quarta-feira, 8 de abril de 2015

AMOR AOS ANIMAIS

Nicole Grahan
Em fevereiro de 2012, o jornal Daily Mail noticiou que uma australiana, chamada Nicole Graham, e sua filha passeavam em dois cavalos numa praia em Melbourne, na Austrália, quando caíram em um atoleiro semelhante à areia movediça. Nicole conseguiu se arrastar na lama para ajudar a filha e um dos animais mas, o cavalo chamado Astro, que montava, acabou ficando preso. Sua filha saiu em busca de socorro. Nicole estava segura e poderia se manter fora do atoleiro, mas não o fez. Percebeu que quanto mais seu estimado animal se movimentava, na tentativa de levantar, mais seu corpo submergia. Sentou-se, então, ao lado dele tentando acalmá-lo. Nesse momento quase todo o corpo do animal se encontrava soterrado. Correndo risco de morte e com o corpo parcialmente coberto pela areia, Nicole permaneceu por três horas com os braços ao redor da cabeça do cavalo, tentando mantê-la erguida, de modo que ficasse para fora da lama até o socorro chegar. À medida que o tempo passava, o animal corria também risco de afogamento, pois estava à beira-mar e o nível da água subia rapidamente, ao redor do ponto onde ele estava atolado. Numa cena emocionante de desespero e solidariedade, aquela mulher arriscou a própria vida para salvar a do animal. Demonstrou o quanto o ser humano é capaz de amar a Criação Divina. Ela não abandonou seu cavalo enquanto ele não foi salvo. Minutos antes da água tomar conta do local, as equipes de resgate conseguiram tirar Astro da lama. * * * É dever do ser humano respeitar e proteger todas as formas de vida. Os diversos animais que rodeiam nossa existência, no planeta Terra, são também criaturas de Deus e devem ser considerados como irmãos menores. Podemos nos servir deles sempre que necessário, mas nenhum direito é em si ilimitado. Eles não estão no mundo com a única finalidade de serem úteis aos homens e devemos ter consciência de que o exercício abusivo de qualquer direito é sempre reprovável. Deus colocou os animais sob nossa guarda. Temos, portanto, o dever de protegê-los. As pessoas que amam e cultivam a convivência com os animais, se observarem com atenção, verificarão que várias espécies são portadoras de qualidades que consideramos humanas. São capazes de ter paciência, prudência, vigilância, obediência e disciplina. Demonstram, muitas vezes, sensibilidade, carinho e fidelidade. Têm sua linguagem própria, seus afetos e sua inteligência rudimentar. Dão-nos a ideia de que quanto mais perto se encontram das criaturas humanas, mais se lhes assemelham. Na convivência com esses seres, devemos estabelecer o limite entre o que é realmente necessário e o que é supérfluo. Quando estiverem sob nossos cuidados ofereçamos-lhes alimentação adequada, afeto, condições básicas de higiene e tratamento para a saúde sempre que necessário. Reflitamos sobre como temos agido em relação a esses companheiros de jornada. Redação do Momento Espírita. Em 5.10.2012.

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