensar, analisar. Tudo acontece, graças à aparelhagem maravilhosa de que Deus nos dotou, permitindo o sentido do tato. O êxito robótico contou com estudos de Universidades e Hospitais europeus. Os médicos da equipe conectaram a mão aos nervos do braço de Sorensen, que estavam intactos. E então, ele pôde, depois de nove anos, saber o que está segurando, com que força o deve fazer. Perceber a sensação daquilo que a mão está tocando, a textura e a resistência que o objeto oferece ao ser agarrado. Enfim, todas as tarefas rotineiras para uma mão humana, mas um impressionante salto tecnológico para um braço robótico. 
 * * *
Isso nos fala de um mundo admirável, um mundo novo, em que o homem, preocupando-se com o bem-estar do seu semelhante, se dedica a substituir partes desarranjadas, inoperantes ou inexistentes por protótipos mecânicos, que se aproximam o mais possível do original. Com certeza, nunca chegará o ser humano a igualar a Criação Divina mas, essência da própria Divindade, cria produtos semelhantes. Tem o amor a guiá-lo e a vontade de servir como mola propulsora do estudo, das tentativas, não se permitindo o desânimo, indo até a conquista final do idealizado. Nisso, louvamos a Providência Divina que tudo elaborou com detalhes mínimos, garantindo a utilidade e precisão da maquinaria orgânica. Ao mesmo tempo, louvamos a excelência do Pai que dotou Seus filhos com Sua própria essência, transformando-os, igualmente, em co-criadores, em deuses do bem, do amor, do serviço ao semelhante. 
Redação do Momento Espírita, com citação de fato colhido no site www.sonoticiaboa.com.br, de 9 de fevereiro de 2014. Em 17.10.2014.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

SOMOS CONSTRUTORES DE NÓS MESMOS

O pai do menino Blaise Pascal estava acostumado a lidar com números. Além de ser matemático, trabalhava para o governo no setor de cobrança de impostos. Blaise nasceu em 1623, na França. Aos três anos perdeu a mãe e passou a ser criado exclusivamente pelo pai. Este o apresentou aos estudos muito cedo, porém deixou de lado a matemática, pois acreditava que ela só deveria ser ensinada ao filho mais tarde. No entanto, a criança era curiosa, e acompanhando o trabalho do pai à distância, certo dia perguntou: 
-Pai, o que é geometria? 
Blaise tinha apenas seis anos. Seu pai, obviamente, para não deixar o filho sem resposta, explicou, de forma bem sucinta sobre as formas, os ângulos, as medidas... Algum tempo depois, quando numa visita ao quarto do menino, o pai se espanta ao percebê-lo riscado, de cima a baixo, com carvão, com todos os teoremas da geometria euclidiana. Aos dezenove anos, Pascal inventou a primeira máquina aritmética: um tipo de máquina de calcular mecânica, que permitia realizar as quatro operações. Levou dois anos para produzir o equipamento, trabalhando com artesãos. Seu objetivo era ajudar o pai, em seu trabalho como coletor de impostos. Transformou-se em respeitado matemático, inventor, filósofo, físico e escritor. Ao estudar mais a fundo sua vida e obra, não há quem não se encante e admire com tanto conhecimento e desenvolvimento espiritual igualmente. Uma pergunta então poderíamos trazer para reflexão: 
-Como se explica Blaise Pascal? Como se explica uma genialidade que não foi ensinada? 
Obviamente que ele se criou num meio propício ao seu desenvolvimento, mas como seria possível uma criança conhecer os princípios fundamentais da geometria, sem nunca antes ter tido contato com eles? 
-Como explicar Blaise Pascal, ou tantos outros gênios que vieram e ainda vêm à Terra e mostram, claramente, um conhecimento adquirido antes? Pela genética apenas? Fatores genéticos que propiciaram esta anomalia positiva aleatória? 
Sim, aleatória, pois poderíamos perguntar: 
-Por que ele? Qual a razão desse “privilégio” genético? 
Bem, se fôssemos por este campo as perguntas não terminariam nunca. Mas podemos ir para uma linha de raciocínio muito mais lógica e simples. Poderíamos falar em preexistência da alma. Tudo faria mais sentido então: 
Blaise Pascal, uma alma reencarnada, trazia um conhecimento prévio naquelas áreas específicas. Blaise Pascal havia construído aquele conhecimento antes, e agora estava sendo apenas herdeiro de si mesmo. Seria muito mais fácil entender desta forma, entender que somos construtores de nós mesmos ao longo das eras. Somos herdeiros de nós mesmos. Compreender isso nos traz segurança para a alma. Faz-nos entender que estamos imersos numa justiça maior, que vamos desvendando ao longo do tempo, mas que já nos encanta profundamente. Somos construtores de nós mesmos, ao longo das eras. Herdamos nossas próprias conquistas. O Universo está do nosso lado. 
* * * 
São várias as colaborações do Espírito Blaise Pascal com a Codificação Espírita. Destacamos os seguintes dizeres seus: Se os homens se amassem com mútuo amor, mais bem praticada seria a caridade. E, logo adiante: Esforçai-vos por não atentar nos que vos olham com desdém e deixai a Deus o encargo de fazer toda a justiça, a Deus que todos os dias separa, no Seu reino, o joio do trigo. 
Redação do Momento Espírita, com base no item 9, do cap. XVI do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB. Disponível no livro Momento Espírita, v. 8, ed. FEP. Em 12.1.2018.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

TEMPO DE VIDA

Ele era um homem muito observador. Certa feita, sentiu vontade de visitar a cidade de Kammir. Um pouco antes de chegar, chamou-lhe a atenção uma colina que se encontrava à direita do caminho. Estava coberta de um verde maravilhoso, com numerosas árvores, pássaros e flores encantadoras. Tudo rodeado por uma cerca envernizada. Uma pequena porta de bronze convidava a entrar. Ele resolveu conhecer aquele lugar. Entrou e foi caminhando, lentamente, entre as brancas pedras distribuídas no meio das árvores. Permitiu que seu olhar pousasse, como borboleta, em cada detalhe daquele paraíso multicor. E descobriu, sobre uma daquelas pedras, a inscrição: 
Abdul Tareg viveu oito anos, seis meses, duas semanas e três dias. 
Sentiu-se um pouco angustiado ao perceber que aquela pedra era uma lápide. Olhando ao redor, se deu conta de que a pedra seguinte também tinha uma inscrição: 
Yamir Kalib viveu cinco anos, oito meses e três semanas. 
O homem sentiu-se transtornado. Aquele belo lugar era um cemitério. Cada pedra era uma tumba. Uma a uma, leu as lápides e todas tinham inscrições similares: um nome e o exato tempo de vida do falecido. Porém, o que lhe causou maior espanto foi comprovar que quem mais tinha vivido apenas ultrapassara os onze anos. Invadido por uma dor muito grande, sentou-se e começou a chorar. A pessoa que tomava conta do cemitério aproximou-se e perguntou-lhe se chorava por alguém da família. 
-Não, ninguém da família. - Respondeu o visitante. Mas, o senhor pode me responder o que se passa nessa cidade? Que coisa tão terrível acontece aqui? Qual a horrível maldição que pesa sobre essas pessoas que as obrigou a construir um cemitério só para crianças?
O interlocutor sorriu e explicou: 
-Não existe nenhuma maldição. Aqui temos um antigo costume, uma tradição. Quando um jovem completa quinze anos, ganha de seus pais uma caderneta, como esta, que eu mesmo levo aqui, pendurada no pescoço. A partir dessa idade, cada vez que desfrutamos intensamente de alguma coisa boa, anotamos na caderneta. À esquerda o que foi desfrutado e à direita, o tempo que durou. Se conhecemos uma moça e nos apaixonamos por ela, quanto tempo durou essa paixão e o prazer em conhecê-la: uma semana? Duas? Três? A emoção do primeiro beijo, quanto durou: um minuto e meio? Dois dias? Uma semana? E a gravidez ou o nascimento do primeiro filho? E a tão desejada viagem, por quanto tempo desfrutamos integralmente? E o encontro com o irmão que retorna de um país distante? Assim, vamos anotando na caderneta cada momento bem aproveitado, cada minuto que valeu a pena. Quando alguém morre, abrimos a caderneta e somamos o tempo bem desfrutado, para gravá-lo sobre a pedra, porque esse é, de fato, para nós, o único tempo que foi vivido. 
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No balanço final desta curta existência na Terra, o que terá verdadeiramente valido a pena, será o que de bom e útil tivermos vivido. Pensemos nisso! 
Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada. Em 11.1.2018.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

DEUSES DO AMOR

Meredith e a cadelinha Abbey
A Internet é ferramenta excelente para aqueles que a utilizam para as coisas altruístas, que compartilham o que é bom e belo. Foi assim que, de uma dessas criaturas especiais, dispostas à salutar semeadura, recebemos o seguinte texto: 
Abbey, nossa cadelinha de quatorze anos, morreu no mês passado. No dia seguinte, minha filha de quatro anos, Meredith, chorava e comentava sobre a saudade que sentia de Abbey. Ela perguntou se poderia escrever uma carta para Deus a fim de que, assim que Abbey chegasse ao céu, Deus a reconhecesse. Eu concordei e ela ditou as seguintes palavras:
-"Querido Deus. O Senhor poderia tomar conta da minha cachorrinha? Ela morreu ontem e está aí no céu com o Senhor. Estou com muitas saudades dela. Fico feliz porque o Senhor deixou que eu ficasse com ela mesmo depois dela ter ficado doente. Espero que o Senhor brinque com ela. Ela gosta de nadar e de jogar bola. Estou mandando uma foto dela para que, assim que a veja, o Senhor a reconheça e saiba que é a minha cachorrinha. Assinado: Meredith." 
Pusemos a carta em um envelope com uma foto de Abbey com Meredith. Endereçamos: Deus. Céu. Também pusemos nosso endereço como remetente. E Meredith colou vários selos na frente do envelope, pois ela disse que precisaria de muitos para a carta chegar até o céu. Naquela tarde, ela colocou a carta numa caixa do correio. Dias depois ela perguntou se Deus tinha recebido a carta. Respondi afirmativamente. Ontem, havia um pacote embalado em papel dourado, na varanda de nossa casa, endereçado a Meredith. Dentro havia um livro que dissertava a respeito da morte de animais de estimação. Na capa interna, estava colada a carta de Meredith. Na outra página, a foto que ela mandara pelo correio e o seguinte bilhete: 
"Querida Meredith. A Abbey chegou bem. A foto ajudou muito e eu a reconheci imediatamente. Abbey não está mais doente. O espírito dela está aqui comigo como está no seu coração. Ela adorou ter sido seu animal de estimação. Como não precisamos de nossos corpos no céu, não tenho bolso para guardar a sua foto. Assim, a estou devolvendo dentro do livro para você guardar como uma lembrança da Abbey. Obrigado por sua linda carta. Agradeço a sua mãe por tê-la ajudado a escrever e enviado para mim. Que mãe maravilhosa você tem! Eu a escolhi especialmente para você. Envio muitas bênçãos todos os dias e lembro que amo muito vocês. A propósito, sou fácil de encontrar: Estou em todos os lugares onde exista amor. Assinado: Deus."
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Que emocionante história! Uma mãe que se importa com os sentimentos da filha. Alguém que se dispõe a responder e lecionar, com simplicidade, belas verdades. Deus é Espírito. Deus é amor. Ama a todos e Se encontra em todo lugar. Fácil de ser localizado. E as palavras do doce Rabi Galileu parecem ressoar em nossa intimidade: 
-Vós sois deuses. Podeis fazer tudo que faço e muito mais. 
Somos deuses na Imortalidade. Somos deuses no exercício do amor. Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria desconhecida. Em 06.06.2012.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

DICAS PARA UM CASAMENTO FELIZ

Alice Gray
O que faz com que alguns casais vivam anos e anos juntos e desfrutem felicidade? Natural que não seja a felicidade plena e absoluta. Mas uma vida de alegrias, de compartilhamento. Casais que superam dificuldades as mais árduas e prosseguem juntos. Os reveses financeiros, a saúde comprometida, os filhos-problema, tudo é enfrentado a dois, de mãos dadas, consolidando sempre mais a relação. Alguns que não conseguiram manter o próprio relacionamento conjugal, afirmam que, em verdade, isso é resultado de submissão de um ao outro. Anulação da personalidade. Comodismo. São variadas as explicações. No entanto, os que veem se multiplicar os anos na durabilidade de seu matrimônio, têm seus segredos. Cada casal tem sua fórmula especial. Mas algumas dicas, com certeza, auxiliam. Como o casamento feliz é um porto seguro onde se pode relaxar e recuperar das tensões do dia a dia, algumas frases não devem ser esquecidas. Você recorda quando foi a última vez que olhou para sua esposa e lhe disse: 
-Você está deslumbrante hoje? 
Quantas vezes vocês se preparam para ir a uma festa, colocam sua melhor roupa, se alinham. E nem olham um para o outro? Pensem: antes de parecerem bem apresentáveis para os outros, vocês estão no lar, um frente ao outro. Observe como ele continua um gato, um rapaz saradão. Veja como os fios de prata lhe conferem um ar de maturidade. Aproveite para dizer: Estou feliz por ter me casado com você. Já pensou em despertar pela manhã, olhar para o seu cônjuge e dizer: É bom acordar a seu lado? Que tal uma surpresa no meio do dia com um telefonema breve para dizer: 
-Você sempre será o meu amor! 
No jantar em família, olhem nos olhos um do outro. Agora, é o momento de falar: 
-Adoro ver o brilho em seus olhos quando você sorri. 
E, assim por diante. Não perca a chance de dizer como é bom estarem juntos, compartilharem a mesma casa, as alegrias, as dores. Tenha sempre em sua mente, frases como: 
-O que você fez foi muito bom. 
-Não posso imaginar viver sem você. 
-Você é muito especial. 
-Sinto muito, o erro foi meu. 
-Confio em você. 
-Aprecio cada momento que passamos juntos. 
E, quando ele errar o caminho, aproveite para brincar, para rir: 
-Este é o meu marido! Já sei porque você se perdeu de novo. Quer ficar mais tempo comigo a sós, seu danadinho! 
Quando ele estiver muito quieto, pergunte: 
-Em que você está pensando? 
Quando rusgas acontecerem, seja o primeiro a ceder admitindo: 
-Eu gostaria de ser um companheiro melhor. 
Finalmente, não esqueçam de um ao outro dizer a cada dia, quando se despedem, quando cada qual ruma para a sua atividade profissional: 
-Ore por mim. 
-Vou orar por você. 
E, mais importante que tudo, sejam gratos um ao outro, com frases como: 
-Obrigado por me amar. 
-Obrigado por me aceitar. 
-Obrigado por ser meu companheiro. 
-Você torna meus dias mais brilhantes. 
Experimente. Tente. E veja sua relação conjugal frutificar em flores de amor e alegrias.
Redação do Momento Espírita, com algumas frases extraídas do cap. 37, de Steve Stephens, do livro Histórias para o coração, v. 1, organizado por Alice Gray, ed. United Press. Em 9.1.2018.