Douglas Malloch |
Se você não puder ser um pinheiro no topo da colina, seja um arbusto no vale – mas seja o melhor arbusto à margem do regato.
Seja um ramo se não puder ser uma árvore.
Se não puder ser um ramo, seja um pouco de relva, e dê alegria a algum caminho.
Se não puder ser um perfume raro, seja então apenas uma tília; porém, a tília mais cheia de vida do lago.
Não podemos ser todos capitães, temos de ser tripulação.
Há alguma coisa para todos nós aqui. Há grandes obras e outras menores a realizar.
E é a próxima a tarefa que devemos empreender.
Se você não puder ser uma estrada, seja apenas uma senda.
Se não puder ser o sol, seja uma estrela. Não é pelo tamanho que terá êxito ou fracasso.
Mas seja o melhor que puder, independentemente do que seja.
* * *
Fazer a diferença no mundo não quer dizer fazer grandes coisas.
Claro que temos os que, dentre nós, seremos os grandes realizadores, os capitães, os líderes, os exemplos, porém, a grande maioria de nós é tripulação.
Mas, lembremos que uma tripulação pode afundar um navio se assim o quiser.
Todos somos importantes e temos nossas tarefas, nossas missões e responsabilidades.
Em nossas esferas de atuação podemos fazer muito, pouco ou nada.
O convite é para que sejamos mais.
Mais amáveis, mais responsáveis, mais amigos, mais civilizados.
Sejamos a mudança que queremos tanto ver no mundo, nos poderosos, cujo comportamento tanto rechaçamos, na sociedade doente que criticamos duramente.
Construamos ao nosso redor esse mundo novo, iniciemos em nossa família uma vida nova, com novos hábitos, novas regras e novas disposições.
Sejamos diferentes. Sejamos estranhos. Sejamos motivo para comentários dos que não saem da mesmice dos dias iguais e dos comportamentos de massa.
Sejamos amorosos com todos, independentemente da forma com que sejamos tratados.
Sejamos firmes, sem sermos rudes. Tenhamos paciência. Não deixemos que nada nem ninguém roube a nossa tão preciosa paz.
Sejamos otimistas, mas não tolos. Carreguemos o otimismo inteligente de quem sabe que o Universo é regido por leis perfeitas, de quem sabe que no aparente caos há uma Ordem Invisível tomando conta.
Sejamos fortes, mas saibamos pedir ajuda sem medo. Humildade é sinal de grandeza de alma.
Sejamos caridosos, o que significa sermos benevolentes, indulgentes e misericordiosos. Um pouco mais a cada dia. Somos uma construção de séculos, milênios. Essa vida é mais uma etapa dessa grande edificação que somente está ficando mais alta.
Sejamos atenciosos. Percebamos tudo ao nosso redor: a natureza, os movimentos, as pessoas. Principalmente, as pessoas.
Elas precisam de atenção. Precisam de alguém que pare e as ouça, que saia de seu individualismo ensurdecedor, retire seu fone de ouvido e diga: Pode falar, estou ouvindo...
Sejamos o melhor que pudermos, dentro das nossas possibilidades. Façamos a nossa parte, sem nos preocuparmos se os outros estão fazendo a deles.
o convite é para nós, para cada um de nós.
Redação do Momento Espírita, com base em poema, do
livro Be the best whathever you are, de Douglas Malloch,
ed. The Scott Dowd Company.
Em 31.8.2017.
http://momento.com.br
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