quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

MENSAGEM DE ANO NOVO

Quando se é pequeno tudo o que você deseja se torna bem mais simples do que parece.
Construir o próprio patrimônio, chegar a lua, ter o emprego dos sonhos, viajar pelo mundo. 
O engraçado é que você cresce e maioria desses desejos permanece com você por muito tempo.
Alguns vão continuar apenas como sonhos, outros podem até virar realidade, mas para isso é preciso que você responda a uma pequena pergunta: O que você quer ser quando crescer?
Astronauta, médico, bombeiro.
Saber essa resposta, não será o fim das suas buscas e sim o seu ponto de partida para várias outras. É através dela que o seu futuro começa a ser desenhado, é ela que transforma o plano louco em algo totalmente possível.
Comigo não foi diferente, assim como você, eu queria o improvável, o surpreendente, o inovador, fazer o que ninguém mais seria capaz de realizar, ir tão longe que nenhuma outra pessoa pudesse me alcançar, ser o descobridor de uma nova era, ou quem sabe, de um novo tempo.
Na verdade eu queria mesmo era realizar os meus desejos, assim como numa brincadeira de criança, conquistar tudo aquilo que parecia improvável: o trabalho dos sonhos, a família perfeita, e porque não, viajar pelo espaço. 
Não cheguei a ser astronauta, não fui bombeiro e muito menos médico, mas experimentei o novo, comecei do zero, fiz de tudo e tudo de uma forma diferente. Servi a aeronáutica, vendi jornais, verduras e picolé, trabalhei como ajudante na construção civil, fui operador de produção, pintor e até artesão. 
O meu primeiro patrimônio não foi nenhum castelo, vendi muito esterco e metal para adquiri-lo.
Talvez todas essas funções não me permitiram enxergar mais longe naquele momento, mas com certeza permitiu-me ter experiência suficiente para crescer com humildade, amadurecer, ter responsabilidades, experimentar a minha capacidade de empreender para viver e estar a frente do tempo em que vivia.
E você, tem sonhado com o que? Quais os seus planos para chegar lá? Ficar parado não vai lhe trazer nenhum resultado inovador, não lamente a sua sorte, não tenha vergonha do que faz, posso te dar um conselho, sonhe, experimente, faça o novo, busque a concretização dos se sonhos todos os dias, escolha fazer o que você gosta, não apenas aquilo que lhe traz dinheiro, ele virá naturalmente através de seus esforços. Seja fiel aos seus valores, faça com amor e seja o melhor naquilo que faz, lembre-se você é o único responsável pelo seu êxito, coloque-se sempre em primeiro plano, ame o próximo, na mesma proporção que se ama, somos todos capazes de ser e fazer, não deixe que façam por você, erre e erre de novo, e através do seu erro ganhe experiência, não seja tão duro com você mesmo.
E quando tudo parecer difícil volte a ser criança novamente, sem nenhum medo de responder aquela simples pergunta, o que você quer ser quando crescer.Autor desconhecido.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

ACOMODAÇÃO

O progresso da civilização trouxe consigo muitas facilidades, isso é incontestável.
As comunicações são instantâneas. Ficamos sabendo de tudo o que acontece no mundo, no momento em que está ocorrendo.
Com as conexões via Internet, qualquer pessoa pode navegar pelo mundo apenas acionando algumas teclas.
Jornais, revistas e outras tantas mercadorias chegam em nossas casas, sem que precisemos sair para comprá-los.
Através da TV por assinatura vários canais de televisão do mundo inteiro estão ao nosso alcance. Temos acesso a filmes, documentários e outras diversões apenas acionando alguns botões.
O serviço de entregas por telefone é bem aceito pela população. Proliferam as ofertas, ampliando-se cada vez mais a gama de produtos. São flores, CDs, remédios, alimentos e outras tantas mercadorias que chegam às nossas portas depois de ligeiro telefonema.
São as facilidades modernas que, sem dúvida alguma, o progresso trouxe para o conforto geral.
Todavia, enquanto nos beneficiamos com tais facilidades, nos permitimos a acomodação perniciosa.
A acomodação provoca o estacionamento do Espírito, enquanto ser imortal, criado para o progresso constante.
É ótimo que aproveitemos as facilidades que nos são oferecidas no campo material, mas é imprescindível que busquemos alcançar novos degraus no campo espiritual.
É importante que saibamos empregar bem o tempo que a tecnologia nos poupa.
Mais será cobrado de quem mais tiver. Essa é a afirmativa de Jesus.
Tudo o que nos chega como benefício, são recursos permitidos pela Divindade. Não são fins, mas meios de progresso.
Lutemos, pois, para que não sejamos dominados pela acomodação. Busquemos desenvolver a nossa Espiritualidade. Somos seres imortais e uma outra realidade nos aguarda logo mais, no além-túmulo.
Atentemos também para nossos filhos. Incentivando-os à leitura edificante,  não os deixemos cair nas teias da acomodação, da preguiça, do marasmo.
Com todo nosso afeto mostremos a eles que fazemos parte de uma sociedade e que todos somos interdependentes.
Digamos a eles que, para a construção de uma sociedade melhor, é necessário que todos contribuam ativamente com seu tijolo de amor, ainda que pequeno, mas de suma importância.
Utilizar bem o tesouro das horas, em nosso e em benefício dos que nos rodeiam, eis a grande decisão que nos cabe.
Exercitar a alma, disciplinando as emoções, treinando a paciência, o perdão, a humildade, para que nosso perfil seja condizente com nossos anseios superiores.
Enfim, fazer luz em nossa intimidade e afastar as trevas da acomodação atrevida que teima em se fazer presente em nossas vidas.
*   *   *
Nosso pensamento não para nunca.
É por esse motivo que muitas pessoas, mesmo em idade avançada, ficam lúcidas. É porque nunca se deixaram levar pela acomodação paralisante.
Ao contrário, as que acham que nada mais podem fazer e dão por cumprida sua etapa, têm o cérebro atrofiado e a esclerose se manifesta mais cedo.
Assim, importa que mantenhamos o cérebro e as mãos sempre ocupados com coisas positivas para que a lucidez não nos abandone jamais.

Redação do Momento Espírita.Em 25.04.2011.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

ACOLHIMENTO QUE ARREBATA

Francisco de Assis, em seu tempo, revolucionou ideias e inaugurou parâmetros de comportamento.
Tinha uma forma toda especial de tratar com os deserdados da sorte, os pobres, os equivocados.
Conta-se que, certa feita, três ladrões que viviam atormentando a cidade de Monte Casale, foram pedir comida a Frei Ângelo. Ciente de quem eram e os danos que poderiam provocar, ele os afugentou.
Tão logo se fez a oportunidade, tudo narrou a Francisco, confiante de que receberia agradecimentos pelo que fizera.
No entanto, Francisco, de imediato, não concordou com essa atitude, pois não condizia com a proposta de amor dos Evangelhos e com os exemplos do Mestre Jesus.
Chamando os frades, a todos determinou outro padrão de tratamento para com os irmãos ladrões. Disse-lhes que, caso tornassem a encontrá-los, deveriam ter para com eles um procedimento diferente do comum das pessoas.
Propôs, então, que os frades adentrassem a floresta, onde costumavam se esconder os malfeitores, levando alimento e uma toalha, oferecendo a refeição, mais ou menos nos seguintes termos:
Irmãos ladrões, venham comer. Não precisam assaltar as pessoas. E quando assaltarem, por favor, não batam nelas.
O ritual deveria ser repetido dia após dia e, finalmente, quando conseguissem as presenças dos ladrões para a refeição, deveriam aproveitar para lhes falar de outra forma:
Irmãos ladrões, não seria melhor que vocês trabalhassem em vez de roubar? Podemos ajudá-los a arrumar alguma ocupação. Que tal?
A proposta de acolhimento e regeneração, nessa aproximação gradativa e singela, feita de forma sincera e interessada, acabou por convencer alguns dos ladrões a modificarem a sua vida, aderindo à proposta de amor e fraternidade pregada e vivenciada por Francisco.
*   *   *
É possível que, nos dias atuais, com tanta violência vigorando, a criminalidade alcançando patamares inimagináveis, nenhum cidadão se sinta seguro, a qualquer hora do dia ou da noite, nas ruas, nem em sua casa ou em seu local de trabalho.
Por isso mesmo, dificilmente buscaria um diálogo com malfeitores de qualquer ordem, até mesmo por temor à sua própria vida, pela sua integridade física.
Mas o exemplo vivenciado pelos frades, sob a batuta de amor de Francisco, pode nos servir para meditarmos a respeito de novas fórmulas de tratarmos com os que qualificamos de malfeitores ou criminosos.
Uma proposta de regeneração, de reeducação, iniciando pela conquista através da pedagogia do acolhimento.
Também uma maneira de nos conduzir a reflexões sobre nossa própria forma de tratar os malfeitores da nossa paz, os que nos causam problemas, levantam calúnias, estabelecem obstáculos na harmonia das nossas vidas.
Como poderíamos interagir de forma positiva com eles?
Talvez iniciando por não estabelecer sintonia com sua maldade. Depois, vibrando de forma diversa, endereçando-lhes, como resposta a suas agressões, o desejo de que se reabilitassem, que se dessem conta do desastre que estão causando para si mesmos.
Isso porque quem semeia ventos, colhe tempestades, já sentencia o provérbio popular.
Com certeza, essa nossa mudança de comportamento nos conduziria a melhores dias, a horas mais harmônicas e produtivas.
Pensemos nisso. Tentemos a proposta franciscana.
Redação do Momento Espírita, com base
 em biografia de Francisco de Assis.
Em 31.10.2014.

domingo, 28 de dezembro de 2014

AÇÕES E PALAVRAS

Ralph Waldo Emerson
O que você faz fala tão alto, que não consigo ouvir o que você diz.
O pensamento do filósofo e escritor americano, Ralph Waldo Emerson, precisa de nossa atenção.
Ações falam muito mais de nós mesmos do que nossas palavras.
Nossas palavras articulam-se por conveniência, por convenções e podem ser muito bem dissimuladas por força de nossa vontade, isto é, nem sempre contarão a verdade.
As ações mostram o que há em nossa alma, nossa índole, nossos valores.
É muito fácil falar. Mais difícil agir.
Francisco de Assis, missionário que resgatou a essência da mensagem do Cristo na Terra, em uma de suas pregações, afirmou:
A paz proclamada por vós com palavras deve habitar de modo mais abundante em vossos corações.
Isso significa que precisamos vivenciar algo para que nossas palavras e opiniões tenham peso. É a chamada autoridade moral.
Ela é válida na educação dos filhos, por exemplo.
Esses precisam identificar, nos genitores, o mesmo comportamento que estão exigindo deles.
Caso não encontrem essa referência, dificilmente seguirão qualquer recomendação educacional.
Os filhos poderão até obedecer, mas por medo, por ascendência da força, naquele momento.
Esse tipo de ascendência, porém, não dura. Tão logo se desvencilhem dos pais ou desenvolvam uma independência maior, voltarão a repetir as mesmas atitudes do ontem equivocado.
Resumindo: não aprenderam. Simplesmente atenderam a uma recomendação, por determinado tempo.
Por isso ouvimos falar na força do exemplo.
Os filhos copiam os pais em muitos aspectos. Imitam suas ações, sua forma de lidar com isso ou aquilo na vida. Seus conselhos só serão ouvidos se perceberem a força da autoridade moral embasando as falas.
A sabedoria de alguém não é medida pelo quanto ela sabe, conhece, mas pela qualidade de suas ações.
Vemos assim, no mundo, grandes vozes, de retórica impecável, mas cujas ações, no dia a dia, não condizem com seu verbo afiado.
Sobem nas tribunas do mundo, cantando a igualdade, a justiça, a defesa da população, quando em seu coração há apenas a busca pela satisfação de sua vaidade e egoísmo, tirando vantagem de tudo e de todos.
E muitas consciências de hoje estão tão doentes, tão obnubiladas, que nem sequer sentem algum tipo de remorso, culpa ou responsabilidade.
Despertarão mais tarde, possivelmente com a dor, com a força da lei de causa e efeito, colocando tudo de volta nos trilhos da alma descarrilhada.
Assim, cuidemos de nossas palavras e cuidemos de nossas ações.
O que fazemos fala muito mais alto do que aquilo que dizemos.
Lembremos do pensamento do filósofo:
O que você faz fala tão alto, que não consigo ouvir o que você diz.
 Redação do Momento Espírita.Em 15.8.2012.

sábado, 27 de dezembro de 2014

AÇÕES CRUÉIS

Em se observando a enorme diversidade dos animais, descobre-se como o Pai Criador foi pródigo em tudo providenciar ao homem.
Os animais o vestem com suas peles, o alimentam com seus ovos, seu leite, sua carne. Aquecem-no com suas penas e lã.
Com alegria, lhe deliciam os ouvidos tecendo sinfonias nos ramos das árvores ou aprisionados em gaiolas douradas.
Retribuem as carícias com fidelidade extremada, até o sacrifício da própria vida.
Em uma palavra, servem a Humanidade. E o que tem feito o homem pelos animais?
Basta se viaje e nas rodovias se encontram à venda várias aves, especialmente periquitos e papagaios, recém retirados do seu habitat.
Repousam ali, sobre varas improvisadas, de asas cortadas para não alçarem vôo.
Se a necessidade ou a ignorância de quem as retira da mata pode ser entendida, como se desculpar o homem que passa no seu carro, a negócios ou a passeio, que pára e adquire o espécime?
Para quê? Para servir de brinquedo ao filho? Por quanto tempo? Para servir de adorno?
Logo, o bichinho está relegado a um canto, triste. Morre cedo, na maioria das vezes, porque longe da liberdade da sua mata, quando não por doenças que contrai pela alimentação inadequada que recebe.
De outras vezes, descobre-se nos centros urbanos, junto a piscinas improvisadas ou nos jardins, tartarugas e cágados.
Também retirados pequenos do seu local de origem, fazem a alegria da criançada... Por algum tempo.
Até crescerem tanto que deixam de ser engraçadinhos. Alimentados de forma incorreta, têm os seus cascos amolecidos e acabam sendo entregues, quando o são, a zoológicos da cidade.
Para que tirá-los da condição de liberdade?
Tudo isso demonstra a crueldade do ser humano. Crueldade que é fruto do seu egoísmo e do pouco valor que dá à vida.
Já se viu, muitas vezes, burros e mulas com os ossos à mostra, carregando fardos pesadíssimos. E ainda recebendo chicotadas. Fome, trabalho excessivo, maus tratos.
Patos e suínos confinados em espaços mínimos, em especial regime de engorda. Prisioneiros, para acelerar a hora de serem levados ao mercado consumidor ou produzirem a melhor iguaria para sofisticados pratos.
Onde o respeito à vida, à natureza, ao ser inferior?
Conscientizemo-nos de que somente alcançaremos a felicidade, quando não venhamos a distribuir o mal, seja para a Terra que nos agasalha, seja para os seres que a habitam.
Porque em síntese, toda agressão à natureza redunda em prejuízo para quem a pratica.
*   *   *
Carl Sagan, astrônomo americano, disse que se fôssemos visitados por um viajante espacial que examinasse nosso planeta, ele possivelmente concluiria que não há vida inteligente na Terra.
É que o hipotético viajante iria logo descobrir que os organismos dominantes da Terra estão destruindo suas fontes de vida.
A camada de ozônio, as florestas tropicais, o solo fértil, tudo sofrendo constantes ataques.
Redação do Momento Espírita, com base em artigo 
publicado na Revista Veja de 27.03.1996.
Em 06.02.2009.
http://momento.com.br/

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

ACIMA DE TUDO

Pessoas comuns se arvoram em afirmar que não creem em Deus porque nada prova que Ele exista.
Contemplam a grandiosidade do Universo, o mistério do nascer do sol, a colcha da noite adornada de milhões de estrelas, sem nada verem.
Tudo lhes parece simples acaso da natureza. E nem conseguem descobrir o que é o milagre da vida que os mantêm operosos, ativos, lúcidos.
Não se indagam quem providenciou os quilômetros de artérias e vasos em seu corpo, nem os trilhões de neurônios em seu cérebro.
De forma paradoxal, entretanto, inventores, estudiosos que jornadeiam pelos campos das mais extraordinárias descobertas, têm um pensamento bem diverso.
Reconhecem a grandiosidade do que realizam. Igualmente as suas limitações, pois percebem que, quanto mais avançam, mais se lhes apresenta o imensurável a ser descoberto e alcançado.
O neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, que devolveu os movimentos do braço e mão esquerda ao maestro João Carlos Martins, em 2013, graças a uma experiência inédita de implantes de eletrodo no cérebro, é um desses.
Em entrevista a uma revista nacional, ele afirmou que para o cérebro funcionar com eficiência, é preciso tratar o Espírito.
E enumera algumas atitudes: Estar feliz, de bem com a vida. Se você está deprimido, diz ele, reclamando de tudo, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora.
Noventa por cento da falta de memória ocorre por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar você deve ter alegria.
Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo. Alerta que todo exagero é inimigo do bom funcionamento do cérebro. Que, como o corpo, ele precisa ser bem tratado.
Otimista, visionário, ele acredita que a neurocirurgia evoluirá muito e que, naturalmente, continuaremos a morrer, no futuro, mas haveremos de envelhecer sem decadência, vencendo os anos com saúde, lucidez mental e bom aspecto.
Sua resposta mais eloquente, entretanto, foi quando lhe perguntaram se ele acredita em Deus.
Geralmente, depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vamos até a família e dizemos: “Ele está salvo.”
Aí, a família nos olha e diz: “Graças a Deus!”
Nesse momento, acreditamos que não fomos apenas nós, que existe algo mais, independente de religião.
*   *   *
Sim, independente de qualquer conceito religioso, crer em Deus é uma questão de raciocínio, de bom senso.
O acaso não produz o extraordinário, não estabelece a harmonia que se descobre no Universo, nem comanda as diretrizes da vida.
Todo efeito tem uma causa. Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.
A razão nos reporta a um Ser Superior, que tudo comanda, de forma harmônica e diligente. Um Ser que nunca descansa, que cria de forma incessante.
E comanda os mundos, os seres todos com absoluta precisão, sem erros, sem desajustes de nenhuma espécie.
Esse Ser podemos chamar Criador Incriado, Senhor dos mundos, Causa Primeira. Ou simplesmente, Deus.
O Mestre Galileu, em delicados versos, nos convidou a chamá-lO de Pai. Nosso Pai.

Redação do Momento Espírita, com base na entrevista
Por dentro do cérebro, da Revista Poder.
Em 11.3.2014.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

POEMA DE NATAL

Antes dEle tudo eram sombras de ignorância, de astúcia e de perversidade.
O ser humano encontrava-se reduzido à condição de escravo, contorcendo-se em sofrimentos inimagináveis.
A Sua chegada à Terra, precedida pelos cânticos sinfônicos dos seres angélicos e dos mensageiros da paz, criou uma psicosfera até então desconhecida, iniciando-se um período especial para a sociedade.
Espontâneo como as aragens perfumadas do amanhecer, Ele chegou suavemente e se instalou nos corações.
Nobre como uma labareda crepitante, Ele deu início ao incêndio que faria arder as construções do mal.
Gentil como o sorriso das flores, derramou claridades diamantinas, vencendo a escuridão vigente.
Bom como um favo de mel, adoçou as vidas que defrontou pelos caminhos, que passaram a cultivar a bondade e o amor em Sua memória.
Terno como a esperança, enriqueceu de alegria todos aqueles que se Lhe acercaram.
O Seu natal é o poema de alegria que vem dos céus na direção da Terra atormentada, tornando-se um hino de perene beleza, que se sobrepõe à algazarra da zombaria e à balbúrdia do sofrimento...
Ninguém, que jamais se lhe equipare, na forma como veio e na maneira como permaneceu no meio da perturbada multidão.
A música dos seres celestes na Sua noite assinalou com insuperável sonoridade o planeta.
É verdade que, depois dEle, ainda permaneceram idênticas paisagens morais no mundo...
A diferença, porém, consiste no conhecimento que Ele propiciou para que todos aqueles que desejem vida, a tenham em abundância.
Alargou as fronteiras da vida para além da morte e fez-se ponte para vencer o aparente abismo existente, possibilitando a conquista da plenitude.
O Natal de Jesus é, desse modo, o momento culminante dos esponsais do ser humano com a consciência cósmica.
A partir dessa ocasião sublime, a criatura humana passou a dispor dos equipamentos e recursos específicos para a aquisição da felicidade, em qualquer situação em que se encontre. Já não lhe devem importar em demasia as coisas, a aparência, os petrechos que ficam ao lado do corpo,mas os tesouros inapreciados, que sãos os sentimentos edificantes, os pensamentos ditosos, as ações amorosas.
Neste Natal, canta um poema de amor a Jesus, celebrando-lhe o aniversário com a tua transformação moral para melhor, mantendo a tua aliança com Ele e levando-o em forma de bondade e de misericórdia a todos aqueles que cambaleiam nas sombras da dor, da revolta e do esquecimento social...
Comemora, pois, o teu Natal, de forma diferente, recordando-te da singela manjedoura que se transformou com Ele em um palácio sideral.
*   *   *
Não deixemos que as atribulações da época das festas - quando temos tanto a providenciar – tomem o lugar da fraternidade, da reflexão e da lembrança do Menino Jesus.
Não deixemos de convidar o Aniversariante para nossas comemorações. Sem Ele, nada terá sentido...
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 30,
do livro Atitudes renovadas, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 25.12.2014

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

NATAL É...

Natal é muito mais que enfeites, presentes, festas, luzes e comemorações...
Natal quer dizer nascimento, vida, crescimento...
E o Natal de Jesus tem um significado muito especial para o Mundo.
Geralmente não se comemora o nascimento de alguém que morreu há mais de dois milênios, a menos que esse nascimento tenha algo a nos ensinar.
Assim pensando, o Natal de Jesus deve ser meditado todos os dias, e vivido da melhor maneira possível.
Se assim é, devemos convir que Natal é muito mais do que preencher um cheque e fazer uma doação a alguém que necessita dessa ajuda.
É muito mais do que comprar uma cesta básica e entregar a uma família pobre...
É muito mais que a troca de presentes, tão costumeira nessa época.
É muito mais que reunir a família e cantar.
É muito mais que promover o jantar da empresa e reunir patrões e empregados em torno da mesma mesa.
A verdadeira comemoração do Natal de Jesus é a vivência de Seus ensinos no dia-a-dia.
É olhar nos olhos daqueles que convivem conosco e buscar entender, perdoar, envolver com carinho esses seres humanos que trilham a mesma estrada que nós.
É se deter diante de uma criança e prestar atenção no que os seus olhos dizem sem palavras...
É sentir compaixão do mais perverso criminoso, entendendo que ele é nosso irmão e que se faz violento porque desconhece a paz.
É preservar e respeitar a natureza que Deus nos concede, como meio de progresso, e fazer esforços reais para construir um mundo melhor.
O Natal é para ser vivido nos momentos em que tudo parece sucumbir...
Nas horas de enfermidades, nas horas em que somos traídos, que alguém nos calunia, que os amigos nos abandonam...
Tudo isso pode parecer estranho e você até pode pensar que essas coisas não têm nada a ver com o Natal.
No entanto, Jesus só veio à Terra para nos ensinar a viver, e não para ser lembrado de ano em ano, com práticas que não refletem maturidade, nem desejo sincero de aprender com Essa Estrela de primeira grandeza...
Ele viveu o amor a Deus e ao próximo...
Ele viveu o perdão...
Sofreu calúnias, abandono dos amigos, traição, injustiças variadas...
Dedicou Suas horas às almas sedentas de amor e conhecimento, não importando se eram ricos ou pobres, justos ou injustos, poderosos ou sem prestígio nenhum.
Sua vida foi o maior exemplo de grandeza e sabedoria.
Por ser sábio, Jesus jamais estabeleceu qualquer diferença entre os povos, não criou nenhum templo religioso, não instituiu rituais nem recomendou práticas exteriores para adorar a Deus ou como condição para conquistar a felicidade.
Ele falava das verdades que bem conhecia, das muitas moradas da Casa do Pai, da necessidade de adorar a Deus em Espírito e Verdade, e não aqui ou ali, desta ou daquela forma.
Falou que o Reino dos Céus não tem aparências exteriores, e não é um lugar a que chegaremos um dia, mas está na intimidade do ser, para ser conquistado na vivência diária.
E é esse reino de felicidade que precisa ser buscado, aprendido e vivido nos mínimos detalhes, em todos os minutos de nossa curta existência...

Bem, Natal é tudo isso...
É vida, e vida abundante...
É caminho e verdade...
É a porta...
É o Bom Pastor...
É o Mestre...
É o maior Amigo de todos nós.
Pense em tudo isso, e busque viver bem este Natal...


Equipe de Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

AÇÃO PONDERADA

Pequena análise do comportamento humano nos permite perceber o quanto somos capazes de muito reagir e de pouco agir.
Basta uma pequena rusga no trânsito, alguém que altere a voz em uma discussão, e a reação acontece.
Ou ainda, que alguém nos trate rispidamente, ou que falte com a polidez para conosco para que desencadeie uma imediata reação em nós.
Reagimos de maneira impulsiva, algumas vezes, até violenta, e, consequentemente, impensada.
Reagimos, de súbito, para logo mais percebermos que poderíamos ter agido diferente.
Qual animal ferido ou acuado, reagimos para nos defender, sem analisar, refletir ou pensar.
Assim se dá porque vinculados a comportamentos ancestrais, trazemos o ímpeto de reagir, por impulso, por instinto, sem raciocinar.
E, somente depois, a razão nos convida a avaliarmos as consequências do que foi dito, ou a maneira como nos comportamos.
Por outro lado, somos sempre vítimas de nossas reações, enquanto a ação nos permite tomar a atitude que escolhemos, o procedimento que achamos mais adequado.
Se a reação é instintiva, a ação é racional e reflexiva.
Se ao reagir não nos damos conta ou não nos apercebemos do estrago que podemos causar, o agir é analisado e pensado.
Dessa forma, se já percebemos que nossa reação gera muito mais dificuldades e problemas do que soluções e tranquilidade, faz-se hora de trocarmos a reação pela ação.
Por exemplo, se fazemos silêncio quando alguém nos dirige impropérios, é a ação da paz que foi nossa opção.
Fácil seria revidar na mesma moeda, reagir da mesma forma.
Desafiador é evitar a armadilha da reação e, lucidamente, optar pela clareza da ação.
Se alguém nos aborda de maneira grosseira, e respondemos com gentileza, paciência e calma, é a ação da nossa compreensão para com o outro.
Talvez fosse mais fácil, pela força do hábito, nos comportarmos com reciprocidade, devolvendo a grosseria que recebemos.
Porém, o grande desafio é deixar de reagir, escolhendo o agir, que gerará sempre melhores resultados, posto que é fruto do equilíbrio e da reflexão.
E a transformação do nosso comportamento acontecerá paulatinamente e será o resultado da disciplina no pensar, que gera o hábito da reflexão, culminando pelo desarmar de nossas atitudes.
Portanto, já não mais vítima das palavras rudes, do comportamento infeliz ou da atitude impensada.
Que a análise e reflexão de nossas atitudes possam fazer com que, aos poucos, a reação ceda lugar a ações, pautadas em um comportamento de paz, lucidez e fraternidade.
*   *   *
Quando reagimos, revidando ofensas, agressões, descuidos alheios, passamos a sintonizar com quem as produziu.
A partir daí, mantemos uma interdependência psíquica, que nos aprisiona em nuvens mentais de sentimentos malsãos, que somente nos prejudicam, física e espiritualmente.
Optemos sempre pela ação ponderada e gozemos de saúde, de tranquilidade, vivendo sem sintonia com aqueles que ainda transitam pelas faixas da inconsequência ou da maldade.
Façamos isso e nos sentiremos leves, felizes, plenificando-nos com as celestes bênçãos.
 Redação do Momento Espírita.Em 30.6.2014.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

ACEITAÇÃO

Quando precisamos aceitar uma circunstância que não foi planejada, o primeiro impulso que temos é o de ser resistente à nova situação.
É difícil aceitar as perdas materiais ou afetivas, a dificuldade financeira, a doença, a humilhação, as traições.
A nossa tendência natural é resistir e combater tudo o que nos contraria e que nos gera sofrimento.
Agindo assim, estaremos prolongando a situação. Resistir nos mantém presos ao problema, muitas vezes perpetuando-o e tornando tudo mais complicado e pesado.
Em outras ocasiões, nossa reação é a de negação do problema e, por vezes, nos entregamos a desequilíbrios emocionais como revolta, tristeza, culpa e indignação.
Todas essas reações são destrutivas e desagregadoras.
Quando não aceitamos, nos tornamos amargos e insatisfeitos. Esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades e nos impedem de enxergar as soluções.
Pode parecer que quando nos resignamos diante de uma situação difícil, estamos desistindo de lutar e sendo fracos.
Mas não. Apenas significa que entendemos que a existência terrestre tem uma finalidade e que a vida é regida pela lei de ação e reação; que a luta deve ser encarada com serenidade e fé.
Na verdade, se tivermos a verdadeira intenção de enfrentar com equilíbrio e sensatez as grandes mudanças que a vida nos apresenta, devemos começar admitindo a nova situação.
A aceitação é um ato de força interior que desconhecemos. Ela vem acompanhada de sabedoria e humildade, e nos impulsiona para a luta.
É detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.
Existem inúmeras situações na vida que não estão sob o nosso controle. Resta-nos então acatá-las.
É fundamental entender que esse posicionamento não significa desistir, mas sim manter-se lúcido e otimista no momento necessário.
No instante em que aceitamos, apaga-se a ilusão de situações que foram criadas por nós mesmos e as soluções surgem naturalmente.
Aceitar é exercitar a fé. É expandir a consciência para encontrar respostas, soluções e alívio. É manter uma atitude saudável diante da vida.
Énos entregarmos confiantes ao que a vida tem a nos oferecer.
*   *   *
Estamos nesta vida pela misericórdia de Deus, que nos concedeu nova oportunidade de renascimento no corpo físico.
Os sentimentos de amargura, desespero e revolta, que permeiam nossa existência, são frutos das próprias dificuldades em lidar com os problemas.
Lembremos que todas as dores são transitórias.
Quando elas nos alcançarem, as aceitemos com serenidade e resignação. Olhemos para elas como mecanismos da Lei Universal que o Pai utiliza para que possamos crescer em direção a Ele.
Busquemos, desse modo, as fontes profundas do amor a que se reporta Jesus que o viveu, e o amor nos dirá como nos devemos comportar perante a vida, no crescimento e avanço para Deus.
 Redação do Momento Espírita, com base
no texto 
Aceitação, de autoria desconhecida e com parágrafo final do
cap. 20, do livro 
Terapêutica de emergência, por diversos Espíritos,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Em 9.10.2012.